Fausto Nunes Landeiro
Fausto Nunes Landeiro | |
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Nascimento | 27 de julho de 1896 Lagos Portugal |
Morte | 27 de agosto de 1948 (52 anos) Port of Spain, Trinidad e Tobago |
Ocupação | Médico |
Área | Epidemiologia |
Alma mater | Universidade de Lisboa |
Fausto Nunes Landeiro (Lagos, 27 de Julho de 1896 - Port of Spain, Trinidad e Tobago, 27 de Agosto de 1948) foi um médico epidemologista português.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascimento e educação[editar | editar código-fonte]
Fausto Nunes Landeiro nasceu na cidade de Lagos, em 27 de Julho de 1896.[1] Estudou no liceu em Lisboa, onde frequentou a Faculdade de Medicina, tendo-se licenciado em 1919.[1] Recebeu uma bolsa de estudo, tendo estudado na Alemanha, na Itália e na Jugoslávia.[1] Concluiu os cursos de Medicina Tropical, Higiene Pública, Hidrologia, Climatologia, e Histologia Geral e Patológica.[1]
Carreira profissional[editar | editar código-fonte]
Fausto Nunes Landeiro iniciou então a sua carreira hospitalar em Lisboa, tendo desempenhado as funções de assistente no Instituto Bacteriológico de Câmara Pestana, interno no Hospital de Dona Estefânia, assistente livre de cirurgia e vias urinárias no Hospital de Santa Marta, médico substituto no serviço externo da Misericórdia de Lisboa, assistente livre no laboratório do Hospital do Rego.[1]
Além de médico e investigador, também deu aulas na área da medicina, como professor na Escola de Enfermagem Artur Navara, e como assistente na Faculdade de Medicina de Lisboa, primeiro na cadeira de Higiene e Epidemologia e depois na de Bacterologia e Parasitologia.[1] Ocupou igualmente a posição de director no serviço anti-sezonal da Direcção Geral de Saúde, e fez parte da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa.[1] Além da sua actividade na medicina, também se interessou pelo turismo, tendo representado a região do Algarve no primeiro Congresso Nacional de Turismo, e escreveu vários artigos, tendo assinado alguns deles com o pseudónimo Al-Gharb.[1]
Fausto Nunes Landeiro foi, em conjunto com o médico Nuno Bettencourt, o fundador da primeira estação experimental contra as Sezões em Portugal, tendo escrito um documentário sobre aquele assunto.[1]
Falecimento[editar | editar código-fonte]
Fausto Nunes Landeiro faleceu em 27 de Agosto de 1948, atropelado por um veículo de serviço quando saiu do avião no aeródromo de Port of Spain, no arquipélago de Trinidad e Tobago.[2] Ia iniciar uma missão de estudo, acompanhado pelo médico Francisco Cambournac.[2]
Tinha 52 anos de idade quando faleceu.[2] Estava casado com Ester Baptista da Silva Mendes Landeiro.[2]
Obras[editar | editar código-fonte]
Escreveu: [3]
- Modernas Directrizes da Luta Antissezonática
- Resultados dos Primeiros dois Meses de Cadastro Malárico e de luta anti sezonática. (com L. Figueira) (1931)
- Relatório do Primeiro Ano de Luta Antisezonática na Estação de Benavente (com L. Figueira) (Separata dos Arquivos do Instituto Bactereológico Câmara Pestana, 1932)
- O Sezonismo em Portugal (com Francisco Cambournac) (1933)
- A Higiene, Base Essencial do Turismo (tese apresentada por Fausto Landeiro no Congresso Nacional de Turismo, em 1936)
- A Quina e os seus Derivados (1936)
- A Botica do Antunes - Novela de Propaganda de Higiene Rural (1937)
- Mal-me-queres...bem-me-queres: novela de vulgarização dos meios de combate ao sezonismo (1937)
- A Malária e a Organização da Luta Anti-Malária em Portugal (com Francisco Cambournac, Separa da Revista Clinica, Higiene e Hidrologia, 1938)
- Colonização e Malária (Separata da Revista Clínica, n.º 10, 1938)
- Socorro-Acudam - Regras para Socorros de Urgência (1938)
Referências
- ↑ a b c d e f g h i MARREIROS, 2015:74-78
- ↑ a b c d «De Luto». Diário de Lisboa. Ano 28 (9250) 1.ª ed. Lisboa: Renascença Gráfica. 28 de Agosto de 1948. p. 7. Consultado em 16 de Novembro de 2018
- ↑ «Biblioteca Nacional de Portugal - Obras de Fausto Nunes Landeiro». catalogo.bnportugal.gov.pt. Consultado em 19 de dezembro de 2021
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8