Fenetilina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fenetilina
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC (RS)-1,3-dimethyl- 7-[2-(1-phenylpropan-2-ylamino)ethyl]purine- 2,6-dione
Identificadores
Número CAS 3736-08-1
PubChem 19527
DrugBank DB01482
Código ATC N06BA10
Propriedades
Fórmula química C18H23N5O2
Massa molar 341.4 g mol-1
Farmacologia
Meia-vida biológica s
Compostos relacionados
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Fenetilina (ou cloridrato de fenetilina) é uma anfetamina, droga psicoestimulante, conhecida pelos nomes comerciais de Captagon, Biocapton e Fitton[1][2]

Com uso comercial proibido desde a década de 1980, a substância também conhecida como cloridrato de fenetilina' ganhou notoriedade como a "droga dos jihadistas" em 2015, após a exibição de documentário pela emissora britânica BBC onde mostra seu uso e tráfico pelos insurgentes do Estado Islâmico (ISIS), na Síria.[3]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Sua produção comercial teve início em 1963 com o nome comercial de Captagon, para o tratamento de narcolepsia e depressão mas, dado seu alto potencial viciante, foi proibida.[3]

Em 2010 o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime reportou que o uso e tráfico da substância havia aumentado, sobretudo nos países do Oriente Médio.[3]

Em 20 de novembro de 2015 o Ministério do Interior da Turquia divulgou que o país efetuara uma apreensão de quase 11 milhões de unidades da droga, traficada em cápsulas onde a fenetilina é consorciada à cafeína.[3]

"A Droga da Guerra da Síria"[editar | editar código-fonte]

Em setembro de 2015, seguindo o que já antes fizera a emissora franco-alemã Arte em maio deste ano, a BBC exibiu o documentário A Droga da Guerra da Síria, onde entrevistava ex-combatentes do ISIS e mostrava o crescimento de seu consumo e produção na Síria, país que anteriormente era conhecido apenas como passagem das drogas produzidas ou traficadas na Europa e Líbano.[3]

A reportagem da emissora inglesa diz que também os grupos rebeldes Al-Nusra e Exército Livre da Síria também fazem largo uso do Captagon, procurando assim aumentar o estado de alerta, a coragem e, até, o desempenho sexual – além de ser um meio de financiarem a compra de armas e suas operações militares.[3]

Referências

  1. J. Buckingham (editor) (1996). Dictionary of Organic Compounds, Vol. 8. [S.l.]: CRC Press. p. 3140–. ISBN 978-0-412-54090-5 
  2. Swiss Pharmaceutical Society (2000). Index Nominum 2000: International Drug Directory. [S.l.]: Taylor & Francis. p. 431. ISBN 978-3-88763-075-1 
  3. a b c d e f Lucía Blasco (25 de novembro de 2015). «Remédio proibido nos anos 80 vira 'droga dos jihadistas' na Síria». BBC Brasil. Consultado em 25 de novembro de 2015