Financiamento de carbono

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O financiamento de carbono é um ramo do financiamento ambiental que abrange ferramentas financeiras, como o comércio de emissões de carbono, para reduzir o impacto dos gases de efeito estufa (GEE) no meio ambiente, atribuindo um preço às emissões de carbono.[1]

Riscos e oportunidades financeiras impactam os balanços das empresas, e os instrumentos baseados no mercado são capazes de transferir o risco ambiental e atingir os objetivos ambientais. As questões relativas às mudanças climáticas e às emissões de GEE devem ser abordadas como parte da tomada de decisões estratégicas da gestão.[2]

O termo geral é aplicado a investimentos em projetos de redução de emissões de GEE e à criação (origem) de instrumentos financeiros negociáveis no mercado de carbono.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O mercado de compra de carbono tem crescido exponencialmente desde sua concepção em 1996.

A seguir está o tamanho estimado do mercado mundial de carbono de acordo com o Banco Mundial.[3][4]

Volume (milhões de toneladas métricas, MtCO2)

  • 2005: 718 (330 nos principais mercados de permissões e 388 em transações baseadas em projetos)
  • 2006: 1.745 (1.134 nos principais mercados de permissões e 611 em transações baseadas em projetos)
  • 2007: 2.983 (2.109 nos principais mercados de permissões e 874 em transações baseadas em projetos)

O Protocolo de Kyoto de 1997 reconheceu o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) permitindo a compensação de emissões em países desenvolvidos pelo investimento em projetos de redução de emissões em países em desenvolvimento como China, Índia ou América Latina.

A Implementação Conjunta (JI), é outro mecanismo que permitiu investimentos em países desenvolvidos para gerar crédito de emissão para o mesmo ou outro país desenvolvido.

Banco Mundial[editar | editar código-fonte]

O Banco Mundial criou a Unidade de Financiamento de Carbono (CFU) do Banco Mundial. O CFU do Banco Mundial usa dinheiro contribuído por governos e empresas em países da OCDE para comprar reduções de emissões de gases de efeito estufa baseadas em projetos em países em desenvolvimento e países com economias em transição. As reduções de emissão são compradas por meio de um dos fundos de carbono da CFU em nome do contribuinte e dentro da estrutura do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (CDM) ou Implementação Conjunta (JI) do Protocolo de Quioto.[5][6] O Banco Mundial apóia particularmente o desenvolvimento do Programa de Atividades (PoA).[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Olawuyi, Damilola (1 de junho de 2016). The Human Rights Based Approach to Carbon Finance 1st ed. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 9781107512849. Consultado em 11 de abril de 2022 
  2. Olawuyi, Damilola S. (2016). The human rights-based approach to carbon finance. Cambridge, United Kingdom: [s.n.] OCLC 951625641 
  3. «State and Trends of the Carbon Market 2007» (PDF). World Bank. Consultado em 10 de junho de 2008. Arquivado do original (PDF) em 18 de julho de 2007 
  4. «State and Trends of the Carbon Market 2008» (PDF). World Bank. Consultado em 10 de junho de 2008. Arquivado do original (PDF) em 29 de maio de 2008 
  5. «3 Things You Need to Know About Climate Finance». World Bank (em inglês). Consultado em 17 de agosto de 2022 
  6. «Carbon Markets Under the Kyoto Protocol: Lessons Learned for Building an International Carbon Market Under the Paris Agreement». World Bank. 2018. Consultado em 16 de agosto de 2022 
  7. «Project Portfolio, Projects: Emission Reductions Purchase Agreements (ERPAs) Signed». Carbon Finance Unit, The World Bank. Consultado em 10 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 11 de março de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]