Flagelação de Cristo (Cimabue)

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Cimabue - Flagelação de Cristo

A Flagelação de Cristo é uma pintura de painel do artista italiano Cimabue, em têmpera de ovo e folha de ouro sobre um painel de álamo, datada de c. 1280. É mantida pela Frick Collection em Nova York desde 1950, e é a única pintura de Cimabue nos Estados Unidos. A Coleção Frick adquiriu a pintura da galeria Knoedler, em Paris, em 1950. Anteriormente, havia sido propriedade do negociante de antiguidades M. Rolla no final do século 19,herdada por G. Rolla, e depois vendida ao marchand Eduardo Moratilla[1].

Temática[editar | editar código-fonte]

A Flagelação de Jesus, também conhecido como Cristo na Coluna, é um episódio da Paixão de Cristo que aparece com bastante frequência na arte cristã, em ciclos da Paixão ou como um grande tema nos ciclos da Vida de Cristo. [2][3].

O evento é mencionado em três dos quatro evangelhos canônicos, em João 19:1, Marcos 14:65 e Mateus 27:26. Lucas 22:63–65 relata um episódio onde os guardas do Sinédrio surram e zombam de Jesus, mas não a flagelação nas mãos dos romanos. A flagelação é um prelúdio usual à condenação pela crucificação sob o direito romano. Na Paixão de Cristo, o evento precede a Zombaria de Jesus e a Coroa de Espinhos e está contido no episódio mais amplo da Corte de Pilatos.[4]

História[editar | editar código-fonte]

Pintados em seus últimos anos, os quadros mostram a assimilação de Antonello das primeiras influências holandesas e venezianas em uma arte madura. Por muito tempo, o tamanho pequeno incomum e a visão de perto do assunto levaram os estudiosos a pensar que a obra havia sido cortada e originalmente estendida para baixo, e que originalmente um parapeito separava Cristo dos observadores. Esta teoria provou-se estar errada[5].

Descrição[editar | editar código-fonte]

Na pintura, Cristo, nu, mas por uma tanga, está preso a uma coluna de mármore que se eleva ao centro da cena, dividindo-a em duas metades. Ele está sendo açoitado por duas figuras, uma para cada lado, com roupas de cores alegres.

O Cristo angustiado olha para o espectador com calma. Edifícios altos da cidade ao fundo são retratados com perspectiva invertida bizantina emolduram a cena. A figura de Cristo é fortemente influenciada pela do Crucifixo de Cimabue em Santa Cruz, enquanto os torturadores em roupas brilhantes lembram a Escola de Siena e os edifícios de fundo estilizados da escola romana, esta última influência já assumida pela oficina de Cimabue na Vida dos Apóstolos na Basílica de São Francisco de Assis[6].

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. [Catalogue entry"., Frick Collection Catálogo Frick Collection]
  2. The encyclopedia of visual art, Volume 4 by Lawrence Gowing 1983, Ency Brittanica, page 626
  3. Old Master Paintings and Drawings by Roy Bolton 2009 ISBN 1907200010 page 70
  4. Schiller, 67
  5. Barbera, K, ed. (2005). Antonello da Messina : Sicily's Renaissance master. New York: The Metropolitan Museum of Art.
  6. Various authors, Paintings in The Frick Collection: French, Italian and Spanish. Volume II, The Frick Collection, New York 1968.