Forte Real de São Francisco Xavier da Ribeira do Jaguaribe

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O Forte Real de São Francisco Xavier da Ribeira do Jaguaribe localizava-se à margem do rio Jaguaribe, quatorze léguas (cerca de setenta e três quilômetros) acima de sua foz (atual cidade de Russas), no estado brasileiro do Ceará.

História[editar | editar código-fonte]

Esta fortificação foi erguida numa época em que os povos indígenas do Ceará se encontravam em luta contra a presença portuguesa na região,[1] a chamada Guerra dos Bárbaros.[2]

Encontra-se descrita por BARRETTO (1958). Por determinação do governador da capitania de Pernambuco, Caetano de Mello Castro, o Capitão Pedro Lelou partiu do Forte de Nossa Senhora da Assunção (25 de março de 1695) à testa de um contingente de cinqüenta homens, para estabelecer um Presídio no curso do baixo rio Jaguaribe. Este estabelecimento, batizado com o nome de Forte Real de São Francisco Xavier da Ribeira do Jaguaribe, tinha a função de oferecer apoio à pacificação dos indígenas da região, sendo guarnecido por vinte homens, sob o comando do Ajudante João da Mota, e artilhado com quatro arcabuzes e dois pedreiros. O efetivo foi aumentado para cinqüenta homens em 1697. A partir de 1699, Belchior Pinto assumiu o comando do forte, reconstruído em 1700 por determinação do Tenente-coronel João de Barros Braga.

Foi comandado de 1701 a 1703 por Plácido de Azevedo Falcão. Tomado por duas vezes pelos indígenas revoltados, foi incendiado pelos mesmos em 1705.[2] Em 20 de dezembro desse mesmo ano, o governador da Capitania de Pernambuco, Francisco de Castro Morais, propôs à Coroa portuguesa a extinção deste forte, considerando terem os indígenas deixado livre aquele litoral, perdendo o forte a sua finalidade. Pela Carta-régia de 12 de março de 1707, o governador da Capitania foi autorizado a mandar abandoná-lo, determinando que o Cabo Manoel Dias Pinheiro, seu comandante desde 1706, fosse transferido para o Forte do Pau Amarelo, então em construção (op. cit., p. 93-94).

Referências

  1. STUDART Filho, Carlos. (1930). «Fortificações do Ceara» (PDF). Revista Trimensal do Instituto do Ceará. Consultado em 19 de setembro de 2011 
  2. a b STUDART Filho, Carlos. (1965). «A Guerra dos Bárbaros» (PDF). Revista Trimensal do Instituto do Ceará. Consultado em 20 de setembro de 2011 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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