Forte de Bela Vista

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O Forte de Bela Vista localizava-se em posição dominante, sobre a margem esquerda do rio Apa, na altura do paralelo 22, em território hoje brasileiro, no estado de Mato Grosso do Sul.

História[editar | editar código-fonte]

Constituía-se numa antiga posição paraguaia, integrante, de acordo com a informação de TAUNAY (s. d.), junto com Santa Margarida, Rinconada, Machorra e outros, de uma linha de pequenas fortificações defendendo o curso deste rio (linha lindeira à época) até à sua foz, na margem esquerda do rio Paraguai.

Considerado como chave para o controle estratégico da região, no contexto da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), este forte foi eleito como objetivo tático pelo coronel Carlos de Morais Camisão, para ataque pelas forças do Exército brasileiro sob o seu comando.

No dia 21 de abril de 1867, diante o avanço da coluna brasileira, a aldeia e a fortificação foram incendiadas pelos seus defensores. TAUNAY (s. d.) relata que "(...) o forte, que apenas consistia em sólida estacada de madeira, foi ocupado, assim como a vila, por grande destacamento."

Sem suprimentos, principalmente gado, para manter a tropa (alimentação, transporte), a ocupação de Bela Vista mostrou-se insustentável. Surgiu, nesse impasse, o plano de marchar sobre a Fazenda Laguna, localizada quatro léguas ao sul de Bela Vista, de propriedade pessoal de Francisco Solano López, e destinada à criação de gado. Com esse objetivo, as forças brasileiras deixaram Bela Vista a 30 de abril, rumo ao desastre.

Ver artigo principal: Retirada da Laguna

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368p.
  • FERRAZ, Antônio Leôncio Pereira. Memória sobre as Fortificações de Mato Grosso (Separata da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil). Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1930.
  • GALLO, José Roberto (Arq.). Fortificações de Mato Grosso do Sul. Campo Grande: 8º DR/IPHAN/FNPM/MinC Escritório Técnico/MS, mar. 1986.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • LEVERGER, Augusto (Almte.). Apontamentos para o Diccionário Chorografico da Província do Mato Grosso. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVII, Partes I e II, 1884. p. 307-504.
  • SILVA, Jovam Vilela da. A lógica portuguesa na ocupação urbana do território mato-grossense. História & Perspectivas. Uberlândia: nº 24, jan.-jun. 2001.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.
  • TAUNAY, Alfredo D'Escragnolle. A Retirada da Laguna. s.l.: Edições Melhoramentos, s.d..

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]