Forte do Desterro

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Forte do Desterro
Tipo fortificação do Brasil
Inauguração 1623 (401 anos)
Geografia
Localização Almeirim - Brasil

O Forte do Desterro localizava-se à margem direita da foz do rio Uacarapy, afluente da margem esquerda do rio Amazonas, no interior do estado do Pará, no Brasil.

É confundido historiográficamente com o Forte do Paru de Almeirim, à margem esquerda da foz do rio Jenipapo ou rio Paru, onde se localizava o aldeamento do Paru (depois vila de Almeirim), hoje cidade de Almeirim.

História[editar | editar código-fonte]

Esta fortificação foi erguida em 1623 por Bento Maciel Parente, quando assumiu o governo da capitania do Cabo Norte (SOUZA, 1885:34). O mesmo autor cita ainda, que o padre Cristóbal de Acuña o viu, em 1638, guarnecido com trinta homens ("Nuevo Descubrimento Del Gran Río de Las Amazonas". apud op. cit., p. 68).

No mapa de Nicolas Sanson D'Abeville, constante da "Relation de la rivière de Amazones, traduite par M. de Coberville (...) sur l'originel espagnol du P. Christophe d'Acuña" (1680), figura o nome "Destierro". (OLIVEIRA, 1968:744)

Foi sucedido pelo Forte do Paru de Almeirim (c. 1685).

GARRIDO (1940) denomina esta estrutura como Forte do Paru, atribuindo-a a Francisco da Mota Falcão, que a teria erguido de 1654 a 1658, com a finalidade de defesa daquele trecho da fronteira na Amazônia.[1] Complementa informando que este forte foi conquistado e arrasado em 1697 pelo marquês de Ferroles, Governador da Guiana Francesa, confundindo-o com o Forte do rio Bataboute (op. cit., p. 21).

BARRETTO (1958) considera como data de construção o ano de 1638, localizando a fortificação junto à foz do rio Maicuru, onde hoje existe a cidade de Monte Alegre (ver Forte do rio Maicuru) (op. cit., p. 44-45).

Notas

  1. O que não parece correto de vez que o Forte do Paru de Almeirim foi um dos quatro fortes erguidos por determinação do governador e capitão-general do Estado do Maranhão e Grão-Pará, Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho (1685-1690), pelo maranhense capitão Francisco da Mota Falcão, às próprias expensas, nos sítios que lhe fossem indicados, em troca da mercê do governo vitalício de uma delas.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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