Francisco Antônio Vieira Caldas

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Francisco Antônio Vieira Caldas
Nascimento 1846
Sergipe
Morte 1894
Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim
Cidadania Brasil
Filho(a)(s) Caldas Júnior
Alma mater
Ocupação magistrado

Francisco Antônio Vieira Caldas (Sergipe, 1846Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, 1894) foi um magistrado brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Formado na Faculdade de Direito do Recife, casou-se com Maria Emília Wanderley.[1] É pai de Caldas Júnior, jornalista fundador do Correio do Povo, e de Orlando Wanderley Caldas, criador do método Wanderley de ensino, falecido em Minas Gerais. Logo após se formar, foi nomeado juiz e transferiu-se com sua família de Sergipe para Santo Antônio da Patrulha.[1]

Político liberal, foi acusado caluniosamente pelo vigário da cidade, João de Oliveira Lima, de ter liderado passeatas violentas e arbitrarietades, mas foi absolvido.[1]. Com a extinção da comarca local, foi transferido para São Sebastião do Caí, depois para Porto Alegre e finalmente para Desterro (atual Florianópolis).[1] Em 1891 requereu habilitação para juiz de direito. Em 1892 foi nomeado para exercer, interinamente, e pelo prazo de 30 dias, o cargo de chefe de polícia; em 6 de janeiro de 1893 foi nomeado juiz de direito da comarca de São Bento, sendo chamado em fevereiro para exercer o cargo de chefe de polícia; no mesmo ano foi nomeado Desembargador do Tribunal da Relação, exonerado por resolução de 10 de abril de 1893 da chefia de polícia.[2]

Amigo pessoal de Silveira Martins, o visitou na prisão, em Desterro, em 17 de novembro de 1889, sendo um seguidor de suas ideias.[1] Deflagrada a Revolta da Armada, foi nomeado um novo governo federalista, Caldas foi depois de algum tempo nomeado chefe de polícia.[1] Vencida a revolução na cidade, foi confinado à Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim. Lá o interventor militar na Província, o coronel Antônio Moreira César, mandou fuzilar 185 presos políticos, incluindo Francisco Caldas.[1]

Referências

  1. a b c d e f g SPALDING, Walter. Construtores do Rio Grande. Livraria Sulina, Porto Alegre, 1969, 3 vol., 840pp.
  2. Fernandes Neto, Tycho Brahe. Um Julgamento Histórico. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura, 1980, p. 40.
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