Francisco Rossi

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Francisco Rossi
Francisco Rossi
Francisco Rossi discursando na Câmara dos Deputados
Deputado Federal por São Paulo
Período 1°- 1° de fevereiro de 1979 até 31 de Janeiro de 1983
2°- 1º de fevereiro de 1987 até 31 de dezembro de 1988
3°- 1º de fevereiro de 2007 até 31 de janeiro de 2011
7.° e 11.° Prefeito de Osasco
Período 1°- 1° de janeiro de 1973 até 1° de janeiro de 1977
2°- 1° de janeiro de 1989 até 1° de janeiro de 1993
Vice-prefeitos 1°- Vivaldo Simões
2°- Antônio Toschi
Antecessor(a) 1°- José Liberatti
2°- Humberto Parro
Sucessor(a) 1°- Guaçu Piteri
2°- Celso Giglio
Secretário Estadual de Educação e Turismo de São Paulo
Período 4 de junho de 1980 até 15 de maio de 1981
Governador Paulo Maluf
Dados pessoais
Nome completo Francisco Rossi de Almeida
Nascimento 10 de julho de 1940 (83 anos)
Caçapava, SP, Brasil
Cônjuge Ana Maria Rossi
Partido ARENA (1970-1979)
PDS (1980-1984)
PCN (1985)
PTB (1986-1993)
PDT (1993-1998)
PPB (1998-2001)
PL (2001-2003)
PHS (2003-2004)
PMDB (2005-2013)
PL (2013-atualidade)
Profissão Radialista e advogado
Website www.franciscorossi.com.br

Francisco Rossi de Almeida (Caçapava, 10 de julho de 1940) é um radialista, advogado e político brasileiro. Foi por duas vezes prefeito de Osasco.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Francisco Rossi foi por duas vezes prefeito da cidade de Osasco (1973-1977 e 1989-1993). Na gestão de Paulo Maluf no governo paulista (1979-1982), exerceu o cargo de secretário de Educação e Turismo entre 4 de junho de 1980 e 15 de maio de 1981.

Tentou por três vezes a candidatura à prefeitura de São Paulo. Na primeira delas, em 1985, foi o quarto colocado entre onze candidatos – mesmo tendo a candidatura sido lançada por um pequeno partido, o PCN. Tentou o cargo por mais duas vezes, sem sucesso: 1996 e 2004. Disputou as eleições para o governo estadual pelo PDT, em 1994 (chegando ao segundo turno) e em 1998 (ficando em quarto lugar), pleitos vencidos por Mário Covas.

Participou da Assembleia Constituinte de 1987, sendo relator da Subcomissão do Sistema Eleitoral e dos Partidos Políticos. Como deputado constituinte, Rossi declarou não fazer parte do centrão, motivo pelo qual chegou a ser hostilizado por seus colegas do PTB. Em entrevista ao jornalista Luiz Maklouf Carvalho, anos depois, contou que quase chegou às vias de fato com o deputado Roberto Cardoso Alves: "Você é de direita, rapaz, você veio da Arena", ele teria lhe dito.[1] Disputava-se principalmente a extensão do mandato presidencial, com o centrão apoiando a preferência de José Sarney por cinco anos. Segundo Rossi, o deputado Zé Lourenço chegou a se ajoelhar na sua frente, implorando: "Pelo amor de Deus, põe cinco anos aí no seu relatório."[2] Na mesma entrevista, Rossi conta que lhe ofereceram uma rádio FM e a direção do INAMPS, que ele negou.[3] Quando perguntado diretamente se não teria sido melhor ter aceito, Rossi respondeu:

No seu relatório constava um artigo das disposições transitórias para a realização de eleições, em todos os níveis de governo, 90 dias após a aprovação da Constituição.[5] Rossi foi contrário a votação em dois turnos nas eleições municipais, por acreditar que isso prejudicaria suas chances em Osasco; chegou a defender a votação em dois turnos apenas para cidades de mais de 500 mil eleitores (Osasco tinha, na época, pouco mais de 400 mil).[6]

Rossi relatou também sofrer na época da constituinte de síndrome do pânico, e que não compartilhava sua condição com outros por vergonha; relatou ainda que superou-a completamente quando converteu-se evangélico.[7]

Em 2009, foi derrotado na eleição do Diretório do PMDB de São Paulo por Orestes Quércia tendo apenas 73 votos enquanto Quércia teve quase 600.

Um dos seus maiores feitos, no entanto, foi a canção "Francisco Rossi pra Osasco melhorar", composta para a eleição de 1972 e reaproveitada na de 1988.[carece de fontes?] Nas campanhas para a prefeitura paulistana, substituiu o nome da cidade da Grande São Paulo pelo da capital paulista.

Sua última candidatura municipal foi em 2012, quando se lançou candidato a prefeito de Osasco pelo PMDB, na coligação Compromisso com a Verdade (PMDB, PP, PSC). Em 2016, sua esposa, Ana Maria Rossi, foi eleita vice-prefeita de Osasco na chapa de Rogério Lins.

Rossi chegou a ser cogitado como vice na chapa de Márcio França para a eleição estadual de 2018.[8] No mesmo ano, candidatou-se a deputado estadual, mas acabou não sendo eleito, sendo o 190º mais votado do com 24.533 votos.[9]

Em fevereiro de 2021, em entrevista ao programa Fala a Verdade da TV Osasco, Rossi confirmou que Ana Paula candidatar-se-ia à deputada estadual (em dobradinha junto com Ribamar Silva, para federal). Na ocasião, apoiou a filha afirmando: "Ela tem 17 anos de vida pública, ela é íntegra.[10]

Francisco, sua esposa e sua filha apoiaram Jair Bolsonaro na eleição presidencial e Tarcísio Freitas para eleição para governador de 2022.[11]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Humberto Parro
Prefeito de Osasco
1989 — 1993
Sucedido por
Celso Giglio
Precedido por
José Liberatti
Prefeito de Osasco
1973 — 1977
Sucedido por
Guaçu Piteri

Referências

  1. Maklouf Carvalho 2017, p. 142
  2. Maklouf Carvalho 2017, p. 141
  3. Maklouf Carvalho 2017, p. 142: "Essa rádio aqui [local da entrevista] tem a ver com aquele período?" FR: "Não. Na época me foi oferecida uma concessão de rádio FM — mas eu não aceitei. […] Esta é AM, tem 32 anos e só Deus sabe como é que eu faço para sobreviver."
  4. Maklouf Carvalho 2017, p. 144
  5. «Rossi pede eleição em todos os níveis após constituinte». O Globo. 12 de maio de 1987. Consultado em 21 de janeiro de 2023 – via Biblioteca Digital do Senado Federal 
  6. Cecilia Pires (10 de março de 1988). «Eleição em dois turnos em 68 cidades do pais». Gazeta Mercantil. São Paulo. Consultado em 21 de janeiro de 2023 – via Biblioteca Digital do Senado Federal 
  7. Maklouf Carvalho 2017, p. 143
  8. Roboson Donizete (20 de julho de 2018). «Francisco Rossi pode ser vice na chapa de Márcio França ao governo de São Paulo». Correio Paulista. Consultado em 21 de janeiro de 2023 
  9. «Francisco Rossi: "Como deputado estadual, vou ser mais útil para Osasco e região do que se eu fosse deputado federal"». Visão Oeste. 31 de agosto de 2018. Consultado em 21 de janeiro de 2023 
  10. Martins, Nilson (12 de fevereiro de 2021). «Ex-prefeito confirma dobrada Ana Paula Rossi e Ribamar Silva nas eleições de 2022». Correio Paulista. Consultado em 21 de janeiro de 2023 
  11. Robson Donizete (10 de outubro de 2022). «Vereadores, ex-vereadores e ex-prefeito reforçam apoio a Tarcísio e Bolsonaro em Osasco». Correio Paulista. Consultado em 21 de janeiro de 2023 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]