Francisco de Sousa Dias

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Francisco de Souza Dias
Francisco de Souza Dias (Arquivo Histórico Parlamentar).png
Francisco de Souza Dias
Governador Civil de Beja
Período 1912
a 1913
Deputado
Período 1915
Governador Civil de Santarém
Período 1919
Dados pessoais
Nascimento 25 de março de 1873
Muge, Salvaterra de Magos
Nacionalidade Portugal Portugal

Francisco de Souza Dias (Muge, Salvaterra de Magos, 25 de Março de 1873 - ?) foi um político e médico português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Salvaterra de Magos, cerca de 1900.

Nascimento e educação[editar | editar código-fonte]

Francisco de Souza Dias nasceu na localidade de Muge, parte do concelho de Salvaterra de Magos, em 25 de Março de 1873, filho de Manuel Duas Rosa e de Henriqueta Rosa da Costa Dias, e neto de Manuel da Souza Dias e de Rosa de Jesus.[1] Teve vários irmãos, incluindo Aníbal Souza Dias, que chegou ao posto de contra-almirante.[1]

Nasceu numa família de ricos lavradores, o que lhe permitiu o acesso à educação.[1] Assim, fez o curso de Regente Agrícola na Escola Agrícola de Santarém, e depois frequentou a Escola Médica de Lisboa, onde se formou em 1900.[1]

Proprietário de herdades com montado de sobro no Algarve, Alentejo e Ribatejo edificou o centro de lavoura em Benavente onde residia, foi nessa vila que dedicou a vida a ajudar quem precisava, servindo a população da vila de água potável e escola através da sua própria casa.

Carreira profissional e política[editar | editar código-fonte]

Francisco de Souza Dias iniciou a sua carreira como médico municipal e da Misericórdia na localidade de Benavente.[1]

Apoiante do Partido Republicano, tendo apoiado o movimento republicano em São Brás de Alportel e liderado o de Benavente.[1] Destacou-se pelo seu papel durante uma epidemia de gripe e depois durante o Sismo de Benavente de 1909, onde ordenou a abertura de poços artesianos para aliviar a falta de água potável, distribiu quinino e organizou uma refeição diária para os pobras, em conjunto com a sua mulher e a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas.[1] Também propôs a criação de um bairro social, utilizando em parte os fundos recolhidos para alívio das vítimas do sismo.[1]

Após a Revolução de 5 de Outubro de 1910, assumiu de forma espontânea o cargo de Administrador do Concelho de Benavente, com o apoio da população, posição que foi confirmada de forma definitiva pelo Governador Civil, Ramiro Guedes, no ano seguinte.[1] Continuou então a sua carreira na política, acumulando com a de médico, tendo-se tornado Governador Civil de Beja em 1912, Deputado da Nação em 1915, e Governador Civil de Santarém em 1919.[1]

Família[editar | editar código-fonte]

Francisco de Souza Dias casou com Maria Francisca Dias em 2 de Fevereiro de 1903, com quem teve onze filhos.[1]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

O nome de Francisco de Souza Dias foi colocado numa avenida em Benavente. Busto no parque das forças armadas em Benavente. Nome de rua em Muge.

Referências

  1. a b c d e f g h i j k MARREIROS, 2015:126-128

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8 


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