Frederico George

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Frederico George
Frederico George
Nome completo Frederico Henrique George
Nascimento 15 de novembro de 1915
Lisboa
Morte 26 de janeiro de 1994 (78 anos)
Lisboa
Nacionalidade Portugal Português
Alma mater Escola de Belas-Artes de Lisboa
Ocupação Arquitecto e pintor

Frederico Henrique George OCGCM (Lisboa, 15 de Novembro de 1915 - Lisboa, 26 de Janeiro de 1994) foi um pintor e arquiteto português.[1][2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Frederico George diplomou-se em Pintura na Escola de Belas-Artes de Lisboa (EBAL),[4] onde frequentou esse curso a partir de 1930, tendo-o concluído em 1935. Em 1940 por sugestão do Arquiteto Cottinelli Telmo (seu chefe na equipa técnica da Exposição do Mundo Português) re-inscreve-se na EBAL em 1946 para cursar Arquitetura que termina em 1950 e onde teve por colegas Nuno Teotónio Pereira e Francisco Conceição Silva.

Concorreu a várias Exposições realizadas no País, entre elas obtendo, em 1937, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, a 2.ª Medalha de Desenho e a 3.ª Medalha de Pintura.[2][3]

Fez parte da Primeira Missão Estética de Férias, em Tomar, no ano de 1938.[2][3]

Nos anos 40 realizou diversos quadros figurativos com raizes em Cezanne, Picasso , Braque e Modigliani, pintores que admirava.[4]

Participou e colaborou na decoração da Exposição do Mundo Português, em 1940,[3] na qualidade de pintor.[2][4] A 4 de Março de 1941 foi feito Oficial da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo[3][5] e obteve o Prémio Columbano do Secretariado Nacional de Informação na Exposição do Secretariado de Propaganda Nacional em 1944.[2][3]

Há alguns trabalhos seus no Museus: de Arte Contemporânea, de Lisboa, de Beja, de Leiria, de Gouveia e na coleção do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian bem como em colecções particulares, inclusive em Londres.[2][3]

Colaborou em várias revistas nacionais e estrangeiras[3] e deu colaboração literária à revista Luso-Brasileira "Atlântico".[2]

Foi professor do Ensino Técnico[2][3] na Escola Industrial Marquês de Pombal e, em seguida, da Escola Artística Antonio Arroio onde iniciou em Portugal o estudo do "design" testando didáticas e pedagogia em cadeiras acolhidas pelo diretor e amigo pintor António Lino. Daciano da Costa foi nessa altura seu dileto aluno; foi depois colocado no curso de Arquitetura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (ESBAL-1958)[6] onde terminaria o seu percurso docente em 1985 no limite de idade. Foi Diretor da ESBAL-DA, após a cisão dos dois departamentos (arquitetura e artes), tendo dirigido a instituição no difícil período de 1974 -1976, em que as mudanças políticas gerais e específicas do ensino superior levaram à reestruturação de conteúdos, curriculae e didáticas no ensino da Arquitetura.

Participou na 1.ª Exposição de Design Português em 1971 como "consultor" (sendo autor de uma interessante Introdução ao catálogo), organizada pelo Instituto Nacional de Investigação Industrial (INI) e Interforma – Equipamento de Interiores.[7] Tem móveis de uso doméstico presentes na coleção do Museu do Design, tendo amiúde desenhado interiores e móveis para casas de familiares (Carlos George, Gabriela de Macedo, José Pinto Nogueira, entre outros) e amigos.

A 4 de Fevereiro de 1989 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.[5]

O Espólio de Frederico George, que se encontra arquivado na Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) no (Forte de Sacavém), é constituído por 1 748 pastas, 10 584 desenhos e 24 602 fotografias.[8]

Tem uma Rua com o seu nome no Lumiar, em Lisboa.

Casou com Maria Luísa Conceição Silva (filha do Pintor António Tomás Conceição Silva - fundador e primeiro tesoureiro da Sociedade Nacional de Belas-Artes) tendo tido dois filhos Elsa George Ramsey (1941- Designer em Londres) e Pedro Conceição Silva George (1951 - Urbanista/Arquiteto em Lisboa). Em segundas núpcias, na decorrência do trabalho de restauro e modernização do Palácio Fronteira, por ela encomendado, casou (1961) com Maria Margarida de Sousa Canavarro de Meneses Fernandes Costa (Ilha de São Tomé, 23 de Fevereiro de 1915 - Lisboa, 25 de Dezembro de 2003), viúva de D. Fernando Mascarenhas,12.º Conde da Torre e Marquês de Fronteira, sem geração.

Obras[editar | editar código-fonte]

Planetário Calouste Gulbenkian

Prémios[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. George, Frederico Henrique. 10. [S.l.]: DURCLUB, S.A. 2004. p. 6204. ISBN 84-96330-10-9  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  2. a b c d e f g h Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. 12. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. 327 
  3. a b c d e f g h i Quem é Alguém. Lisboa: Portugália Editora, L.da. 1947. 352 
  4. a b c George, Frederico Henrique. 9. [S.l.]: Temas e Debates Lda e Larouusse/VUEF. 2007. p. 3301. ISBN 978-972-759-929-5  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  5. a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Frederico Henrique George". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 7 de abril de 2015 
  6. a b c d e George, Frederico. 10. [S.l.]: Editorial Verbo, S.A. 2004. p. 4056. ISBN 972-22-2300-3  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  7. «1.ª Exposição de Design Português». 1870 Livros. Consultado em 15 de Novembro de 2011 
  8. «DIRECTÓRIO DE ARQUIVOS PESSOAIS E ESPÓLIOS» (PDF). www.monumentos.pt. Consultado em 15 de Novembro de 2011 
  9. a b c «Arquivo & Biblioteca / Cronologia». Fundação Mário Soares. Consultado em 14 de Novembro de 2011 
  10. «O Teatro Gil Vicente fazia parte do Pavilhão Portugal». www.ctac.gov.br. Consultado em 15 de Novembro de 2011 
  11. «Almeida Araújo : pintor, escultor, arquitecto». Consultado em 15 de Novembro de 2011 
  12. «A Ponte Salazar». Bibliotecas Municipais de Lisboa. Consultado em 15 de Novembro de 2011 
  13. «A Universidade » Honoris Causa » 2000-2001». Universidade Técnica de Lisboa. Consultado em 15 de Novembro de 2011 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]