Frente Islâmica para a Libertação de Oromia

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Bandeira da organização.

A Frente Islâmica para a Libertação de Oromia foi uma organização política e paramilitar de base étnica oromo, fundada em 1985 por seu Comandante-em-Chefe, Sheikh Abdulkarim Ibrahim Hamid, também conhecido como Jaarraa Abbaa Gadaa.

O grupo tinha base política e militar no leste da Etiópia, controlando porções do campo nas montanhas do leste e ao redor de Jijiga, na época em que Mengistu Haile Mariam fugiu do país, na primavera de 1991. Posteriormente, juntou-se ao governo de transição da Etiópia (1991-1995), no qual o partido detinha três assentos dos 27 reservados para os partidos oromos. A Frente de Libertação Oromo mantinha doze, enquanto a Organização Democrática dos Povos Oromo assegurou os dez restantes. [1]

À parte a sua insurgência armada contra o Derg, deposto em 1991, a Frente Islâmica para a Libertação de Oromia envolveu-se mais tarde em confrontos armados com outros partidos dominantes, durante o governo de transição, nomeadamente com a Frente de Libertação do Povo Tigray. Os confrontos foram desencadeados por alegados atos de sabotagem e agressão à organização. Depois de se retirar do governo de transição e boicotar as eleições gerais de 1995, o grupo regressou à atividade insurgente, com o objetivo de derrubar a Frente Democrática Revolucionária Popular da Etiópia e, a partir de então, assumiu a responsabilidade por muitas operações lançadas contra alvos governamentais.[2][3][4]

Referências

  1. Stokes, Jamie ; Gorman, Anthony. Encyclopedia of the Peoples of Africa and the Middle East Google Books
  2. The rise and fall of the Islamic movement in Oromia/Ethiopia. somalinet.com
  3. ETHIOPIA. WAITING FOR JUSTICE. SHORTCOMINGS IN ESTABLISHING THE RULE OF LAW
  4. Ethiopia Human Rights Practices, 1995 U.S. Department of State. Março de 1996