Gambiologia

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Gambiologia é uma abordagem contemporânea sobre a gambiarra (em inglês: jury rig, kludge ou makeshift). É a pesquisa sobre como a tradição brasileira de adaptar, improvisar, encontrar soluções simples e criativas para pequenos problemas cotidianos pode ser aplicada hoje, nos contextos da arte contemporânea e da cultura digital.

A Gambiologia propõe uma análise sobre a gambiarra para além da comparação com o que se chama de "Jeitinho Brasileiro". Pelo contrário, sugere um estudo sobre sua relação com questões relevantes no mundo contemporâneo: tecnologia, sustentabilidade, escassez de recursos, criatividade, arte, design, cultura hacker e "faça-você-mesmo". A partir disso, a Gambiologia investiga o fenômeno sob uma ótica de inovação social, relacionando-a com manifestações similares – principalmente de países em desenvolvimento – como Jugaad na India, Juakali no Quênia, Zizhu chuangxin na China, o Rasquache no México, entre outros.

Gambiologia é também o nome de um Coletivo de artistas de Belo Horizonte (Brasil) que tornou-se referência ao elaborar e aprofundar o uso do termo, principalmente no circuito das artes plásticas e do design.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

Referências bibliográficas[editar | editar código-fonte]

  • BOUFLEUR, RODRIGO NAUMANN (2006). A Questão da Gambiarra: Formas Alternativas de Desenvolver Artefatos e suas Relações com o Design de Produtos. São Paulo: FAU - USP. p. 153 
  • HORA, DANIEL DE SOUZA NEVES (2010). arte _ hackeamento: diferença, dissenso e reprogramabilidade tecnológica. Brasília: Universidade de Brasília 
  • PAULINO, F; MAFRA, L (2012). Gambiólogos: do digital, do analógico e de elementos da cultura. Entrevista 7 ed. São Carlos: V!RUS. Consultado em 22 de janeiro de 2013 
  • PAULINO, F (2012). Gambiocycle. 2 Transfers: Interdisciplinary Journal of Mobility Studies 2 ed. New York / Oxford: Berghahn Journals. pp. 127–132. ISSN 2045-4813 
  • ROSAS, RICARDO (2006). Gambiarra: alguns pontos para se pensar uma tecnologia recombinante (PDF). Cadernos Videobrasil 02. São Paulo: SESC-SP. p. 153. Consultado em 20 de março de 2011 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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