Gaspar Vaz Guedes
| Gaspar Vaz Guedes | |
|---|---|
| Fundador de Mogi das Cruzes | |
 | |
| Nascimento | c. 1542 |
| Morte | c. 1633 (91 anos) |
| Pai | Antônio Vaz Guedes |
| Mãe | Margarida Correia |
| Ocupação | Explorador, Militar |
Gaspar Vaz Guedes foi um bandeirante paulista, fundador do povoado que viria a ser a cidade de Mogi das Cruzes.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Era filho de Antonio Vaz Guedes, natural de Mesão Frio (c. 1520 ?), no Reino de Portugal, que - já casado com Margarida Correia - veio residir na capitania do Espírito Santo.[1]
Gaspar Vaz Guedes nasceu nessa capitania, talvez cerca de 1542,[2] embora não haja fontes que provem com exatidão essa data.
Em 1563, surge a primeira referência documental a Gaspar Vaz Guedes[3] - é a data quando tornou-se escrivão das dadas de sesmarias da Capitania de Santo Amaro.[2]
Em 1594, outros documentos referem Gaspar Vaz, comprando bens em São Paulo.[3]
Foi ele quem, em abril de 1601, abriu o primeiro caminho que ligaria o povoado de Mogi a São Paulo de Piratininga. Até então, o acesso entre os dois locais só era possível por via fluvial. Ao longo desse caminho, foram se estabelecendo novos moradores, que solicitariam a concessão de sesmarias, sendo a primeira delas requerida pelo próprio Gaspar Vaz Guedes.
Gaspar Vaz deu assim origem ao povoado de Mogi, posteriormente elevado à categoria de "Vila".[4]
Em 22 de setembro de 1608, obteve a concessão de uma sesmaria em Mogi (então chamada de Mogi-Mirim), onde era morador, com sua mulher e filhos.
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Em 8 de abril de 1611, quando encontrava-se em São Paulo, junto com outros moradores de Mogi, tomou a iniciativa de um requerimento solicitando a elevação da povoação de "Santa Ana de Mogi Mirim" à categoria de Vila, que seria deferido e assinado pelo governador.
Esteve ainda presente na bandeira de Antônio Raposo Tavares, na sua entrada ao Guairá, em 1628.
Faleceu cerca do ano de 1633.[2]
Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]
Foi casado com Francisca Cardoso[1] (falecida em 11 de março de 1611, em São Paulo, sendo sepultada na Igreja do Carmo), filha de Braz Cardoso, e de sua mulher Francisca da Costa, naturais de Portugal (Mesão Frio).
Do casamento nasceram 6 filhas e 4 filhos, segundo Silva Leme (ou 8 filhas e 3 filhos, segundo outras fontes);[2] um dos filhos, Antônio Vaz Cardoso, foi casado com Filipa da Cunha Gago, filha de Henrique da Cunha Gago e Catarina de Uñate.[1] Outro filho, Gaspar Vaz Cardoso, surge em ato público de 1625, recebendo terras em Mogi, enquanto um terceiro filho, Braz Cardoso, seria almotacel e depois vereador em São Paulo, respectivamente nos anos de 1641 e 1644.[2]
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- GRINBERG, Isaac - Gaspar Vaz, fundador de Moji das Cruzes. São Paulo: [s.n.], 1980. 142 p.
- LEME, Luiz Gonzaga da Silva, Genealogia Paulistana, Volume 8.º, São Paulo, Duprat & Comp., 1908, pp. 535 - 536
- ROUXINOL MOGI, Gaspar Vaz, fundador de Mogi, 9 de setembro de 2022
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ a b c Leme, Luiz Gonzaga da Silva (1908). GENEALOGIA PAULISTANA. Volume 8.º Contendo os Titulos: Dias, Domingues, Macieis, Pretos, Rodrigues, Lopes, Jorges Velhos, Saavedras, Gayas, Furtados, Oliveiras, Vaz Guedes. São Paulo: Duprat & Comp. pp. 535 – 536
- ↑ a b c d e Mogi, Rouxinol (9 de setembro de 2022). «Gaspar Vaz, fundador de Mogi». A Semana. Consultado em 27 de junho de 2023
- ↑ a b Grinberg, Isaac (1980). Gaspar Vaz, fundador de Mogi das Cruzes. Mogi das Cruzes: São Paulo Indústria Gráfica e Ed. p. 64
- ↑ Nigre, Leandro; Alves, Marcio; Tomio, Paulo. «Descobrindo Mogi das Cruzes». Prefeitura de Mogi das Cruzes. Consultado em 27 de junho de 2023