Geraldo Costa Alves

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Geraldo Costa Alves
Geraldo Costa Alves
Nascimento 3 de outubro de 1922
Muriaé
Morte 31 de janeiro de 1973
Brasília
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação escritor, professor, advogado
Causa da morte infarto

Geraldo Costa Alves (3 de outubro de 192231 de janeiro de 1973) foi um professor, bacharel na área de Direito, radialista, premiado escritor de poesias e poemas pós-modernista[1], e membro da Academia Espírito-Santense de Letras.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Geraldo Costa Alves nasceu em Muriaé, região sudeste de Minas Gerais, Brasil. Nos primeiros anos escolares os seus pais — José Paulino Alves Junior, e Honorina Costa Alves[3] — o matricularam no Ginásio Barão de Macaúbas, em Guaçuí, no estado do Espírito Santo. Posteriormente estudou o secundário no Ginásio Municipal de Alegre, e no Colégio Estadual do Espírito Santo, este último na capital do estado, Vitória.[3]

Graduou-se bacharel em Direito na Faculdade de Direito de Niterói, no Rio de Janeiro, e também formou-se em Letras Neolatinas, na Universidade de Goiás.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Geraldo Costa Alves foi professor de Latim e de Língua Portuguesa em diversas instituições no interior e em Vitória, a capital do Espírito Santo, sendo algumas dessas instituições o Colégio Americano, o Ginásio Maria Ortiz, e a Escola Normal Pedro II.

Após concurso foi Inspetor Federal do Ensino Secundário, e Chefe do Centro de Educação Média na Capital Federativa do país, Brasília.

Contista e jornalista, teve trabalhos premiados em diversos periódicos brasileiros (entre eles o Correio Brasiliense, Vida Capixaba, O Diário, A Tribuna, A Gazeta, entre outros).

E, em Brasília, apresentou o programa Instante de Poesia na Rádio Educadora.

Ao longo da vida Geraldo Costa Alves ainda realizou traduções de textos franceses — em especial de Lamartine —, em castelhano, e de um livro didático do autor alemão Samuel Reinach (1794-1878).

Livro escrito por Geraldo Costa Alves e outros três autores, em 1943.

Participou de algumas obras, como o livro de poemas Sinfonia das Ruas de Vitória (1944) com os autores Ciro Vieira da Cunha, Celso Bonfim, e Eugênio Sette; a antologia Poetas de Brasília (1962); e, postumamente, A Poesia Espírito-Santense no Século XX (1998).[4]

Em 1965 publicou o livro Cem Quadras em apoio a causa social das crianças, com a seguinte mensagem e dedicatória:

"Versos de outros tempos que falam de minha terra e do meu passado. Saem a público, em benefício do Hospital Infantil de Vitória."[5]


"Que êstes versinhos singelos,

sem vida, sem esperanças,

ser tornem um pouco mais belos,

fazendo o bem às crianças..."[6]


Sendo membro da Academia Espírito-Santense de Letras, Geraldo Costa Alves é o terceiro membro a ocupar a cadeira de número 04 da instituição, sendo o seu patrono, portanto, Ulisses Teixeira da Silva Sarmento. — No dia 19 de outubro de 2021 Francisco Grijó foi eleito para ser o quinto membro a ocupar a cadeira sob o mesmo patrono, tornando-o então colega de Geraldo Costa Alves.[7]

Durante sua atuação acadêmica Geraldo Costa Alves foi preso por aderir à greves docentes.[8]

Morte[editar | editar código-fonte]

Em Brasília, no dia 31/01/1973, sofreu um infarto enquanto fazia parte da assessoria do Ministro Corsetti.[9]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Livro Jardim das Hespérides, de Geraldo Costa Alves, em 1943.
    Jardim das Hespérides (poesia, 1943).
  • Tese apresentada por Geraldo Costa Alves ao eleger-se à cadeira de professor na Escola Normal Pedro II, em 1949).
    Fábulas de Fedro (tese apresentada por Geraldo Costa Alves para obter a cadeira de professor na Escola Normal Pedro II, em 1949).
  • História da Escola Normal Pedro II (1949).
  • Livro A Árvore, de Autoria de Geraldo Costa Alves, em 1949.
    A Árvore (poesia, 1949).
  • Cantares (trovas, 1959).
  • Cem Quadras (1965).[10]
  • Vilão Farto (poemas, 1966).
  • Em Louvor dos Poetas (crônicas).

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Conquistou o título de Príncipe dos Poetas Capixabas em uma das edições a Quinzena da Arte Capixaba.[11]

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Brasil, Assis (1998). Antologia Coleção Poesia Brasileira A Poesia Espírito-Santense no Século XX. [S.l.]: Secretaria de Estado da Cultura e Esportes do Espírito Santo/Imago. p. 81 
  2. «Patronos Acadêmicos». ael.org.br. Consultado em 9 de outubro de 2021 
  3. a b Alves, Geraldo Costa (1965). Cem Quadras. Vitória, Espírito Santo: Livraria Âncora. p. 49 
  4. Tatagiba, Fernando. «Há 10 anos, desaparecia o maior poeta do Espírito Santo». A Tribuna: Caderno 2 p. 1 
  5. Alves, Geraldo Costa (1965). Cem Quadras. Vitória: Livraria Âncora. p. p. 5 
  6. Alves, Geraldo Costa (1965). Cem Quadras. Vitória: Livraria Âncora. p. 7 
  7. «Francisco Grijó é eleito para a Academia Espírito-santense de Letras». www.ael.org.br. 20 de outubro de 2021. Consultado em 23 de outubro de 2021 
  8. «Greve terminou: autorizada publicação dos decretos». Correio Brasiliense: 6. Consultado em 23 de outubro de 2021 
  9. Brasil, Assis (1998). Antologia Coleção Poesia Brasileira A Poesia Espírito-Santense no Século XX. [S.l.]: Secretaria de Estado da Cultura e Esportes do Espírito-Santo/Imago. p. 81 
  10. «Cem Quadras». acervo.bn.gov.br. Consultado em 9 de outubro de 2021 
  11. Tatagiba, Fernando. «Há 10 anos, desaparecia o maior poeta do Espírito Santo». A Tribuna: Caderno 2, Capa. 
  12. «Ruas chamadas Geraldo Costa Alves». correios.com.br/. Consultado em 9 de outubro de 2021 
  13. «EEEFM Professor Geraldo Costa Alves». sedu.es.gov.br. Consultado em 9 de outubro de 2021 
  14. Moreira, Evandro. «Concurso Literário permanente do Espírito Santo». Mensagem: 1983 
  15. «Polícia "Dormindo de Botina" e ladrões agem à vontade». Correio Brasiliense: 5. Consultado em 23 de outubro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  1. ANE, Associação Nacional de Escritores.
  2. Prêmio Geraldo Costa Alves.
  3. Breve biografia.
  4. Academia Espírito-Santense de Letras.