Gilberto Teixeira

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Gilberto Teixeira

Cantor, compositor, editor, escritor, produtor cultural e político brasileiro.
Informação geral
Nome completo Gilberto Teixeira de Lima
Nascimento 6 de agosto de 1953
Origem Mossoró, RN
País Brasil Brasil
Gênero(s) Música nordestina brasileira
Página oficial CaraForró

Gilberto Teixeira de Lima, conhecido como CaraForró[carece de fontes?] (Mossoró, 6 de agosto de 1953) é um cantor, ambientalista, escritor, editor, produtor cultural e político brasileiro.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Gilberto foi o terceiro de uma série de treze filhos de Manoel Pereira de Lima e Maria Teixeira de Lima. Gilberto Teixeira é de uma tradicional família de artistas, na área de música, espalhada pelos estados do Rio Grande do Norte, Bahia e Rio de Janeiro. Fez o curso secundário entre os estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco e estudou Psicologia na Universidade Federal da Paraíba.

Tem larga experiência na área de música, produção cultural e jornalismo no Estado do Rio de Janeiro, onde fez dezenas de shows nos teatros João Caetano, Nelson Rodrigues, Rival, Canecão, João do Vale e Jackson do Pandeiro/Feira de São Cristóvão, Ballroom, Centro Cultural Suassuna, Casa França Brasil, Fundição Progresso, Mourisco, Asa Branca, Rio Sampa, BNDES, Lona Cultural Gilberto Gil, Circo Voador e vários teatros do SESC. Criou e editou os Jornais SOS TERRA/Ecologia, criou e ainda edita o Jornal da Feira de Tradições Nordestinas/Feira de São Cristóvão.

Entre os anos 1982 e 2000[editar | editar código-fonte]

Quando migrou de João Pessoa, capital da Paraíba para o estado do Rio de Janeiro, iniciou as atividades musicais. Em Teresópolis trabalhou suas primeiras composições e foi também coordenador cultural, agregando ao movimento musical ingredientes da cultura tradicional do Nordeste. Entre as duas cidades, Rio de Janeiro e Teresópolis, produziu os primeiros espetáculos mostrando a sua forma peculiar de interpretar cancioneiros nordestinos, assim como as suas próprias composições. Teatros, praças e movimentos ecológicos foram suas platéias preferidas. Além de engajar-se no movimento cultural-musical, Gilberto Teixeira militou entre os principais ambientalistas na defesa do meio ambiente, inclusive na fundação da APEDEMA/RJ (Assembléia Permanente de Defesa do Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro) e integrou a coordenação do Fórum Global, entidade que coordenou a ECO-92.

Entre 1985 e 1994, participou da fundação do Partido Verde no Rio de Janeiro e fundou a Sigla em Teresópolis. No campo da ecologia criou a Agência Ambiental SOS Terra e o Jornal SOS Terra, um dos veículos de comunicação do Fórum Global. Na Prefeitura Municipal de Teresópolis criou e coordenou o Sistema de Política Ambiental, onde implantou vários programas e projetos de Educação, Monitoramento e Fiscalização Ambiental (Educação Ambiental, Patrulha Verde, Linha Verde, SOS Paquequer, SOS Florestas). Implantou, ainda, o Sistema de Coleta Seletiva de Lixo (SOS Lixo) agregado às escolas municipais. Com a Sociedade Civil, trabalhou a recuperação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos/PNSO, implementando várias ações e programas, entre eles a volta da Unidade ao Programa Nacional de Meio Ambiente/PNMA/Ministério do Meio Ambiente e criou, junto a 30 entidades do município, a ONG Sociedade dos Amigos do Parque, ligada à Unidade para tratar de questões relacionadas com o PNSO. Foi o maior movimento da Sociedade Civil já organizado no Estado do Rio de Janeiro, em torno de uma Unidade de Conservação, pois conseguiu sensibilizar e levar o ministro do Meio Ambiente, Sr. Rubens Recúpero, a Teresópolis, para ver de perto os problemas que afligiam a Unidade. Os ambientalistas comemoraram o Dia Mundial do Planeta (22 de abril), no dia 19 de abril, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, RJ. A Festa Verde, organizada pelo CREA/RJ Movimento de Cidadania Pelas Águas e pela APEDEMA/RJ contou com a presença dos artistas Bia Bedran, Fátima Guedes, Tunay e CaraForró. A festa foi divulgada, principalmente, entre ecologistas e amigos do Meio Ambiente. O ambientalista Gilberto Teixeira, que integra o Movimento de Cidadania Pelas Águas/CREA/RJ, participou da organização da festa.

Entre 1997 e 2006, participou ativamente do movimento Cultural da Feira de São Cristóvão/Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, principal reduto dos nordestinos na Região Sudeste. Gilberto integrou a Comissão de Feirantes que conquistou o Pavilhão de São Cristóvão para a Feira transformando o espaço oficialmente em Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas/CLGTN. Foi também responsável pela criação do Sistema de Gestão Cultural/CLGTN e pelo Programa de Gestão de Projetos/PGP, incluindo Raízes do Nordeste, Cordel na Feira, São João na Feira, Roda de Forró, Frevo na Feira, Clube do Forró, Repente na Feira, Pequenos Contos da Feira (Relatos e depoimentos de personagens que fizeram a história da Feira de São Cristóvão), ETSEDRON/A temática da Feira Nordestina de São Cristóvão/CD, e Forró da Feira/CD, já na terceira edição. Teixeira também criou o primeiro Site e o Jornal da Feira de Tradições Nordestinas do Campo de São Cristóvão. O CD Forró da Feira reuniu os artistas do espaço pela primeira vez num CD. Gilberto liderou a realização do primeiro plebiscito na Feira, numa lista de sete nomes importantes ligados a cultura nordestina, que resultaram na escolha dos músicos Jackson do Pandeiro e João do Vale, nomeando, assim, os dois principais palcos.

Teixeira fundou, junto à classe artística, o Instituto Cultural da FEIRA, instituição civil sócio-cultural, com finalidades e objetivos claros calcados na defesa, promoção e proteção da Cultura das diversas manifestações tradicionais da Feira de São Cristóvão e do Nordeste do Brasil. Ao mesmo tempo o Instituto valoriza e preserva áreas Culturais importantes como os palcos João do Vale e Jackson do Pandeiro, as praças Catolé do Rocha, Câmara Cascudo, Padre Cícero, Frei Damião e Mestre Vitalino. Atualmente, integra o Comitê de Coordenação do Movimento Pró-Patrimônio Cultural Imaterial da Feira de São Cristóvão. O processo está em andamento no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN, Livro de Registro dos Lugares, destinado a englobar locais que, independentes de valor arquitetônico, urbanístico, estético ou paisagístico, constituem suportes fundamentais para a continuidade das práticas e atividades que abrigam.

O artista CaraForró, personagem incorporado por Gilberto Teixeira, faz incursões periódicas na Feira de São Cristóvão. Em 2003, na inauguração da nova Feira, fez a primeira temporada, durante oito meses, patrocinada pela Nova Schin e o Gás Natural/CEG. Ficou um ano em cartaz, entre 2005 e 2006, e foi patrocinado pela Bebidas Comary/Catuaba Selvagem. Os shows foram intercalados entre os palcos João do Vale e Jackson do Pandeiro. Durante a última temporada, assistida por aproximadamente duzentas mil pessoas, o artista fez tanto sucesso que os produtores produziram e lançaram o CD CaraForró/Carne de Sol. No mercado fonográfico da Música Nordestina Brasileira/MNB trabalhou o seu primeiro disco, ainda em vinil, em 1987, pelo Selo RGE/SOM LIVRE, intitulado "Desgarrado", com composições próprias, e teve como produtor musical o maestro Waltel Branco, produtor de trilhas de novelas e mini-séries da Rede Globo. Teixeira se tornou mais conhecido a partir dos CDs Forró da Feira 1 e 2 nos anos de 2001 e 2002 no Rio de Janeiro. O CD Forró da Feira, produzido por Eugênio Dale, teve a participação de Tânia Alves. O CD Forró da Feira 2, produzido por Robertinho de Recife, teve a participação de Zé Ramalho e foi, de forma pioneira, apresentado no Canecão, casa de espetáculo famosa no Rio de Janeiro, onde se reúnem grandes nomes da MPB. Seu quarto trabalho musical é intitulado CaraForró (CD composto de músicas de sua autoria), pelo Selo NGT Music, e também produzido por Robertinho de Recife.

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • Desgarrado (LP)
  • Forró da Feira (CD)
  • Forró da Feira 2 (CD)
  • CaraForró (CD)

Literatura[editar | editar código-fonte]

Pequenos Contos da Feira[editar | editar código-fonte]

Os Pequenos Contos da Feira são relatos e depoimentos de personagens que fizeram a história da Feira de São Cristóvão.

A Feira de São Cristóvão é o resultado de narrativas pitorescas de nordestinos. A partir da década de 1940, essas pessoas tinham lugar certo para desembarcar: São Cristóvão. O Campo era simplesmente uma área a céu aberto, e o pavilhão não era nem projeto. Durante 60 anos muitos deles foram chegando, fazendo história no Campo, e a Feira foi se fazendo, se construindo, se solidificando a partir desses personagens que, ao longo dos tempos, fizeram a Feira de São Cristóvão ser o que é hoje. O Jornal da Feira de Tradições Nordestinas do Campo de São Cristóvão, desde janeiro de 2007, publica a série Pequenos Contos da Feira, com o objetivo de relatar episódios jamais descritos. São doze contos no contexto histórico do reduto sobre personagens que, ainda hoje, convivem com a Feira de São Cristóvão.

Carmelita Araújo Barbosa
Maria Lúcia Alves Cardoso
Ademar Joaquim dos Santos e Deverina Carvalho dos Santos
Severino Emanuel de Mello
Gerson Cosme Oliveira Passarinho
João Manoel da Silva
José Carlos de Carvalho
José Herculano dos Santos
Jean Carlos Nogueira Silva e Seu Paí Josué Galdino da Silva conhecido como ( Déu Mudanças ) e sua Mãe Jandira Nogueira Silva e outros bravos trabalhadores do setor de carnes, que demos início aos trabalhos nos dias de sabado, na época do ágio ( Quando não havia carnes nos açougues e mercados.

Por tanto desafios outros setores da feira resolveram montar suas Barracas também e assim foi crescendo cada vez mais a Feira de São Cristóvão, mais conhecida como Feira dos Paraíbas "

Ivo Amaral
Carlos Botelho
José João dos Santos

Jornal SOS Terra[editar | editar código-fonte]

Tablóide mensal que registrava a Conferência Paralela dos Ambientalistas durante a ECO-92, que aconteceu na Cidade do Rio de Janeiro e reuniu mais 150 países. O Jornal SOS Terra circulou no Movimento Ecológica Brasileiro entre os anos de 1991 a 1996.

O grupo de ecologistas que integrava a Agência Ambiental SOS Terra, MCT/Movimento Conservacionista Teresopolitano, Movimento Pró-Floresta da Tijuca, Defensores da Terra e APEDEMA/RJ (Assembléia Permanente de Defesa do Meio Ambiente), reunia mais 50 entidades de defesa da Ecologia, sob a liderança dos ambientalistas Vilmar Berna, Gilberto Teixeira, Carlos Minc, Alfredo Sirkis, Fernando Gabeira, Antônio Vieira Xinaíba, Vidock Casas e Marcelo de Paula. Esse grupo escrevia e publicava o Jornal SOS Terra, um dos tablóides oficiais da Conferência dos Ecologistas na ECO-92. O mesmo tablóide publicou a primeira matéria sobre a chegada do grupo Greenpeace no Brasil.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]