Godspeed You! Black Emperor

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Godspeed You! Black Emperor

A banda numa apresentação em Londres
Informação geral
Origem Montreal, Quebec
País Canadá
Gênero(s) Post-rock
Space rock
Rock progressivo
Rock instrumental
Experimental
Dark ambient
Período em atividade 1994 - atualmente[1]
Gravadora(s) Constellation Records
Kranky (1998 - 2002)
Afiliação(ões) A Silver Mt. Zion
Set Fire to Flames
Fly Pan Am
HRSTA
Integrantes Efrim Menuck
Norsola Johnson
Mauro Pezzente
David Bryant
Aidan Girt
Sophie Trudeau
James Chau
Thierry Amar
Bruce Cawdron
Ex-integrantes Roger-Tellier Craig
Mike Moya
James Drayton
Página oficial Site oficial

Godspeed You! Black Emperor (antigamente Godspeed You Black Emperor!), chamada pelos fãs de GY!BE, é uma banda canadense de post-rock iniciada em Montreal no ano de 1994.

Quase como uma orquestra, os nove integrantes do grupo são conhecidos pelos intervalos dinâmicos, uso incomum dos instrumentos musicais e sons, canções longas, composições quase clássicas com vários movimentos e uso de arte nos encartes dos álbuns e filmes nas apresentações ao vivo.[2]

Estiveram em hiato pelo período de 2003 a 2010. Uma reportagem anunciou no início de 2008 que a banda havia acabado,[3] mas não passou de um boato.[1] Em outubro de 2012, a banda anunciou o lançamento de um novo álbum, Allelujah! Don't Bend! Ascend!.

História[editar | editar código-fonte]

A banda retirou o nome God Speed You! Black Emperor de um documentário japonês em preto e branco de 1976 dirigido por Mitsuo Yanagimachi, que segue as aventuras dos Bōsōzoku, os Imperadores Negros, gangue de motociclistas japoneses. É geralmente classificada como post-rock, mas possui muitas influências de estilos como rock progressivo, punk-rock, música clássica e vanguarda. Suas gravações consistem em poucas músicas de longa duração, a maioria entre 15 e 25 minutos, divididas em movimentos que, às vezes, são especificados nos registros das gravações.

Foi formada em 1994 com apenas três membros[2], mas sua formação varia com freqüência chegando a incorporar em torno de 20 membros de uma única vez. Desde 1998, mantém apenas nove integrantes. Os instrumentos tocados variam de acordo com a formação, mas sempre houve uma tendência em torno de guitarras e baixos elétricos, instrumento de cordas e percussão. Outros instrumentos como metalofone e trompa são tocados ocasionalmente. Algumas músicas são acompanhadas por fragmentos gravados pela banda ao longo da América do Norte, incluindo um apocalíptico pregador de rua de Providence, um anúncio em um posto de gasolina, um grupo de crianças falando e cantando em francês, assim como gravações feitas em estações de rádio.

No passado, os membros da banda não gostavam de dar entrevistas, mostrando um certo descaso pela indústria musical. Por isso, ganharam a fama de anti-sociais e nunca mostraram muito de suas personalidades. Entretanto, ficaram mais conhecidos depois de aparecerem na capa da revista britânica NME, em 1999. O integrante que mais interage com a imprensa é Efrim Menuck, por essa razão é apresentado como líder, rótulo que ele repudia.

Os membros do grupo têm formado uma série de projetos paralelos, incluindo A Silver Mt. Zion, Fly Pan Am, Hrsta, e Set Fire to Flames. A banda contribuiu com a música "East Hastings" do primeiro álbum F♯A♯∞ para a trilha sonora do filme 28 Days Later, embora tenha sido pesadamente editada, algo incomum para todos os integrantes. No entanto, a faixa foi excluída do CD da trilha sonora por questões de ética. Em 2005, a banda permitiu que músicas do CD Yanqui U.X.O. fossem usadas no documentário Bombhunters, afirmando que apesar de não permitir suas músicas em filmes, poderiam alinhar as canções com a natureza social do filme. Um segmento da faixa "Providence" foi usada para promover a série dramática da BBC Superstorm, que foi ao ar em abril de 2007.

A banda lançou um CD com versões dos dois primeiros álbuns gravados pelo selo Kranky e um LP pela Constellation Records. O LP e o CD de Yanqui U.X.O. foram produzidos pela Constellation após o fim do contrato com a Kranky.

Em 2004, o guitarrista Roger-Tellier Craig abandonou o grupo de forma amistosa para se dedicar mais ao Fly Pan Am.

No ano 2010 a banda anunciou que estaria se reunindo para apresentações no festival britânico All Tomorrow's Parties e também para shows nos Estados Unidos, quebrando assim um hiato iniciado no ano de 2003.

Allelujah!_Don't_Bend!_Ascend!, o quarto álbum de estúdio da banda, foi lançado em outubro de 2012.

Inclinações políticas[editar | editar código-fonte]

Vários integrantes são anarquistas, por isso existe um forte componente político junto à banda[4]. Por exemplo, as notas do CD Yanqui U.X.O. descrevem a canção "09-15-00" como "Ariel Sharon rodeado por mil soldados israelenses marchando pela Mesquita de Al-Aqsa e provocando outra Intifada", e a parte de trás do álbum retrata a relação de algumas indústrias da música com um complexo industrial-militar[5]. Várias canções incorporam vozes que expressam sentimentos políticos, bastante notáveis em "The Dead Flag Blues", do álbum F♯A♯∞, e "Blaise Bailey Finnegan III", do EP Slow Riot for New Zerø Kanada.

Em 2003, o grupo foi confundido com terroristas..[6][7] Após o veículo que levava o grupo parar em um posto de gasolina na cidade de Ardmore, Oklahoma, durante a turnê de 2003 pelos Estados Unidos, a funcionária do posto acreditou que tratava-se de terroristas. Ela informou rapidamente a outro funcionário para que avisasse à polícia. Quando a polícia apareceu, o grupo foi interrogado por mais de três horas pelo FBI. Apesar da polícia suspeitar de documentos antigovernamentais e algumas coisas estranhas, como fotografias de poços petrolíferos, não encontrou nenhuma evidência que incriminasse o grupo. Depois da comprovação dos antecedentes dos membros, a banda foi liberada da custódia e foi à próxima apresentação em Columbia, Missouri. Efrim Menuck se dirigiu à multidão explicando o acontecido e especulou dizendo que a liberação rápida foi devido a sua raça. "Tenho sorte por não ser paquistanês ou coreano. Eles prendem pessoas o tempo todo na Califórnia e ninguém sabe o que acontece. Apenas tivemos sorte de sermos uns canadenses branquelos e bonitinhos.", disse[8] O incidente foi mencionado no livro de Michael Moore, "Cara, Cadê Meu País?".

Concertos ao vivo[editar | editar código-fonte]

O grupo é conhecido por seqüências de filmes que são projetadas atrás do palco durante as performances. Efrim Menuck explicou que tais seqüências, comumente produzidas pela violinista Sophie Trudeau, são importantes nos concertos porque "ficam contextualizadas".[9]

Integrantes[editar | editar código-fonte]

Ex-integrantes[editar | editar código-fonte]

  • Roger-Tellier Craig - guitarra
  • Mike Moya - guitarra

Discografia[editar | editar código-fonte]

Álbuns de estúdio[editar | editar código-fonte]

EP[editar | editar código-fonte]

Coletâneas e outros álbuns[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Amy Phillips (2008). «GYBE permanece em pausa» (em inglês). Pitchfork Media. Consultado em 17 de março de 2008. Arquivado do original em 12 de fevereiro de 2008 
  2. a b Constellation Records (2006). «Biografia de Godspeed You! Black Emperor» (em inglês). Constellation Records. Consultado em 23 de dezembro de 2006. Arquivado do original em 16 de dezembro de 2006 
  3. «GYBE anuncia seu fim» (em inglês). NME. 2008. Consultado em 17 de março de 2008 
  4. «Anarchistnews.org: A política do caos». Consultado em 19 de abril de 2019. Arquivado do original em 19 de fevereiro de 2012 
  5. «Encarte do álbum Yanki U.X.O.». Consultado em 17 de março de 2008. Arquivado do original em 22 de outubro de 2008 
  6. Biehr, Steve, Marion Bornas e Stefan (2008). «Reportagem e fotos». Pitchfork Media. Consultado em 17 de março de 2008. Arquivado do original (JPG) em 27 de setembro de 2007 
  7. Biehr e Steve (2006). «Membros da banda são soltos após denúncia de terrorismo» (em inglês). The Daily Ardmoreite. Consultado em 17 de março de 2008. Arquivado do original em 8 de fevereiro de 2005 
  8. Godspeed You! Black Emperor (2003). «Godspeed You! Black Emperor nas noites de Mississippi» (em inglês). Internet Archive. Consultado em 16 de março de 2003 
  9. Visser e Menno (2001). «Entrevista com Godspeed You! Black Emperor» (em inglês). OOR. Consultado em 17 de março de 2008 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]