Gomphrena marginata

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Características morfológicas gerais de Gomphrena marginata. [1]

Espécie Gomphrena marginata pertence a família Amaranthaceae.[2] O gênero Gomphrena possui aproximadamente 46 espécies no país e a maioria delas ocorre em áreas de Cerrados, campos rupestres e caatingas. G. marginata é uma herbácea que atinge no máximo 40 centímetros de altura, ereta e com folhas basais rosuladas e linear-lanceoladas de até sete centímetros de comprimento e quatro milímetros de largura com pelos nas margens. Apresenta inflorescências capituliformes, terminais, hemisféricas e longo-pendunculadas e perigônio amarelado com 1,2 centímetros de comprimento[3] endêmica em campos rochosos, apresenta um órgão subterrâneo espessado semelhante a uma raiz tuberosa.[4] Como espécie endêmica de Campos Rupestres esta possui adaptações para tolerar estresse hídrico, especialmente em suas raízes. Possuindo em sua raíz a ocorrência de frutanos acumuladas como tolerância a estresse hídrico.[4] A existência deste tipo de carboidrato na raiz confere a espécie alterações em seu mecanismo de defesa para suportar períodos extensos de seca tendo em vista a sazonalidade, e as condições de solos que geralmente são rasos e arenosos, típicos de campos rupestres.[5] Além de frutanos ,análises de cromatografia de troca aniônica de alto desempenho (HPAEC-PAD) revelou o presença dos carboidratos solúveis glicose, frutose, sacarose, 1-kestose, 6- kestose, nistose e frutanos com grau de polimerização (DP) até aproximadamente 40 unidades de frutose.[6]

Risco de extinção

A regiões de distribuição da espécie sofrem com a intensa atividade mineradora, o ecoturismo, e o aumento da frequência de incêndios de origem antrópica, que em grande parte servem como ferramenta para o manuseio do solo visando a implementação de atividades agropecuárias, além da invasão de espécies exóticas. Tais ameaças corroboram o declínio constante da EOO, AOO, qualidade do hábitat e de subpopulações. Medidas de contenção e monitoramento das ameaças incidentes são necessárias a fim de manter a viabilidade da espécie na natureza, e evitar que configure em uma categoria de risco mais preocupante em um futuro próximo[7]

Referências

  1. SILVA, FERNANDA. «ACUMULO DE FRUTANOS EM Gomphrena Marginata» (PDF). Consultado em 14 de outubro de 2021 
  2. «Flora do Brasil 2020». reflora.jbrj.gov.br. Consultado em 14 de outubro de 2021 
  3. Siqueira, Josafa Carlos de (1991). «O genero Gomphrena L. (Amaranthaceae) no Brasil». Consultado em 14 de outubro de 2021 
  4. a b Silva, Fernanda Gomes da; Cangussu, Lílian Mendes Borburema; Paula, Sandro Lânio Abreu de; Melo, Geraldo Aclécio; Silva, Emerson Alves (2013). «Seasonal changes in fructan accumulation in the underground organs of Gomphrena marginata Seub. (Amaranthaceae) under rock-field conditions». Theoretical and Experimental Plant Physiology (em inglês): 46–55. ISSN 2197-0025. Consultado em 14 de outubro de 2021 
  5. «Campo Rupestre - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 14 de outubro de 2021 
  6. Joaquim, Emanuela O.; Hayashi, Adriana H.; Torres, Luce M. B.; Figueiredo-Ribeiro, Rita C. L.; Shiomi, Norio; de Sousa, Fernanda S.; Lago, João H. G.; Carvalho, Maria A. M. (4 de dezembro de 2018). «Chemical Structure and Localization of Levan, the Predominant Fructan Type in Underground Systems of Gomphrena marginata (Amaranthaceae)». Frontiers in Plant Science. 1745 páginas. ISSN 1664-462X. doi:10.3389/fpls.2018.01745. Consultado em 14 de outubro de 2021 
  7. «Centro Nacional de Conservação da Flora - CNCFlora». www.cncflora.jbrj.gov.br. Consultado em 14 de outubro de 2021