Gravador Siphon

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Gravador Siphon Muirhead

O Syphon ou gravador Siphon é um dispositivo eletromecânico obsoleto utilizado como receptor para cabos de telégrafo submarinos, foi inventado por William Thomson, 1º Barão Kelvin em 1867.[1] Ele registra automaticamente uma mensagem de telégrafo recebida como uma oscilação em um rolo de papel.[2] Mais tarde,um telegrafista profissional poderia ler a fita, traduzindo os pulsos que representam os "pontos" e "traços" do código Morse no texto para caracteres alfanuméricos

O gravador Siphon substituiu o galvanômetro como o instrumento padrão de recebimento para os cabos submarinos, permitindo cabos longos trabalhar com apenas alguns volts, na extremidade de envio. A desvantagem do galvanômetro era que ele necessitava de dois operadores: um atento para ler e interceptar o sinal, e outro para escrever os caracteres recebidos.[3] Seu uso expandiu-se para linhas comuns de telégrafo e receptores de radiotelégrafo. Uma grande vantagem do gravador foi que não havia necessidade de um operador para monitorar a linha, constantemente esperando por mensagens. A fita de papel conservava um registro da mensagem real antes de traduzir para o texto, portanto, erros na tradução poderiam ser verificados e corrigidos.

O sifão eletrostático de Kelvin[editar | editar código-fonte]

Exemplo de mensagem de radiotelégrafo registrada no papel por um gravador Siphon no centro de recepção da RCA localizado na cidade de Nova York em 1920.
Devido a má qualidade da transmissão de longas linhas de telégrafo, a fita de papel era frequentemente difícil de ser lida.

O sifão e o reservatório de tinta estão juntos, apoiados em um suporte de ebonite, separado do resto do aparelho, e isolados deste. Esta separação permite à tinta ser eletrificada para um alto potencial, enquanto o corpo do instrumento (incluindo o papel e o suporte) estão ligados à terra e com baixo potencial. A tendência de um corpo carregado é se deslocar de um lugar com maior potencial para um lugar de menor potencial e, consequentemente, a tinta tende a fluir para baixo, para que o suporte de escrita. A única forma de escape para a tinta é pelo fino corpo do sifão, e enquanto ela flui, consequentemente marca o papel. A repulsão natural entre suas partículas faz com que a tinta saia em spray. À medida que o papel se move nas polias, uma delicada linha é traçada: reta quando o sifão está em repouso, mas curva quando o sifão é puxado de um lado para outro pelas oscilações dos sinais da bobina.


Registrador de vibração de Muirhead[editar | editar código-fonte]

Mecanismo de Muirhead

Um mecanismo mais simples foi desenvolvido por Alexander Muirhead. Este faz uso de uma "caneta" vibratória para evitar o problema da tinta aderir ao papel. A "caneta" foi suspensa em um fino fio, vibrado por um eletroímã semelhante ao de uma campainha, para quebrar o contato com o papel.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «The Underwater Web: Cabling the Seas a Smithsonian Institution Libraries Exhibition». www.sil.si.edu. Consultado em 6 de novembro de 2016 
  2. Bright, Charles (20 de março de 2014). Submarine Telegraphs (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 9781108069489 
  3. «History of the Atlantic Cable & Submarine Telegraphy - Early Cable Instruments». atlantic-cable.com 
  • Lindley, D. Degrees Kelvin: A Tale of Genius, Invention and Tragedy. [S.l.: s.n.] ISBN 0-309-09073-3 
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