Guarda Imperial Patrianovista

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Guarda Imperial Patrianovista
Outros nomes Camisas Brancas
Datas das operações 1932-1937
Líder(es)
Fundação 1932
Área de atividade  Brasil
Ideologia Patrianovismo
Espectro político Terceira Posição
Status extinta
Parte de Ação Imperial Patrianovista
Aliados Integralistas
Inimigos Comunistas e Republicanos
Filiação Casa de Orléans e Bragança
Cor(es) Branco e Vermelho
         
Bandeira

A Guarda Imperial Patrianovista comumente chamada de Camisas Brancas era a ala paramilitar da Ação Imperial Patrianovista Brasileira (AIPB). Seus integrantes se diferenciavam dos paramilitares de outras organizações, como os integralistas , por usarem seus uniformes brancos.

Segundo o historiador Joaquim P. Dutra Silva, a criação da guarda foi extremamente importante, dado o contexto em que foi criada, para manter as aparências, já que os grupos paramilitares eram considerados em voga e mesmo que a guarda fosse pacífica, eles ainda carregariam os símbolos que representam.

História[editar | editar código-fonte]

Em 1932, o grupo paramilitar foi formado para "defender um Brasil cristão contra os ataques do comunismo " e preparar o país para a instauração do terceiro Império. A esmagadora maioria dos integrantes do grupo era jovem, em êxtase ao ouvir os discursos proferidos por Veiga, que defendia a derrubada do "Brasil pequeno, ridículo, liberal-judaico-maçom-republicano, traiçoeiro, pela pena, pela palavra e armas". Assim como outros movimentos de terceira posição tinham suas saudações com as quais cumprimentavam outros integrantes, os patrianovistas gritavam "Glória", uma alternativa ao "Por Deus, pelo Brasil, pelo Imperador", com o braço direito levemente erguido, segurando os três primeiros dedos contando a partir do polegar para cima. "Glória" é uma versão abreviada de "Glória à Santíssima Trindade", que significa "Glória à Santíssima Trindade " Embora a GUIP fosse uma organização paramilitar, eles não realizaram nenhuma ação militar, nunca verdadeiramente portando armas , pois a verdadeira intenção do grupo era mostrar o patriarismo, já que a maioria organizações políticas, como a AIB , tinham milícias próprias, mas como o Pátria Nova não era um movimento de massas, a GUIP nunca conseguiu empatar com os camisas-verdes integralistas.[2][3][4]

Atividades[editar | editar código-fonte]

Patrianovistas na década de 1930

Ainda que Arlindo tenha pedido o levantamento de armas, a GUIP manteve-se maioritariamente pacífica no cenário das diferentes facções durante a década de 1930, não levantando armas. Mais pacífica do que outras organizações paramilitares, como os grupos paramilitares da comunista Aliança Nacional Libertadora e da integralista Ação Integralista Brasileira , a GUIP estava mais interessada na pesquisa cultural do que na militância que pudesse levar a qualquer embate com os outros grupos.Isso, no entanto, não impediu que raramente surgissem conflitos entre facções opostas, como os comunistas.[5]

A Guarda também tinha que participar, pelo menos uma vez por semana, de exercícios.[6]

Organização[editar | editar código-fonte]

As milícias organizaram-se de forma a que diferentes províncias e municípios tivessem grupos, com membros com idades compreendidas entre os 15 e os 40 anos, embora os organizadores manifestassem regularmente que o movimento era maioritariamente composto por jovens.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Ação Imperial Patrianovista». Diário de Pernambuco 
  2. Domingues 2006, pp. 8–9.
  3. Malatian 1981, p. 3.
  4. Malatian 2013, pp. 9–11.
  5. «Conflito entre Comunistas e Patrianovistas». Jornal do Brasil. 16 de janeiro de 1935. 3 páginas 
  6. «Ação Imperial Patrianovista». Diário de Pernambuco. 8 de Janeiro de 1935. 4 páginas. Consultado em 18 de maio de 2022 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]