Guerra de Barbastro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Guerra de Barbastro (também conhecida como o Cerco de Barbastro ou a Cruzada de Barbastro) foi uma expedição internacional, sancionada pelo Papa Alexandre II, para retomar a cidade de Barbastro dos mouros. Um grande exército composto de elementos de toda a Europa Ocidental tomou parte no bem-sucedido cerco da cidade em 1063. A guerra foi parte do Reconquista, mas em seu caráter internacional e papal pressagiava as Cruzadas dos próximos dois séculos.

Expedição[editar | editar código-fonte]

Papa Alexandre II

Alexandre II foi o primeiro a pregar a "Reconquista" em 1063 d.C. como uma "emergência cristã".[1][2] Ela também foi pregada na Borgonha, provavelmente com a permissão da participação de Hugo de Cluny, onde o irmão do abade, Thomas de Chalon, liderou o exército.[2] O zelo certamente, para a cruzada se espalhou em outros lugares na França.

Assim, um grande exército, principalmente dos franceses e burgúndios, juntamente com um contingente papal, de maioria de ítalo-normandos, e locais exércitos espanhóis, da Catalunha e de Aragão, estavam presente no cerco quando começou em 1063. O líder do contingente papal era um normando de nome William de Montreuil. O líder dos espanhóis era Sancho Ramírez, rei de Aragão,[3] cujo reino era muito ameaçado pelos mouros. O maior componente, o da Aquitânia, foi liderado pelo duque Guy Geoffrey,[2] embora a composição deste grande exército tem sido objeto de muita controvérsia.

O duque de Aquitânia levou o exército através dos Pirenéus até Somport. Ele se juntou ao exército catalão em Girona no início de 1064 d.C.. O exército, em seguida, passou por Graus, que haviam resistido ao assalto duas vezes antes, em seguida direcionou-se contra Barbastro, que fazia parte da taifa de Lleida governado por al-Muzaffar.[2] A cidade, não recebeu reforços de Lleida, teve seu abastecimento de água cortado, foi sitiada e caiu rapidamente. Os cruzados a saquearam sem misericórdia. Os registros indicam a captura de um grande número de mulheres sarracenas e muitos tesouros,[4] e que 50.000 muçulmanos foram mortos.[5]

Legado[editar | editar código-fonte]

A Armengol III conde de Urgel foi dado o senhorio da cidade. Em 1065, Amade Almoctadir, rei da Taifa de Saragoça, reagiu solicitando a ajuda de todo o Al-Andalus, em um contra-ataque, os mouros facilmente retomaram a cidade, massacrando a pequena guarnição.[6]

Tibaldo, o líder da Borgonha, morreu, possível de ferimentos recebidos em campanha, quando voltava para a França após a perda da cidade em 1065.[2]

A batalha de Barbastro tem sido visto como uma protocruzada que impulsinou o movimento das cruzadas na França.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. (em castelhano) Gran Enciclopedia Aragonesa, Cruzadas aragonesas
  2. a b c d e Charles Julian Bishko (2012). «Fernando I and the Origins of the Leonese-Castilian Alliance With Cluny p.62». The Library of Iberian Resources online 
  3. I Charles Julian Bishko I The Spanish and Portuguese Reconquest, 1095-1492 I
  4. Al-Baki, al-Himyari,al-Mi’Tar; “In Christians and Moors in Spain; pp 70-71; III; eds. C. Melville e A. Ubaydli; Warminister; 1992.
  5. H. J. Chaytor (6 de março de 2012). «A History of Aragon and Catalonia". "The Reconquest."». The Library of Iberian Resources online. p. 137 
  6. Charles Julian Bishko (2012). [http:// libro.uca.edu/frontier/bishko2b.htm «Fernando I and the Origins of the Leonese-Castilian Alliance With Cluny p.89»] Verifique valor |url= (ajuda). The Library of Iberian Resources online 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Bishko, Charles Julian. Fernando I and the Origins of the Leonese-Castilian Alliance With Cluny.
  • Ramón Menéndez Pidal La España del Cid.
  • Boissonnade, Pierre. "Cluny, la papauté et la première grande croisade Internationale contre les sarrasins d'Espagne: Barbastro (1064-1065)." Rev. des questions historiques, pp 257–301. 1932.
  • Chaytor, H. J. "The Reconquest." A History of Aragon and Catalonia. London: Methuan, 1933.* Jackson, Gabriel, Introducción a la España medieval, Alianza, Madrid, 1996
  • Ladero Quesada, Miguel Ángel, La España de los Reyes Católicos, Alianza, Madrid, 1999.
  • Watt, W. Montgomery, Historia de la España islámica, Alianza, Madrid, 2001.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «War of Barbastro ».