Heloisa Murgel Starling

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Heloisa Murgel Starling
Heloisa Murgel Starling
Conhecido(a) por
  • escritora
  • autoridade nacional em estudos da ditadura e da república brasileira
Nascimento 1956 (68 anos)
Minas Gerais, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileira
Alma mater
Prêmios
Orientador(es)(as) José Murilo de Carvalho
Instituições Universidade Federal de Minas Gerais
Campo(s) História
Tese Lembranças do Brasil: teoria política, história e ficção em Grande Sertão: Veredas (1997)

Heloisa Maria Murgel Starling (Minas Gerais, 1956) é uma historiadora, professora universitária, pesquisadora e escritora brasileira. Professora titular do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais, é autoridade nacional em estudos sobre a ditadura e a república brasileiras. Junto de Lilia Schwarcz, foi indicada ao 61º Prêmio Jabuti, na categoria Inovação, com o livro Brasil: uma biografia e na categoria Humanidades, com o livro Ser republicano no Brasil Colônia

Biografia[editar | editar código-fonte]

Heloisa nasceu em Minas Gerais, em 1956. Ingressou no curso de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em 1975, formando-se em 1979. Apesar de querer ser historiadora, Heloisa também tinha gosto pela escrita e acreditava que o curso de Comunicação Social poderia fornecer a formação literária necessária. Concomitante com o curso na PUC, Heloisa ingressou em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde se graduou em 1981.[2]

Pela UFMG concluiu o mestrado em história e pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro defendeu o doutorado em 1997 onde estudou teoria política, história e ficção no livro Grande Sertão: Veredas. Desde 2012 é professora titular da UFMG, atuando no departamento de história. Já orientou 28 mestrados, 11 doutorados e supervisionou 6 estágios de pós-doutorado.[3][4]

Seu primeiro livro foi sua dissertação de mestrado, Os senhores das gerais: os novos inconfidentes e o golpe de 1964, em 1986. Ao longo da carreira, publicou quase 50 livros, além de artigos científicos, capítulos de livros e colaborações para jornais e revistas literárias. Com Lilia Schwarcz escreveu o livro Brasil: uma biografia, lançado pela Companhia das Letras[5], livro ganhador do 61º Prêmio Jabuti, na categoria Livro do Ano, e A Bailarina da Morte (2020), livro que analisa a chegada da gripe espanhola ao Brasil, em 1918, o enfrentamento da pandemia e as semelhanças com a pandemia de COVID-19, em 2020.[6]

Publicações selecionadas[editar | editar código-fonte]

  • A bailarina da morte: a gripe espanhola no Brasil com Lilia Schwarcz, Companhia das Letras, 2020;
  • Ser republicano no Brasil colônia: A história de uma tradição esquecida, Companhia das Letras, 2018;
  • Brasil: uma biografia com Lilia Schwarcz, Companhia das Letras, 2015;
  • Imaginação da Terra: Memória e Utopia no Cinema Brasileiro, com Augusto Carvalho Borges, Editora UFMG, 2013;
  • Sentimentos da terra: imaginação de reforma agrária, imaginação de República com Pauliane de Carvalho Braga, Editora UFMG, 2013;
  • Imaginação da Terra: Memória e Utopia na Moderna Canção Popular, Editora UFMG, 2012;
  • Uma pátria paratodos: Chico Buarque e as raízes do Brasil, Lingua Geral, 2010;
  • Utopias Agrárias, com Marcela Telles e Henrique Estrada Rodrigues, Editora UFMG, 2008;
  • Fundação Ezequiel Dias: um Século de Promoção e Proteção à Saúde, com Lígia Beatriz de Paula Germano e Rita de Cássia Marques, Editora UFMG, 2007;
  • Sentimento de Reforma Agrária, Sentimento de República com Deisy Gonçalves de Paula e Juarez Rocha Guimarães, Editora UFMG, 2006;
  • Decantando a república: inventário histórico e político da canção popular moderna brasileira. A cidade não mora mais em mim com Berenice Cavalcante e José Eisenberg, Nova Fronteira, 2004;
  • Decantando a República: inventário histórico e político da canção popular moderna brasileira - Outras conversas sobre os jeitos da canção com Berenice Cavalcante e José Eisenberg, Nova Fronteira, 2004;
  • Decantando a República: inventário histórico e político da canção popular moderna brasileira - Retrato em branco e preto da nação brasileira com Berenice Cavalcante e José Eisenberg, Nova Fronteira, 2004;
  • Lembranças do Brasil; teoria política, história e ficção em Grande Sertão: veredas, Editora da IUPERJ, 1999;
  • Os senhores das Gerais: os novos inconfidentes e o golpe militar de 1964, Vozes, 1986.

Referências

  1. «Heloisa Murgel Starling». Biblioteca Nacional. Consultado em 29 de novembro de 2020 
  2. Gasparetto Júnior, Antonio; Teixeira, Wagner. «O Brasil republicano entre autoritarismos e democracia: uma entrevista com Heloisa Starling». Juiz de Fora: Locus: Revista de história \ Universidade Federal de Juiz de Fora. 25 (2): 346-356. ISSN 2594-8296. doi:10.34019/2594-8296.2019.v25.29116 
  3. «Professor - Heloisa Maria Murgel Starling». Universidade Federal de Minas Gerais. Consultado em 29 de novembro de 2020 
  4. José Nêumanne Pinto (ed.). «No Blog: Nêumanne entrevista Heloisa Starling». Neumanne.com. Consultado em 29 de novembro de 2020 
  5. «'Brasil: Uma Biografia' faz mergulho sensível e profundo na alma brasileira». Folha de S. Paulo. Consultado em 21 de dezembro de 2021 
  6. Carolina Grassmann (ed.). «Em novo livro, Lilia Schwarcz e Heloisa Murgel Starling trazem relatos sobre a gripe espanhola». Cultura UOL. Consultado em 29 de novembro de 2020