Hemibalismo

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Hemiballismus
Hemibalismo
O núcleo subtalâmico de Luys recebe aferências do globo pálido externo e manda eferências ao globo pálido interno para regular os movimentos.
Especialidade neurologia
Classificação e recursos externos
CID-10 G25.5
CID-9 333.5
CID-11 1689587356
MeSH D020820
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Hemibalismo ou balismo (quando bilateral) é um distúrbio neuromotor raro caracterizado por movimentos involuntários abruptos e possivelmente violentos e envolve mais a musculatura proximal do que distal (especialmente nas extremidades dos membros superiores). Costuma prejudicar muito as atividades rotineiras como alimentação, higiene pessoal, trabalho e lazer, quase sempre exigindo ajuda de um cuidador e de adaptações.[1]

Causa[editar | editar código-fonte]

Normalmente, o hemibalismo é causado por lesão no núcleo subtalâmico ou nas conexões feitas através dele com o globo pálido. O circuito subsidiário dos núcleos da base, denominado de pálido - subtalâmico - palidal, que controlam os movimentos do lado oposto do corpo, especialmente do braço e da perna. Danos nessa via impedem a ação inibitória de neurotransmissores (especialmente do GABA). Pode também estar associado a infecções, inflamações, traumas, tumores e hiperglicemia sem cetoacidose.[2]

Tratamento[editar | editar código-fonte]

É feito com remédios para parkinsonismo e psicose, ou seja, neurolépticos que atuem como bloqueadores da via dopaminérgica (como a risperidona e haloperidol), ou com anticonvulsivantes como topiramato.[2]

Remédios para inibir a catecolamina, tais como reserpina e tetrabenazina podem ser usados quando terapia de longo prazo é necessária. Eventualmente os remédios podem ser retirados. Caso os sintomas voltem, existe a possibilidade de cirurgia estereotática funcional, caso o paciente seja um bom candidato cirúrgico. [3]

Referências

  1. Gale J. T., Amirnovin R., Wiliams Z., Flaherty A. W. & Eskandar, E. N. (2008). "Symphony to cacophony: Pathophysiology of the human Basal Ganglia in Parkinson disease". Neuroscience and Biobehavioral Reviews 32: 378–387. doi:10.1016/j.neubiorev.2006.11.005.
  2. a b Postuma RB, Lang AE (2003). "Hemiballism: revisiting a classic disorder". Lancet Neurology 2 (11): 661–668. doi:10.1016/S1474-4422(03)00554-4. PMID 14572734.
  3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15814073