Henrique Aristides Guilhem

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura pela classe de navios da Marinha do Brasil, veja Classe Almirante Guilhem.
Henrique Aristides Guilhem
Henrique Aristides Guilhem
Henrique Aristides Guilhem
Dados pessoais
Nome completo Henrique Aristides Guilhem
Nascimento 26 de janeiro de 1875
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Morte 03 de janeiro de 1949 (73 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Tereza Francisca Fontes
Pai: Domingos Aristides Guilhem
Ocupação Militar
Serviço militar
Lealdade Brasil
Serviço/ramo Marinha do Brasil
Graduação Almirante
Condecorações Ordem de São Bento de Avis
Ordem do Mérito Naval

Henrique Aristides Guilhem GCA (Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 1875 — Rio de Janeiro,

3 de janeiro de 1949), foi um militar da Marinha do Brasil.

O Almirante Guilhem ocupou as mais elevadas funções na Marinha do Brasil, ressaltando a de Chefe de Estado-Maior da Armada e a de Ministro da Marinha, a qual desempenhou por uma década.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Em 1935.
Da direita para a esquerda:o presidente Getúlio Vargas, os ministros Artur de Sousa Costa (Fazenda), Osvaldo Aranha (Relações Exteriores), Almirante Henrique Aristides Guilhem (Marinha) e Waldemar Falcão (Trabalho) durante reunião ministerial no Palácio do Catete, 1939. Arquivo Nacional.

Filho de Domingos Aristides Guilhem e de Tereza Francisca Fontes Guilhem, após as aulas no curso preparatório, foi matriculado na Escola Naval em 19 de novembro de 1891 como praça de aspirante a guarda-marinha.

Em 1893 cursava o seu segundo ano, com excelentes notas, quando, em 6 de dezembro, eclodiu a Revolta da Armada, chefiada pelo almirante Custódio de Melo. Aluno e admirador do almirante Saldanha da Gama, diretor da Escola Naval à época, acompanhou-o quando este resolveu aderir ao movimento revolucionário. Com a anistia concedida aos rebelados, em 1895, Guilhem retornou à Escola Naval, onde concluiu o curso, sendo declarado como guarda-marinha em 23 de novembro de 1896.

Ascendeu rapidamente na carreira. Como tenente e capitão-tenente, a bordo e em terra, exerceu as mais variadas comissões, destacando-se a viagem de circunavegação no Navio-escola Benjamin Constant, as explorações pelo interior do Brasil, os levantamentos hidrográficos e as demarcações de fronteiras.

Em 1910 foi designado para estudar torpedos, minas e submersíveis na Europa, onde tomou parte, representando o Brasil, no Congresso de Pesca em Bordeaux, na França.

Promovido por merecimento a capitão-de-corveta e a capitão-de-fragata, nos meses de dezembro de 1912 e de 1917, respectivamente, quando, dentre inúmeras funções, comandou o Contratorpedeiro Pará. Foi diretor do Depósito Naval, comandou o Cruzador Barroso, foi diretor da Escola de Aviação e comandante da flotilha de aviões de guerra, comandou o Navio-mineiro Carlos Gomes, e, em 1920, foi designado para servir às ordens do rei Alberto I da Bélgica quando da visita deste ao Brasil, trazendo da Europa os restos mortais de D. Pedro II e de D. Teresa Cristina Maria de Bourbon.

Em 1921 foi promovido por merecimento a capitão-de-mar-e-guerra. Neste posto, entre outras realizações, comandou o Encouraçado São Paulo, a flotilha de navios-mineiros, a flotilha de contratorpedeiros, a Força Naval em Operações no Norte, além de exercer funções privativas de almirante, como as de diretor da Escola Naval (por duas vezes), Diretor Geral de Aeronáutica e Diretor Geral de Fazenda da Armada.

Foi promovido a contra-almirante em 10 de março de 1932. Neste posto, em 11 de janeiro de 1934, assumiu o cargo de Chefe de Estado-Maior da Armada.

Por decreto de 2 de agosto de 1934, foi promovido a vice-almirante, no qual, em 19 de novembro de 1935 assumiu o cargo de Ministro de Estado e Negócios da Marinha do governo de Getúlio Vargas, no qual permaneceu por uma década.

Em 5 de Dezembro de 1939 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis de Portugal.[1]

Em 1945 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Naval.

Faleceu em sua residência no Rio de Janeiro.

Post-mortem foi promovido a Almirante-de-Esquadra (1951) e a Almirante Cinco Estrelas (1958).

Principais realizações[editar | editar código-fonte]

Entre as suas realizações, destacam-se a criação:

Além dessas realizações, introduziu, na Escola Naval, os cursos de Formação de Oficiais Fuzileiros e de Intendentes da marinha. O seu principal feito, entretanto, foi a reativação da Construção Naval de Guerra no país, atividade que se encontrava paralisada desde término do Segundo Reinado.

Referências

  1. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Henrique A. Guilhem". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 2 de abril de 2016 


Precedido por
Protógenes Pereira Guimarães
Ministro da Marinha do Brasil
1935 — 1945
Sucedido por
Jorge Dodsworth Martins