Hipervitaminose A

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Hypervitaminosis A
Hipervitaminose A
Vitamina A ou retinol.
Especialidade endocrinologia
Classificação e recursos externos
CID-10 E67.0
CID-9 278.2
CID-11 1465667896
DiseasesDB 13888
MedlinePlus 000350
eMedicine med/2382
MeSH D006986
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Hipervitaminose A refere-se à ingestão em excesso de vitamina A. A vitamina A faz com que células inchem com fluidos. Muita vitamina A causa rupturas em ambientes com poucos sais minerais. Essa toxicidade pode ser amenizada através de vitamina E (tocoferol), colesterol bom, zinco, taurina e cálcio.[1]

Classificação[editar | editar código-fonte]

Pode ser classificada como:

  • Aguda: Consumo excessivo de vitamina A de uma vez.
  • Crônica: Consumo excessivo ao longo de vários dias ou meses.

Causas[editar | editar código-fonte]

Embora a hipervitaminose A possa ocorrer quando ingerimos grandes quantidades de fígado de animais, óleo de fígado de bacalhau e óleo de outros peixes, comum entre os esquimós, a maioria dos casos de toxicidade de vitamina A resultam de uso excessivo de suplementos vitamínicos. Sintomas de toxicidade também podem surgir após o consumo de quantidades muito grandes de pré-vitamina A ao longo de um período curto de tempo.[2]

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Hipervitaminose A por excesso de consumo de fígado de animais é um problema comum entre os esquimós (inuítes).[3]

Possíveis sintomas em bebês[4]:

  • Amolecimento anormal do osso do crânio;
  • Abaulamento da fontanela;
  • Pouco ganho de peso;
  • Visão dupla.

Possíveis sintomas em crianças e adultos[4]:

  • Visão turva;
  • Dor óssea ou/e inchaço;
  • Confusão mental;
  • Diminuição do apetite;
  • Tontura;
  • Sonolência;
  • Dor de cabeça;
  • Aumento da pressão intracraniana;
  • Irritabilidade;
  • Danos ao fígado;
  • Náusea;
  • Alterações da pele, unha e cabelo;
  • Rachaduras nos cantos da boca;
  • Maior sensibilidade à luz solar;
  • Coceira e descamação da pele;
  • Palidez;
  • Vômitos.

Consumo recomendado[editar | editar código-fonte]

O Instituto de Medicina Americano estabeleceu o quanto de consumo de vitamina A a fim de ajudar a prevenir o risco de toxicidade e falta da vitamina A. Estes níveis de pré-vitamina A em microgramas e em Unidade Internacional s (IU) são[2]:

  • 0-3 anos: 600 µg a 2.000 UI
  • 4-8 anos: 900 µg a 3.000 UI
  • 9-13 anos: 1700 µg a 5.665 UI
  • 14-18 anos: 2800 µg a 9.335 UI
  • 19 + anos: 3.000 µg a 10.000 UI

Quem tem uma possível gravidez, doença hepática, consumo elevado de álcool e fumantes devem monitorar e limitar da administração de suplementos de vitamina A.

Tratamento[editar | editar código-fonte]

Diminuir o consumo de vitamina A, beber muita água e repousar costuma ser suficiente para os sintomas desaparecerem, exceto em pessoas com problemas nos rins ou no fígado, problemas na ingestão de cálcio ou em bebês sem acompanhamento pediátrico.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Pasantes-Morales H, Wright CE, Gaull GE (1984). «Protective effect of taurine, zinc and tocopherol on retinol-induced damage in human lymphoblastoid cells». The Journal of Nutrition. 114 (12): 2256–61. PMID 6502269 
  2. a b Food and Nutrition Board, Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium and Zinc. National Academies Press http://books.nap.edu/books/0309072794/html/82.html
  3. Rodahl, K.; T. Moore (1943-07). "The vitamin A content and toxicity of bear and seal liver". Biochemical Journal 37 (2): 166-168. ISSN 0264-6021. PMC 1257872. PMID 16747610
  4. a b http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0001390/
  5. http://www.umm.edu/ency/article/000350trt.htm