Hippeastrum calyptratum

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Hippeastrum calyptratum
Hippeastrum calyptratum no seu habitat natural perto do Vale de Bonsucesso, Teresópolis, Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Clado: Tracheophyta
Clado: Angiospermae
Clado: Monocots
Ordem: Asparagales
Família: Amaryllidaceae
Subfamília: Amaryllidoideae
Gênero: Hippeastrum
Espécies:
H. calyptratum
Nome binomial
Hippeastrum calyptratum
Distribuição aproximada de Hippeastrum calyptratum no Sudeste de Brasil
Sinónimos[1]
  • Amaryllis calyptrata Ker Gawl.
  • Omphalissa calyptrata (Ker Gawl.) Salisb.
  • Amaryllis calyptrata Hoffmanns.
  • Amaryllis flavovirens Schott ex Steud.
  • Amaryllis fulvovirens Schott
  • Amaryllis unguiculata Mart. ex Schult. & Schult.f.
  • Amaryllis viridorchida Traub
  • Hippeastrum bulbulosum var. unguiculatum (Mart. ex Schult. & Schult.f.) Herb.
  • Trisacarpis falcata Raf.

Hippeastrum calyptratum é uma planta herbácea bulbosa perene florida, da família Amaryllidaceae, nativa do Brasil.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Esta espécie tem um bulbo globoso de aproximadamente 7,5 cm de largura, que é encerrado em bases de folhas persistentes e marrons. Os bulbos carregam 5-6, aproximadamente 45 - 60 cm de comprimento, 5 cm de largura, folhas verdes claras.[2] As flores verdes são produzidas no outono[3] em 2-3 umbelas floridas, que são sustentadas por pedúnculos terete, verdes, com cerca de 60 cm de comprimento e cerca de 1,3 - 1,9 cm de largura.[2] Sementes semi-discoides e achatadas são produzidas em frutos de cápsulas globosas comprimidas.[4]

Esta espécie provavelmente está ameaçada de extinção, no entanto, atualmente não há dados suficientes sobre sua distribuição e, portanto, o status de conservação proposto pela IUCN é Deficiente em Dados (DD).[5]

Ecologia[editar | editar código-fonte]

As flores são polinizadas por espécies de morcegos.[6] Ocorre na Mata Atlântica úmida em altitudes de 1200 m acima do nível do mar crescendo epifiticamente em árvores musgosas ou como litófito em rochas.[3]

Habitat natural de Hippeastrum calyptratum

Citologia[editar | editar código-fonte]

A contagem de cromossomos diplóides desta espécie é 2n = 22.[7]

Fisiologia[editar | editar código-fonte]

Vários alcaloides do tipo crinina foram isolados do tecido dessa espécie.[8] O aroma floral, descrito como rançoso, azedo, fermentado[6] ou semelhante a plástico queimado[3] é composto pelos seguintes compostos: 1,8-cineol, perilleno, cânfora, linalol, limoneno, g-terpineno, b-mirceno, sabineno, a-pineno, d-3-careno e 3-hexanona.[6]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Esta espécie foi descrita pela primeira vez sob o nome Amaryllis calyptrata por John Bellenden Ker Gawler (Ker Gawl.) Em 1817. Mais tarde, foi transferido para o gênero Hippeastrum sob o nome de Hippeastrum calyptratum por William Herbert (Herb.) em 1821.[1]

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O epíteto específico calyptratum é derivado do latim calyptratum que significa "portar uma calyptra" ou do grego kalypto, kalyptra que significa "esconder" ou "véu".[9]

Cultivo[editar | editar código-fonte]

O cultivo é considerado difícil por alguns produtores não familiarizados com as necessidades específicas das epífitas. Em contraste com outros membros do gênero, o substrato deve ser grosseiro, aerado e bem drenado para esta espécie.[3]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c «Hippeastrum calyptratum (Ker Gawl.) Herb.». Plants of the World Online (em inglês). Royal Botanic Gardens, Kew. Consultado em 26 Outubro 2022 
  2. a b Baker, J. G. (1888).
  3. a b c d Hippeastrum calyptratum | Pacific Bulb Society. (n.d.). https://www.pacificbulbsociety.org/pbswiki/index.php/Hippeastrum_calyptratum
  4. Hippeastrum calyptratum (Ker Gawl.
  5. Alves, F. E., & Menini Neto, L. (2014).
  6. a b c Meerow, A. W., Reed, S. T., Dunn, C., & Schnell, E. (2017).
  7. Escales, R. (1950).
  8. de Andrade, J.P., Guo, Y., Font‐Bardia, M., Calvet, T., Dutilh, J., Viladomat, F., Codina, C., Nair, J.J., Zuanazzi, J.Â., & Bastida, J. (2014).
  9. Quattrocchi, U. (1999).

Fontes[editar | editar código-fonte]