História das Antilhas Neerlandesas

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Antilhas Neerlandesas.

As ilhas que até há pouco tempo formavam as Antilhas Neerlandesas[1] foram descobertas pela Espanha, as Ilhas de Barlavento por Cristóvão Colombo em 1493, e as Ilhas de Sotavento por Alonso de Ojeda em 1499. Estas ilhas foram conquistadas pela Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, e usadas como base para o tráfico de escravos.

Evolução administrativa[editar | editar código-fonte]

As ilhas se tornaram neerlandesas após a Espanha ser forçada a cedê-las ao Reino dos Países Baixos. As primeiras cedidas foram as ilhas ABC (Aruba, Bonaire e Curaçau) e, mais tarde, as ilhas SSS (Saba, Santo Eustáquio e São Martinho, sendo esta última apenas a parte sul).

Depois de acumular uma quantidade relativa de colônias, o Reino dos Países Baixos criou as Índias Ocidentais Neerlandesas. Quando Napoleão Bonaparte governou a França, dominou as Índias. Em 1815, as ilhas foram devolvidas ao trono neerlandês, as ilhas voltaram em dois outros governos: As ilhas ABC, na costa da Venezuela, tiveram o nome de Colônia de Curaçau e Dependências, e as ilhas SSS, no norte das Pequenas Antilhas, o nome de Santo Eustáquio e Dependências. Porém, em 1828, ambos os governos foram extintos, tornando-as parte, durante 17 anos, da então Guiana Neerlandesa.

Mas com a ineficiência do governo guiano-neerlandês, os Países Baixos separaram as ilhas da Guiana Neerlandesa em 1845, as ilhas ABC e as ilhas SSS formaram a colônia de Curaçau e Dependências.

No ano de 1863, Curaçau aboliu a escravidão, sendo a maioria da população atual descendente de escravos africanos.[2]

Em 1945, o termo Curaçau e Dependências deixou de ser usado, adotando o termo Antilhas Neerlandesas.[3] Mas mudanças políticas só ocorreram em 1954, quando as ilhas deixaram de ser colônias e passaram a ser um país constitucional do Reino dos Países Baixos, título que foi criado no então momento.[4]

Já em 1986, Aruba se separou das Antilhas Neerlandesas, tornando-se o terceiro país constitucional.[5][6]

Em 2004, um referendo nas cinco ilhas que faziam parte das Antilhas Neerlandesas foi realizado, votava-se: Independência (não venceu em nenhuma ilha), Tornar-se país constitucional (venceu em Curaçau e São Martinho), permanecer nas Antilhas Neerlandesas (não venceu em nenhuma ilha) e tornar-se parte dos Países Baixos (o que aconteceu com Saba, Bonaire e Santo Eustáquio). Mas as mudanças só ocorreram em outubro de 2010.[7][8][9]

Atualmente, as Antilhas Neerlandesas se tornaram três países constitucionais dos Países Baixos: Aruba (em 1986), Curaçau e São Martinho (em 2010). Saba, Santo Eustáquio e Bonaire são municípios especiais dos Países Baixos.[8]

Referências

  1. Overheid.nl – KONINKLIJK BESLUIT van 3 maart 1951, houdende de eilandenregeling Nederlandse Antillen
  2. Oostindie and Klinkers 2001: 12–13
  3. Oostindie and Klinkers 2001: 29–32
  4. Oostindie and Klinkers 2001: 47–56
  5. Site do Consulado Holandês em São Paulo[ligação inativa]. Página acessada em 22 de setembro de 2016
  6. Robbers, Gerhard (2007). Encyclopedia of World Constitutions. 1. New York City: Facts on File, Inc. p. 649. ISBN 0-8160-6078-9 
  7. The Daily Herald St. Maarten (9 de julho de 2007). «Curaçao IC ratifies 2 November accord». Consultado em 22 de setembro de 2016. Cópia arquivada em 11 de julho de 2007 
  8. a b «Antillen opgeheven op 10-10-2010» (em neerlandês). NOS. 1 de outubro de 2009. Consultado em 22 de setembro de 2016 
  9. «NOS Nieuws – Antillen opgeheven op 10-10-2010». Nos.nl. 18 de novembro de 2009. Consultado em 22 de setembro de 2016