Hospital de La Princesa

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Hospital de La Princesa
Hospital de La Princesa
Localização Madrid, Espanha
Fundação 3 de novembro de 1955
Tipo Hospital universitário
Universidade afiliada Universidade Autónoma de Madrid
Rede hospitalar Servicio Madrileño de Salud
Arquiteto Amós Salvador Carreras e Manuel Martínez Chumillas
Urgências Sim
Leitos 524
Site https://www.comunidad.madrid/hospital/laprincesa/
Coordenadas 40° 26′ 02,8″ N, 3° 40′ 33,6″ O
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O Hospital Universitário de La Princesa é um centro hospitalar da cidade de Madrid (Espanha), fundado em 1955 e localizado na rua de Diego de León. Outros centros tinham recebido o mesmo nome antes deste. Trata-se de um dos quatro hospitais docentes da Faculdade de Medicina da Universidade Autónoma de Madrid.

História[editar | editar código-fonte]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

O 20 de dezembro de 1851 nasceu a primeira filha da rainha Isabel II, a infanta Isabel de Borbón, à que, como herdeira do trono, lhe foi concedido o título de princesa de Astúrias. Pouco depois, o 2 de fevereiro de 1852, a rainha sofreu um atentado a mãos do cura Merino. Dias depois, o 11 de fevereiro, a rainha solicitou ao presidente do Governo, Juan Bravo Murillo, a construção de um hospital ao qual se lhe desse o nome de "Princesa" em honra a sua filha e como acção de graças por ter saído ambas ilesas do atentado.[1]

Desta maneira, o 16 de outubro de 1852 pôs-se a primeira pedra do futuro hospital, situado na actual rua de Alberto Aguilera (então denominada Passeio de Areneros até 1903). Inaugurou-se quatro anos e meio mais tarde, o 24 de abril de 1857.

Durante a Primeira República Espanhola (1873-1874), o hospital denominou-se “Hospital Nacional” e na Guerra Civil, devido a sua proximidade à linha da frente da Cidade Universitária, foi transladado ao Colégio del Pilar, no bairro de Salamanca, com o nome de Hospital Nacional de Cirurgia.[2][3]

Inauguração do hospital antigo, em 1857. Gravura publicada no Museo Universal

O Hospital novo[editar | editar código-fonte]

Em 1944 já tinham-se iniciado as obras do novo hospital. O edifício, baseado num projecto de Amós Salvador Carreiras que não pôde se executar devido ao estalido da Guerra Civil Espanhola, foi construído sob a direcção de Manuel Martínez Chumillas.[2]

O 3 de novembro de 1955 inaugurou-se oficialmente. O hospital passou a denominar-se Grande Hospital da Beneficencia Geral do Estado, albergando a pacientes procedentes das antigas instalações.[4]

Depois do final do franquismo, o centro, que tinha dependido da Direcção Geral de Beneficencia, passou a ser gerido pela Segurança Social.

Por causa da deterioração do hospital, que arrastava deficiências nas suas instalações desde a década dos 60 do século XX, foi necessário realizar profundas reformas entre 1978 e 1984, a partir de um projecto de remodelagem dos arquitectos Alfonso Casares Ávila e Reynaldo Ruiz Yébenes.[2]

O 15 de outubro de 1984 inauguravam-se as novas instalações, com a presença da rainha Sofía e do então ministro da Saúde Ernest Lluch. Nesse mesmo ano, o local recuperava seu antigo nome.[5]

O hospital vinculou-se com a Universidade Autónoma de Madrid, adquirindo a categoria de hospital Universitário.[2][6]

A gestão e financiamento correu a cargo do Instituto Nacional da Saúde até 1 de janeiro de 2002, data em que a Comunidade de Madrid assumiu as transferências sanitárias, anteriormente a cargo do INSALUD.

Em 2012, o então presidente da Comunidade de Madrid, Ignacio González, numa estratégia de privatização da saúde pública, anunciou o projecto de transformar o hospital num centro “de alta especialização” nas patologias dos idosos maiores de 75 anos, o que provocou uma ampla rejeição por parte do pessoal sanitário e dos utentes que obrigou a que se desestimase a proposta, se respeitando o carácter geral do centro a mudança de um recorte em seus fundos.[7][8]

Como chegar[editar | editar código-fonte]

Ao hospital pode-se aceder tanto em autocarro como em metro. Diversas linhas de autocarro têm para nos arredores do centro. Estas linhas são:

Diurnas: 12, 26, 56, 61, 72, 73, 210, C1 e C2.

Nocturnas: N3

Metro[editar | editar código-fonte]

Pode-se chegar mediante as linhas 4, 5 e 6 do Metro de Madrid

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Decreto ordenando la edificación del hospital.
  2. a b c d Rivera, Josefa (novembro de 2006). «Hospital Universitario de La Princesa 1851-2006» (PDF). Madrid: Hospital Universitario de La Princesa: pp. 11–102. Consultado em 7 de maio de 2021 
  3. EFE, Salud (8 de novembro de 2019). «La Princesa, una historia de éxito a la vanguardia de la Salud». Madrid. Consultado em 7 de maio de 2021 
  4. Fundación COAM, Revista Nacional de Arquitectura (novembro de 1956). «Hospital de la Beneficiencia en Madrid» (PDF). (RNA) (nº 179): pp.3-10. Consultado em 7 de maio de 2021 
  5. «El hospital de la Princesa recupera su nombre original». PRISA. 14 de outubro de 1984. Consultado em 7 de maio de 2021 
  6. Fernández Rañada, José María (30 de setembro de 1984). «El nuevo hospital de la Princesa». El País. PRISA. Consultado em 7 de maio de 2021. A nuestro entender, las reformas, obra del arquitecto don Alfonso Casares, son un gran acierto, al que han contribuido en importante medida las condiciones básicas del edificio (estructura, plan general, amplitud de espacios), proyectado en su origen por el gran arquitecto Amós Salvador. Se ha logrado así un hospital muy moderno y adecuado a las funciones que tiene que desempeñar, con una inversión de recursos económicos muy inferior a la que hubiese requerido la creación de un centro totalmente nuevo, a pesar de que la dotación en medios técnicos e instrumentales nuevos ha sido muy amplia. 
  7. G. Sevillano, Elena (5 de novembro de 2012). «La Princesa pelea su futuro». El País. PRISA. Consultado em 7 de maio de 2021 
  8. Rejón, Raúl (31 de outubro de 2013). «La victoria pírrica del Hospital de La Princesa». elDiario.es. Consultado em 7 de maio de 2021 

Notas[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]