Hybodus leptodus

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaHybodus acutus
Ocorrência: 160–145 Ma

Jurassico Superior

'Hybodus leptodus (holótipo)'
'Hybodus leptodus (holótipo)'
Estado de conservação
Extinta
Extinta
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Elasmobranchii
Superordem: Selachimorpha
Ordem: Hybodontiformes
Superfamília: Hybodontoidea
Família: Hybodontidae
Gênero: Hybodus
Agassiz, 1837
Espécie: leptodus[nota 1]
Nome binomial
Hybodus leptodus
Agassiz, 1837[nota 2]

A espécie Hybodus leptodus [nota 1]foi originalmente erigida por Louis Agassiz a partir de um único fragmento de espinho dorsal depositado no Museu de Bristol.

Caracterização e diagnose[editar | editar código-fonte]

Reprodução da gravura original do holótipo publicada em 1837[nota 2] incluindo o texto com a sua diagnose.

Louis Agassiz ao baptizar esta espécie considerou a sua proveniência como desconhecida, este espinho de fisionomia muito pouco arqueada, mas bastante espessa em que as arestas longitudinais são bastante salientes, quase cortantes e sobretudo bem maiores que os sulcos intermediários. Os dentículos do bordo posterior são pouco espessos e bastante distantes, na verdade mais distantes uns dos outros que os sulcos longitudinais, sendo esta uma das suas características principais.[2]

Datação e localização do holótipo[editar | editar código-fonte]

Existem incongruências na literatura quanto à datação deste espécime desde o seu baptismo[2], pois pese embora L.Agassiz afirmar desconhecer a sua proveniência , o autor considerou o espécime proveniente do Jurássico senso lato (pág.2), na mesma obra, chegando mesmo um pouco mais à frente do estudo a avançar a hipótese da proveniência ser das Argilas de Oxford (pág. 70 acompanhado de um ponto de interrogação) algo que de facto não entra em contradição na descrição textual das gravuras ao situar a sua proveniência nas argilas do Jurássico Superior de Kimmeridge, na colina de Shotover, perto de Oxford, desta vez sem expressar qualquer interrogação (Pág.16).


Mais tarde tudo se complica um pouco mais, pois no importante catálogo de peixes de Sir Arthur Smith Woodward [3], que tenta reunir todos espécimes fósseis conhecidos à época, a citação desta espécie segue a afirmação do texto de original de baptismo reafirmando a proveniência como desconhecida[pág.506], no entanto e já numa publicação posterior no ano seguinte[4], o mesmo autor volta a citar a possível origem na localização de Shotover (pag101). Por fim e com o subtítulo de "Adendas e Correcções" publicados no final desta mesma obra, existe uma afirmação de Mr. Edward Wilson que considera este espinho como possivelmente proveniente do período Triásico e de idade Retiana (Pág.305), sendo esta a ultima referência a esta espécie na literatura científica.

Status[editar | editar código-fonte]

A esta data e apesar da descrição estar unicamente apoiada num único e fragmentado espécime, e não sendo citada na literatura mais actual, esta espécie não foi especificamente ainda considerada inválida, aguardando-se uma profunda revisão de todo o género Hybodus o qual neste momento engloba inúmeras espécies nestas mesmas condições.[5]

Notas

  1. a b Do grego leptón, “fino”
  2. a b Na verdade o ano de baptismo desta espécie, tal como em outras na obra “Poissons Fossiles” de Louis Agassiz, não é claro, pois em Julho de 1936 foi publicada a prancha n.º 10 já com a ilustração da espécie assim como a sua citação no folheto provisório nº93 do mesmo ano, estes folhetos eram precários e seriam destruídos posteriormente aquando a publicação definitiva dos cadernos, o que aconteceu neste caso em Setembro 1937, ano em que a espécie é formalmente descrita.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Jeannet, Alph (1928). «Les poissons fossiles originaux conservés à l'institut de géologie de l'université de Neuchâtel». Bulletin de la Société Neuchâteloise des Sciences Naturelles. Band.52,p.102-124. 
  2. a b Agassiz,L. (1837–1844). «Recherches Sur Les Poissons Fossiles». 5 vols. Imprimerie de Petitpierre, Neuchâtel, 1420 pp. in T. III,(livr. 8-9),p.45, vol.3, tab.10, fig. 2-3 
  3. Woodward, Arthur Smith (1889). «Catalogue of the fossil fishes in the British Museum (Natural History, Part I containing the Elasmobranchii». Cromwell Road, S.W. 
  4. Woodward, Arthur Smith and Sherborn, Charles Davies (1890). «British Fossil Vertebrata». London: Dulau & CO., Soho Square, W. 
  5. Léa Leuzinger, Gilles Cuny, Evgeny Popov, Jean-Paul Billon-Bruyat (agosto de 2017). «A new chondrichthyan fauna from the Late Jurassic of the Swiss Jura (Kimmeridgian) dominated by hybodonts, chimaeroids and guitarfishes». Papers in Palaeontology. 3 (4): 471-511. doi:10.1002/spp2.1085