Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo

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Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo
Vista frontal
Estilo dominante Barroco tardio
Início da construção 1718
Fim da construção 1743
Religião católica
Diocese Diocese de Parnaíba
Website www.diocesedeparnaiba.org.br/paroquia-nossa-senhora-do-carmo-piracuruca/
Geografia
País  Brasil
Cidade Piracuruca
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo
Património nacional
Classificação IPHAN / Tombo Histórico: Inscr. nº 142
Tombo Belas Artes: Inscr. nº 288
Data 15 de agosto de 1940
Geografia
País Brasil
Localidade Piracuruca

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo é um templo católico localizado na cidade de Piracuruca, município do estado do Piauí, no Brasil.[1] A igreja pertence a Diocese de Parnaíba.[2]

Construção da primeira metade do século XVIII, é um prédio histórico e foi considerado "Monumento Nacional" em 1937.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Construída entre 1718 e 1743 por iniciativa dos irmãos portugueses Dantas Correia (Manuel Dantas Correia e José Dantas Correia) como pagamento de promessa por não morrerem nas mãos dos índios Tocarijus (índios antropófagos).[1]

No início do século XX, a igreja estava abandonada, sem o forro da capela e parte do altar-mor caído. Em 1922, iniciou-se uma reforma geral e em 1935, ganhou um novo e amplo altar em mármore. Em 1937, o então presidente da republica, Getúlio Vargas, proclamou a igreja como "Monumento Nacional Brasileiro" através da antiga "Inspetoria de Monumentos Nacionais".[1][3]

Em 15 de agosto de 1940, o templo foi tombado pelo então órgão do "Patrimônio Histórico Nacional" (SPHAN) pelo seu valor artístico e histórico.[4] O tombamento incluiu todo o seu acervo (pinturas, esculturas e obras de talha, entre outras).[1]

Aspectos históricos envolvendo o templo[editar | editar código-fonte]

Foi nas dependências da igreja que em 18 de agosto de 1762, o governador da capitânia, João Pereira Caldas, assinou o decreto de instalação da vila de São João da Parnaíba.[5]

No dia 22 de janeiro de 1823, o espaço logo a frente da igreja Nossa Senhora do Carmo, foi palco da leitura do documento proclamando a independência do Piauí. O leitor foi o comandante revolucionário Leonardo de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco, que comandava um contingente de 600 homens que venceram a resistência portuguesa que guarnecia a cidade de Piracuruca.[5]

Na Balaiada, as dependências da igreja foram usadas para refúgio da comunidade, quando nos arredores da cidade ocorreram batalhas entre revoltosos e forças imperiais.[5]

Estilo e características[editar | editar código-fonte]

Construída em estilo barroco tardio, toda sua estrutura conta com blocos de pedra lavrada e numeradas, importadas de Portugal. O templo constitui de nave única, com duas torres e duas capelas laterais. Sua nave possui forro abobadado em madeira, com piso em mosaico. A capela-mor tem forro abobadado e pintado, com o retábulo do altar entalhado.[1]

Em reforma do telhado em 1801, foram removidas as linhas das tesouras, que eram de madeiras, e substituídas por tirantes de ferro, muito inferior aos originais.[1]

Referências

  1. a b c d e f g «Piracuruca – Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo». i-Patrimônio - Patrimônio Cultural Brasileiro. Consultado em 12 de julho de 2021 
  2. «Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Piracuruca». Diocese Parnaíba. Consultado em 12 de julho de 2021 
  3. «Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo (Piracuruca, PI)». Portal IPHAN. Consultado em 12 de julho de 2021 
  4. «Lista de patrimônios tombados pelo IPHAN no Piauí». CAU-PI. Consultado em 12 de julho de 2021 
  5. a b c «Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo, testemunha da história». Portal Piracuruca. Consultado em 12 de julho de 2021