Ilha dos Tigres
| Ilha dos Tigres | |
|---|---|
  Ilha dos Tigres |
|
| Coordenadas: | |
| Geografia física | |
| País |  Angola
|
| Ponto culminante | 30 m |
| Área | 98 km² |
| Geografia humana | |
| População | 0 |
| Densidade | 0 hab./km² |
 Ruínas na ilha | |
A ilha dos Tigres é a maior ilha do litoral de Angola e está situada no município do Tômbua, província de Namibe. Compreende uma área de 98 km² e do seu lado leste situa-se o estreito dos Tigres (anteriormente uma baía).
Anteriormente abrigou uma comuna-vila próspera, chamada São Martinho dos Tigres, que atualmente existe somente para efeitos administrativos, sendo uma cidade fantasma.
História[editar | editar código-fonte]
A região foi descoberta em 1486 pelo navegador português Diogo Cão e visitada por vários exploradores europeus durante os séculos seguintes, entre os quais neerlandeses.[1]
Etimologicamente, a denominação do local se deve ao fato de, à distância (pela ótica dos navegadores), a sucessão de dunas de um castanho-baço remontarem à pele raiada de um tigre.[1] Em mapas neerlandeses do século XVII a ilha recebeu o nome de Tijgers Eylandt.[1]
O oceano rompeu o istmo da península em 14 de março de 1962 e a linha de água foi cortada. Tigres se tornou uma ilha da noite para o dia sem abastecimento de água. Mais tarde, a povoação insular de São Martinho dos Tigres e a vila da Foz do Cunene, onde ficava a estação de bombeamento de água doce do rio Cunene, foram abandonados e tornaram-se localidades fantasmas, sendo lentamente recuperadas pelo deserto.[2]
Características[editar | editar código-fonte]
.JPG)
Deserta e com vegetação esporádica, a ilha situa-se na parte mais setentrional do deserto do Namibe e se constitui de uma sucessão de altas dunas que se elevam abruptamente do mar e por todo seu interior.[3] Apesar da falta de chuva, alguma umidade é comum em virtude da corrente de Benguela, que provoca intenso nevoeiro durante o ano, o que dá margem à existência de alguma vegetação.[3]
A ilha dos Tigres é habitat de várias espécies de aves migratórias, entre elas o ostreiro-negro-africano e o pelicano-branco.[4]
Referências
- ↑ a b c K. Ratelband; C. Pacheco (2003). Os holandeses no Brasil e na Costa Africana: Angola, Kongo e S. Tomé (1600-1650). [S.l.]: Vega. 416 páginas. ISBN 9789726996996
- ↑ Julio, Bernardo (2014). Locais de Angola. Namibe: Porto Editora. p. 8
- ↑ a b Africa Pilot: Comprising the west coast of Africa from Bakasi Peninsula to Cape Agulhas, islands in the Bight of Biafra, Ascension Island, Saint Helena Island, Tristan da Cunha Group, and Gough Island. Volume II. [S.l.]: Hydrographer of the Navy. 1977. 250 páginas
- ↑ British Ornithologists' Club (2002). Bulletin of the British Ornithologists' Club. [S.l.: s.n.]
