Infantaria moderna

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O famoso “Brown Bess”, britânico

A infantaria durante a Era Moderna passou por importantíssimas transformações, devido, principalmente, à adoção e vulgarização das armas de fogo. Assim, antes de abordarmos seu emprego tático, míster se faz examinar a evolução do armamento:

O Armamento[editar | editar código-fonte]

No século XVI, uma companhia de infantaria francesa era composta de piqueiros e arcabuzeiros, em proporções variadas. O arcabuz, arma de fogo, era menos preciso, menos eficiente e de carregamento mais demorado do que o arco e a besta. Entretanto, ainda que pareça estranho, era muito mais fácil treinar um arcabuzeiro, do que um arqueiro. O mosquete, que aparece por volta de 1521, revela-se mais preciso do que o arcabuz. Porém é mais pesado, a exigir o uso de uma forquilha, para apoio durante o tiro. Exigia, inicialmente, uma mecha ("morrão") para o disparo. No início do século XVII aparece um sistema de disparo a "rodete", mais eficiente. Porém, caro e frágil, não pôde ser adotado pela infantaria. Em seguida, em 1620, aparece na Itália o sistema a sílex, barato e eficaz (o termo italiano "focile" dando origem à palavra fuzil). A França será um dos últimos países europeus a abandonar o mosquete de mecha, considerado mais simples para a produção em massa. Serão os soldados os responsáveis pela sua adesão, insatisfeitos em combater com inferioridade de fogo. Assim, as autoridades francesas toleram a introdução do fuzil a partir de 1670. A invenção de uma nova baioneta (a baioneta de alvado) em 1687 (que permite o tiro, pois não obstrui o cano), coincide com o desaparecimento do mosquete à mecha em 1699. O surgimento do cartucho de papel seria também fundamental para o aumento da cadência de tiro, o que levará ao desaparecimento do pique, no início do século XVIII. Com seu calibre de 17,5 mm, o fuzil com baioneta marcará a tática de infantaria pelos próximos 140 anos, até o surgimento do estriamento, do carregamento pela culatra e do cartucho metálico.