Inna Sissoko Cissé

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Moussoumakan "Inna" Sissoko Cissé, (nascida Sissoko, 11 de dezembro de 1933 em Macina, Mali), é uma estadista, enfermeira e assistente social do Mali que actuou como Secretária de Estado para Assuntos Sociais (secretétaire d 'Etat aux Affaires sociales) de 1968 a 1972. Ela foi a primeira mulher a ser membro do governo do Mali.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Inna Sissoko nasceu numa família de professores; ela foi para a escola em Ségou e Bamako. Em 1953, ela começou a trabalhar como professora assistente. Mais tarde, estudou enfermagem de 1957 a 1959 em Dakar. Em 1959 mudou-se para Paris e trabalhou como assistente social até 1962, depois tornou-se professora de serviço social. Ela frequentou a Universidade de Paris e formou-se em 1967 em ciências sociais.[3]

Embora Sissoko não pertencesse ao partido do governo, União Sudanesa - Comício Democrático Africano,[4] ela foi escolhida como Secretária de Estado para Assuntos Sociais após o golpe de Estado de 1968 no Mali, tornando-se na primeira mulher no governo do Mali.[1] Ela ocupou o cargo até 1972, quando a gestão dos assuntos sociais foi assumida pelo Ministério da Saúde.[5] A partir de 1985, ela trabalhou como assessora do Ministério do Trabalho e da Função Pública (ministère du Travail et de la Fonction publique).[3]

Em 1971, ela lançou a primeira campanha do Mali para educação sexual e planeamento familiar. Como resultado, o governo militar de Moussa Traoré acabou com a proibição da contracepção da era colonial; Mali foi o primeiro país francófono de África a tomar essa medida. Sissoko era uma defensora de organizações femininas e apoiou a fundação da Associação Nacional de Mulheres do Mali (l'Association nationale des femmes du Mali) em 1974.[5]

Inna Sissoko é muçulmana. Anteriormente, ela foi casada e está divorciada do professor Django Cissé. Ela tem filhos adoptivos. Sissoko teve também a honra de ser a primeira mulher nomeada Grande Oficial da Ordem Nacional do Mali.[6]

Referências

  1. a b Aujourd'hui-Mali (29 de julho de 2017). «maliweb.net - En 57 ans d'indépendance: Le Mali a connu 57 femmes ministres». maliweb.net (em francês). Consultado em 11 de fevereiro de 2021. Cópia arquivada em 7 de outubro de 2020 
  2. International Development Research Centre. (January 1973). Country Profile: Mali. Savage, G., Ottawa.
  3. a b Ba, Adam Konaré (1993). Dictionnaire des femmes célèbres du Mali: des temps mythico-légendaires au 26 mars 1991 (em French). [S.l.]: Editions Jamana. pp. 380–381. OCLC 31337475 
  4. Smirnova, Tatiana; Rillon, Ophélie (1 de julho de 2017). «Quand des Maliennes regardaient vers l'URSS (1961-1991) Enjeux d'une coopération éducative au féminin». Cahiers d'études africaines (em French): 331–354. ISSN 0008-0055. doi:10.4000/etudesafricaines.20697Acessível livremente 
  5. a b Collective mobilisations in Africa = Mobilisations collectives en Afrique: Enough is enough! = Ça suffit!. Leiden: Brill. 2015. ISBN 978-90-04-30000-2. OCLC 910816262 
  6. «De Fankélé Diarra à Manassa Danioko: Ces femmes dans les instances de décisions». Le Combat - Actualités Mali (em francês). 21 de julho de 2016. Consultado em 11 de fevereiro de 2021. Cópia arquivada em 14 de janeiro de 2021