Irmandade Odinista do Sagrado Fogo

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Irmandade Odinista do Sagrado Fogo
(I.O.S.F)
Tipo Odinismo
Fundação 1997
Sede México, Brasil
Sumo Sacerdote Hoen Falker
Fundador(a) Hoen Falker
Organização Hoen Falker
Waldrich Draka
Gudja Vania
Sítio oficial irmandadeodinista.com
odinismo.com.br
hermandadodinistadelsagradofuego.com

A Irmandade Odinista do Sagrado Fogo é uma organização religiosa Heathen latino americana da religião odinista de vertente tribalista voltada para reavivamento da cultura visigoda.

Foi fundada no dia 21 de dezembro de 1997 e seus primeiros focos foram o Brasil e México.[1]

A teologia da IOSF é baseada nas ideias tribais de Else Christensen e no tribalismo heathen do Hoen Falker.

A IOSF é possivelmente a primeira organização heathen do Brasil e a pioneira no mundo a trabalhar com o reavivamento gótico heathen.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Segundo o próprio site da IOSF:

O tempo se passou desde o dia 21 de dezembro em 1997. Quando um grupo de pessoas formaram a base dessa irmandade. Cujo objetivo era estudar a tradição de nossos antepassados e nossa fé incluídos dentro da nossa espiritualidade conhecido como heathenry, haithno ou Odinismo. Aprendendo e evoluindo a partir de diferentes correntes dominantes da época na espiritualidade que bebem de fontes como o Odinismo, exemplos claros de organizações que tornaram-se esforços para propagar a fé de nossos deuses e deusas, o objetivo de moldar irmandade é para criar grupos de indivíduos unidos por juramentos de sangue seguindo um código de nove virtudes nobres que praticam a religião de nossos antepassados.[1]

Segundo o Cientista da religião Dannyel Teles de Castro, que estudou a IOSF através de um de seus clãs, a Irmandade Odinista do Sagrado Fogo é uma organização Odinista Tribal que busca uma conexão com a ancestralidade dos povos ibéricos, principalmente com os Visigodos.[3]

Teologia[editar | editar código-fonte]

A Irmandade Odinista do Sagrado Fogo (IOSF) é uma organização religiosa que segue o Odinismo, uma forma moderna de paganismo germânico baseada na adoração dos deuses nórdicos. A teologia da IOSF é influenciada pelo Odinismo de Else Christensen, mas adaptada para o contexto visigodo.

O Odinismo de Else Christensen é uma forma de paganismo germânico que se concentra na adoração de Odin, o deus supremo da mitologia nórdica, e nos demais deuses do panteão Aesir. O Odinismo de Christensen é inspirado nas ideias de Alexander Rud Mills, um pioneiro do Odinismo na Austrália, que defendia uma visão racialista, nacionalista e anti-cristã da religião nórdica. Christensen também incorporou elementos do anarco-sindicalismo em sua visão política, propondo a criação de uma sociedade tribal socialista composta por comunidades autônomas. Christensen foi uma das principais difusoras do Odinismo no mundo, especialmente nos Estados Unidos e no Canadá, onde fundou a The Odinist Fellowship e publicou o boletim The Odinist. [4] [5]

A IOSF combina elementos do Odinismo de Christensen, mas adapta-os para o contexto visigodo, um povo germânico que se estabeleceu na Península Ibérica e no sul da França entre os séculos V e VIII. A IOSF busca resgatar e reviver a cultura e a religião dos visigodos, que foram assimilados e convertidos ao cristianismo pelos reinos católicos. A IOSF se considera uma irmandade tribal, composta por clãs que seguem um código de nove virtudes nobres e que praticam a religião de seus antepassados. A IOSF homenageia os cinco panteões da mitologia nórdica: os Aesir, os Vanir, os Alfar, os Jötnar e os Thursar, incluindo o deus Loki, que é visto como um agente de mudança e renovação. Também reconhece a existência de outras divindades e espíritos da natureza, como os landvættir, os nornir e os vættir. A IOSF realiza rituais chamados blóts, que consistem em oferendas de alimentos, bebidas e objetos aos deuses, aos ancestrais e aos espíritos, e que são acompanhados de cânticos, danças e invocações.

A IOSF também pratica a magia rúnica, o seiðr, o galdr e o utiseta, que são formas de manipular as forças ocultas da natureza e do destino. A IOSF utiliza como fontes de sua teologia e prática as sagas, as eddas, as runas, a arqueologia, a história e a intuição pessoal. [6] [7] [8]

Tribalismo Visigodo[editar | editar código-fonte]

O tribalismo visigodo (Visigoth Thiudisk) é uma expressão contemporânea de uma tradição antiga que remonta aos visigodos, um povo germânico que desempenhou um papel crucial na formação da identidade ibérica. Nascido em 1997 através da Irmandade Odinista do Sagrado Fogo, uma irmandade que estabeleceu laços entre o Brasil e o México.

Origens e Evolução[editar | editar código-fonte]

O movimento teve seu início há mais de duas décadas, quando o clã Falker foi estabelecido no México. Ao longo do tempo, a Irmandade expandiu-se, dando origem a três clãs no Brasil e estendendo-se para outros países nas Américas. Inspirado pelos visigodos, esse projeto evoluiu para uma organização tribal.

Thiudisk: A Essência do Tribalismo[editar | editar código-fonte]

O Gótico Thiudisk, equivalente ao tribalismo em português, representa a forma moderna do tribalismo visigodo. Em sintonia com suas raízes, o movimento rejeita o ecletismo e o universalismo, optando por se concentrar na autenticidade da fé visigoda. Diferentemente de outras correntes que mesclam tradições, o Thiudisk busca reviver a religião, os usos e costumes dos visigodos.

Crenças e Práticas Religiosas[editar | editar código-fonte]

A base religiosa da IOSF envolvia festivais chamados Dulths, nos quais realizavam sacrifícios, conhecidos como Bloths. Cada comunidade tinha um líder religioso, o Gudja, responsável por conduzir as festividades e lidar com questões cívicas. A língua goda, as runas godas e a adoração aos deuses como Vodans e Thurns são mantidas para manter a conexão com os antigos visigodos.

Deidades e História[editar | editar código-fonte]

A adoração dos deuses entre os visigodos é envolta em mistério, mas indícios sugerem um culto a deidades como Tiwaz, Fairguneis, Gaut, e possivelmente Ingwaz. A história dos godos, marcada por migrações e interações culturais, destaca sua habilidade de adotar povos inteiros, transformando-se em uma confederação germânica.

Vida Contemporânea e Futuro[editar | editar código-fonte]

O Thiudisk moderno, representado pela Irmandade Odinista do Sagrado Fogo, se organiza como uma tribo dividida em clãs, buscando preservar e transmitir a fé visigoda às futuras gerações. Conscientes de que a cultura evolui, acreditam que a autenticidade é essencial para permitir que a fé se desenvolva organicamente ao longo do tempo, projetando seu impacto até a terceira geração.

O tribalismo visigodo é uma tentativa de reconectar-se com as raízes culturais e religiosas dos visigodos, adaptando-as para a contemporaneidade e garantindo sua transmissão às gerações vindouras.

Referências

  1. a b «A Ideologia da Irmandade Odinista do Sagrado fogo». odinismo.com.br. Consultado em 9 de outubro de 2017 
  2. Bezerra, Karina de Oliveira (2019). Paganismo Contemporâneo no Brasil: da Magia a Realidade. Recife: Tese de doutoramento. p. 281 
  3. Teles de Castro, Dannyel. «Espiritualidades Holísticas na Metrópole da Amazônia: presença e expansão de Religiões de Nova Era em Belém, Pará*». Universidade Metodista. Estudos de Religião, v. 28: 115. Consultado em 12 de fevereiro de 2021  line feed character character in |titulo= at position 31 (ajuda)
  4. [Else Christensen - Wikipedia](https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_%28comunica%C3%A7%C3%A3o%29)
  5. [Else Christensen - Comunidad Odinista de España-Ásatrú](http://www.google.com)
  6. [Irmandade Odinista do Sagrado Fogo – I.O.S.F](https://www.dokuwiki.org/pt-br:wiki:syntax)
  7. [Irmandade Odinista do Sagrado Fogo – Wikipédia, a enciclopédia livre]
  8. [O que é Odinismo? – Irmandade Odinista do Sagrado Fogo](https://bing.com/search?q=)


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