Jô Vasconcellos

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Jô Vasconcellos
Jô Vasconcellos
Nome completo Maria Josefina de Vasconcellos
Nascimento 8 de janeiro de 1947 (77 anos)
Belo Horizonte
Nacionalidade Brasileira
Alma mater Universidade Federal de Minas Gerais
Ocupação arquiteta, paisagista

Maria Josefina de Vasconcellos, mais conhecida como Jô Vasconcellos (Belo Horizonte, 8 de janeiro de 1947) é uma arquiteta, urbanista e paisagista brasileira.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Jô Vasconcellos nasceu em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais no ano de 1947.[3][4] Formou-se no curso de Arquitetura na Escola de Arquitetura, instituição vinculada a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no ano de 1971.[5] Possui parentesco com o arquiteto e professor da instituição, Sylvio de Vasconcellos.[5]

Posterior à graduação, realizou especialização na área de paisagismo no ano de 1973 e em restauração e conservação de monumentos e conjuntos históricos.[5] Integrou o grupo conhecido como '3 arquitetos', juntamente com Sylvio de Podestá e Éolo Maia.[6][7] Ganhando reconhecimento na cidade de Belo Horizonte, os três fundam um escritório de arquitetura e no fim da década de 1970 e início da década de 1980, publicam três livros chamados '3 arquitetos' que discutem a arquitetura belo-horizontina e as visões do grupo em relação à arquitetura brasileira.[7]

O grupo possuí uma nítida inspiração pela pós-modernidade internacional, o que fez com o livro tivesse uma boa repercussão internacional.[5] Dada esta aproximação, o historiador Hugo Segawa chamou o grupo de "pós-mineiridade".[8][9]

No ano de 2002, após o falecimento de Éolo Maia, inaugurou o escritório Jô Vasconcellos & Arquitetos Associados.[10] Foi responsável pelos projetos do Museu da Cachaça, localizado em Salinas, no interior de Minas Gerais e do Espaço do Conhecimento vinculado a UFMG.[11][12][13] No ano de 2005, foi curadora da exposição "Éolo Maia: O Vento sobre a Cidade" que foi exposta em Belo Horizonte e São Paulo.[14][15][16] Em 2015 inaugurou a Estação da Cultura Presidente Itamar Franco, projeto elaborado junto com Rafael Yanni (com a participação de José Augusto Nepomuceno para o projeto acústico da Sala Minas Gerais).[17]

Em 2019, participou de um TEDXTalks realizado na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).[2]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Além de trabalhar em parceria com Éolo Maia, Jô viveu uma vida afetiva com Maia desde 1981 até 2002, com a morte de Maia.[18] Jô é responsável por manter a memória e obra do marido viva, realizando uma série de exposições.[19][20]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Arquitetas Mineiras – Jô Vasconcelos». Pensar a cidade. 16 de junho de 2017. Consultado em 20 de abril de 2021 
  2. a b Arquitetura e comunidade | Jô Vasconcellos | TEDxPUCMinas, consultado em 20 de abril de 2021 
  3. «Bate-papo com Jô Vasconcelos e Bruno Santa Cecília, arquitetos falaram sobre Éolo Maia - Arquivo - Bate-papo com convidados». Bate-papo UOL. UOL. 30 de junho de 2006. Consultado em 20 de abril de 2021 
  4. «Belo Horizonte». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 20 de abril de 2021 
  5. a b c d «Eolo Maia, Maria Josefina de Vasconcellos e Sylvio E. de Podestá publicam "3 Arquitetos"». Universidade Federal da Bahia. Consultado em 20 de abril de 2021 
  6. «Éolo Maia». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 20 de abril de 2021 
  7. a b Podestá, Sylvio de (3 de julho de 2008). «3 Arquitetos». Sylvio E. de Podestá | Arquitetura. Consultado em 20 de abril de 2021 
  8. «Hugo Massaki Segawa». Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Consultado em 20 de abril de 2021 
  9. SEGAWA, Hugo (1999). Arquiteturas no Brasil: 1900-1990. São Paulo: Edusp 
  10. «Clássicos da Arquitetura: Capela de Santana do Pé do Morro / Éolo Maia e Jô Vasconcellos». ArchDaily Brasil. 30 de abril de 2014. Consultado em 20 de abril de 2021 
  11. «Jô Vasconcellos: Museu da Cachaça». Revista PROJETO. 2 de abril de 2013. Consultado em 20 de abril de 2021 
  12. «Um espaço para o conhecimento / Jô Vasconcellos». ArchDaily Brasil. 14 de outubro de 2014. Consultado em 20 de abril de 2021 
  13. «Espaço do Conhecimento UFMG». UFMG. Consultado em 20 de abril de 2021 
  14. «Éolo Maia: o vento sobre a cidade - Museu da Casa Brasileira». Museu da Casa Brasileira. 19 de maio de 2014. Consultado em 20 de abril de 2021 
  15. «Obra e vida de Éolo Maia são temas de exposição e livro da Editora UFMG - Notícias da UFMG». UFMG. 20 de junho de 2006. Consultado em 20 de abril de 2021 
  16. «Cultura: Éolo Maia é tema de mostra no Museu da Casa Brasileira». Governo do Estado de São Paulo. 14 de junho de 2006. Consultado em 20 de abril de 2021 
  17. «Estação da Cultura Presidente Itamar Franco / Jô Vasconcellos + Rafael Yanni + José Augusto Nepomuceno». ArchDaily Brasil. 28 de março de 2021. Consultado em 2 de fevereiro de 2022 
  18. «ARCOweb - Adilson Melendez - Éolo Maia, entre o barroco e o pós-moderno». ARCOWeb. Archive. 26 de fevereiro de 2008. Consultado em 20 de abril de 2021 
  19. Cecília, Bruno (28 de setembro de 2004). «Complexidade e contradição na arquitetura brasileira: a obra de Éolo Maia» (PDF). Universidade Federal de Minas Gerais. Consultado em 20 de abril de 2021 
  20. Barchi Domingues, Leila; Oliveira Ganzela, Juliana; Aparecida da Costa Teixeira Ferreira, Korina (1 de dezembro de 2018). «ÉOLO MAIA E A ARQUITETURA PÓS-MODERNA MINEIRA». COLLOQUIUM HUMANARUM (Especial 2): 282–287. ISSN 1809-8207. doi:10.5747/ch.2018.v15.nesp2.001110. Consultado em 20 de abril de 2021