Jackson de Figueiredo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jackson de Figueiredo
Jackson de Figueiredo
Nascimento 9 de outubro de 1891
Aracaju
Morte 4 de novembro de 1928 (37 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Cidadania Brasil
Ocupação Advogado, professor, jornalista, crítico, ensaista, filósofo e polí­tico
Religião Católico

Jackson de Figueiredo Martins (Aracaju, 9 de outubro de 1891Rio de Janeiro, 4 de no­vembro de 1928) foi um advogado brasileiro, que atuou intensamente como professor, jornalista, crítico, ensaísta, filósofo e político. Após sua conversão ao catolicismo organizou o movimento católico leigo no Brasil.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Bacharelou-se em Direito na Faculdade Livre de Direito da Bahia. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde exerceu o jornalismo e dedicou-se à política.

Em 1918 converteu-se ao catolicismo. Entre 1921 e 1922, fundou o Centro Dom Vital, sob a linha ultramontanista, com a finalidade de congregar leigos e religiosos no aprofundamento da doutrina católica e a revista A Ordem, para divulgar a doutrina católica. Através do Centro e da revista, combateu o liberalismo e o comunismo.[1]

Em 1921 defendeu a candidatura de Artur Bernardes, considerando-o o candidato da ordem e da religião contra Nilo Peçanha, que identificava como revolucionário e ligado à maçonaria. Colaborou com o governo Bernardes na repressão aos movimentos tenentistas (1922/1924).

Morreu tragicamente afogado, durante uma pescaria na pedra da Joatinga na Barra da Tijuca. Desequilibrou-se, caiu no mar, debateu-se durante alguns minutos e desapareceu, fazendo antes um aceno de adeus ao filho de 8 anos que, do alto, contemplava aterrado a tragédia. O corpo só apareceria dias depois, numa praia de Maricá. O triste episódio inspirou a Carlos Drummond de Andrade uma "Ode a Jackson de Figueiredo".[2]

Obra publicada[editar | editar código-fonte]

  • Bater de Asas, (sonetos) 1908
  • Zincaros (versos), 1910
  • Xavier Marques, 1913
  • Garcia Rosa, 1915
  • Algumas Reflexões sobre a Filosofia de Farias Brito, 1916
  • Incenso de Oiro, 1917
  • Crepúsculo Interior (versos), 1918
  • Boa imprensa (critica), 1919
  • A Questão So­cial na Filosofia de Farias Brito, 1919
  • Humilhados e Luminosos, 1921
  • Do Nacionalismo na Hora Presente, 1921
  • Afirmações, 1921
  • A Reação do Bom Senso, 1921
  • Auta de Sousa, 1922
  • Pascal e a Inquietação Moderna, 1924
  • Literatura Reacionária, 1924
  • A Coluna de Fogo, 1924
  • Durval de Morais e os Poe­tas de Nossa Senhora, 1925
  • Aevum, 1932 (post mortem)
  • Correspondência, 1946 (post mortem)

Também colaborou com jornais e revistas, como a Gazeta de Notícias e O Jornal.

Instituto[editar | editar código-fonte]

Instituto Jackson de Figueiredo

Criado em 2015, o Instituto Jackson de Figueiredo (IJF) é uma sociedade civil católica, destinada à difusão da Cultura Ocidental e à atuação política em defesa da família, em observância à Doutrina Social da Igreja. Constituído por um grupo de leigos reunidos com o objetivo de ajudar mutuamente seus membros na caminhada de fé, atentando-se especialmente à realidade sociocultural do Brasil, visando a expansão da fé católica e a sanidade da nação.[3]

A atuação passa pelo estudo e difusão da Sã Doutrina da Igreja, apresentando os princípios cristãos de modo adequado a cada público, ou seja, buscando saciar a sede pela verdade com caridade; passa também pelo combate às ideologias revolucionárias e pela tentativa de reverter a grave crise multifacetada que aflige o povo brasileiro, defendendo a moral cristã, a família natural e a Civilização Ocidental e suas conquistas ao bem comum.

O IJF pretende resgatar a memória de Jackson de Figueiredo, tão esquecida em terras sergipanas e brasileiras, e honrar sua militância católica revivendo a atuação em defesa da Fé contra os velhos inimigos da Igreja Católica.[4]

Referências

  1. «Jackson de Figueiredo: Advogado, Jornalista e Político | Instituto Jackson de Figueiredo». www.institutojacksondefigueiredo.org. Consultado em 29 de setembro de 2019 
  2. Revista COLÓQUIO/Letras n.º 135/136 (Jan. 1995). Carlos Drummond de Andrade - Ode a Jackson de Figueiredo, pág. 69.
  3. «Nossa história». IJF. Consultado em 22 de outubro de 2019 
  4. «Biografia de Jackson de Figueiredo». IJF. Consultado em 22 de outubro de 2019