James Norton

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
James Norton
James Norton
Nascimento 9 de junho de 1789
Newark-on-Trent
Morte 29 de agosto de 1835
Cidadania Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, Reino da Grã-Bretanha
Cônjuge Eliza Bland Smith Erskine Norton
Filho(a)(s) Marina Norton, Brazilien Norton
Ocupação militar

James Norton (Newark-upon-Trent, 9 de junho de 178929 de agosto de 1835) foi um militar britânico que participou como combatente e comandante da marinha brasileira durante a Guerra da Cisplatina.

Ingressou na marinha britânica em 1802, tomando parte nas guerras napoleônicas, sob o comando do almirante Edward Pellew. Com a independência do Brasil, D. Pedro I iniciou a formação de uma poderosa marinha, contratando os serviços do Lorde Thomas Cochrane, tendo enviado Felisberto Caldeira Brant a Grã-Bretanha para recrutar oficiais, entre eles James Norton.

Na campanha de Pernambuco, em 1824, à frente de um corpo de marinheiros, apoderou-se do Recife.[1]

Na guerra da Cisplatina, foi enviado ao Rio da Prata, com a fragata Niterói sob sua responsabilidade. Logo depois assumiu e comandou a divisão naval que bloqueava Buenos Aires, alcançando várias vitórias e assinalando-se em muitos combates, particularmente nos de 11 de abril e de 30 de julho de 1826, de 8 de abril e de 7 de dezembro de 1837 e de 16 de junho de 1828. Neste último, perdeu o braço direito e, no dia 17 de fevereiro do mesmo ano, foi levemente ferido. Conduziu o bloqueio exitoso sobre o rio da Prata, que levou as finanças públicas argentinas ao limite do colapso, apressando o acordo de paz que deu fim à guerra, apesar de derrotas brasileiras em terra. Norton destruiu então os melhores navios da esquadra argentina: a fragata 25 de Mayo, os brigues Independência, República e Congreso e o corsário General Brandzen.[2]

Terminada a guerra, foi nomeado cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro, e recebeu também a Imperial Ordem da Rosa. Em 17 de outubro de 1829 foi promovido a chefe de divisão, com o posto de contra-almirante.[2]

Sua viúva, Eliza Bland, publicou em 1837 uma pequena obra, intitulada A noiva do Brasil (The Brazilian Bride).

O entusiasmo do casal pelo novo país, segundo o historiador britânico Brian Vale, é revelado por alguns dos nomes dados aos seus filhos: Fletcher Carioca, Fredrick da Prata e Maria Brasília.[3]


Referências

  1. Efemérides brasileiras, de autoria do Barão do Rio Branco
  2. a b RIO BRANCO, BARÃO DO. Efemérides brasileiras, pág. 158 em diante, de autoria do Barão do Rio Branco (PDF). [S.l.: s.n.] 
  3. Uma guerra entre ingleses, Brasil e Argentina no Rio da Prata, 1825-1830, autor Brian Vale

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Eliza Bland Erskine Norton, The Brazilian Bride, en The ladies' scrap-book, 1845
  • The Naval Review, Vol. XXXIX, N° 3, 1951
  • Nélio Galsky, Mercenários ou libertários: as motivaçoes para o engajamento do Almirante Cochrane e seu grupo nas lutas da independéncia do Brasil, Universidad Federal Fluminense, Niterói, 2006
  • Vicente Osvaldo Cutolo, Nuevo diccionario biográfico argentino (1750-1930), Editorial Elche, 1968.
  • Carranza, Angel Justiniano, "Campañas Navales de la República Argentina", Talleres de Guillermo Kraft Ltda., Buenos Aires, 2º edición, 1962.
  • Arguindeguy, Pablo E. CL, y Rodríguez, Horacio CL; "Buques de la Armada Argentina 1810-1852 sus comandos y operaciones", Buenos Aires, Instituto Nacional Browniano, 1999.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]