Javali-europeu

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Javali-europeu
Javali-europeu
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Artiodactyla
Família: Suidae
Género: Sus
Espécie: Sus scrofa
Subespécie: Sus scrofa scrofa
Nome trinomial
Sus scrofa scrofa
Linnaeus, 1758

O Javali-europeu (nome científico: Sus scrofa scrofa) também chamado de Javali-da-europa-central, é uma subespécie do Javali (Sus scrofa).[2][3] Apesar de ser nativo da Europa, foi introduzida como espécie exótica em outros continentes, onde ocorre hoje em estado assilvestrado. Ocorre como espécie exótica nas Américas e Oceania. Seu principal predador natural é o lobo-cinzento.[4][5]

Introdução da espécie no Brasil[editar | editar código-fonte]

Acredita-se que na América do Sul o javali-europeu tenha sido introduzido primeiramente na Argentina e Uruguai no início do século XX para fins de criação.[6]

O primeiro registro da invasão de porcos assilvestrados no Brasil foi no Pantanal, onde ficaram conhecidos como "porco-monteiro", uma raça de porco doméstica que se tornou selvagem há cerca de 200 anos. No final da década de 1980, pequenas populações javalis assilvestrados no Uruguai invadiram a região sul do Rio Grande do Sul no Brasil. Posteriormente, em 1990 diversos criadores importaram javalis-europeus do Canadá e Europa, e começaram a realizar cruzamentos com porco-doméstico, engendrando o híbrido "javaporco". Porém em 1998, o IBAMA suspendeu as importações e parou de conceder permissão de operação para criadores de suínos "exóticos". Com a soltura intencional e fuga de diversos indivíduos de javali e javaporco, exemplares assilvestrados formaram uma população crescente que progressivamente avança no território brasileiro.[7][8]

A espécie não possuí predadores naturais no Brasil, já que é uma espécie exótica, além de procriar com o porco doméstico, engendrando o chamado javaporco (neologismo criado para definir este híbrido), fatores que contribuem para o aumento exagerado da população. Com sua população em crescimento contínuo e descontrolado, sem predadores, o javali causa danos ambientais e prejuízos para a agricultura. Como forma de controle para a população do javali (que é considerado uma praga e espécie nociva), sua caça e abate são permitidos (apenas para cadastrados) pelo órgão de controle ambiental, o IBAMA, que, em contrapartida, procura incentivar a preservação de espécies de taiasuídeos nativos, como o queixada e o caititu.[9][10][11]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Departments.bucknell.edu. «Sus scrofa scrofa». Consultado em 18 de novembro de 2022 
  2. Javali-da-europa-central
  3. Estudo citogenético de Javalis europeus no Brasil
  4. Invasive Species: Wild boar (em inglês)
  5. Javali, características e subespécies (em inglês)
  6. «Animal Livre - Notícias (18 de abril de 2007)». Consultado em 30 de maio de 2017. Arquivado do original em 12 de junho de 2007 
  7. Pedrosa, Felipe; Salerno, Rafael; Padilha, Fabio Vinicius Borges; Galetti, Mauro (1 de janeiro de 2015). «Current distribution of invasive feral pigs in Brazil: economic impacts and ecological uncertainty». Natureza & Conservação (em inglês). 13 (1): 84–87. ISSN 2530-0644. doi:10.1016/j.ncon.2015.04.005. Consultado em 19 de abril de 2018. Arquivado do original em 20 de abril de 2018 
  8. Salvador, Carlos (Julho de 2012). «Ecologia e manejo de javali na América do Sul» (PDF). Consultado em 1 de abril de 2018 
  9. «Planeta sustentável - Brasil autoriza caça ao Javali-europeu». Consultado em 30 de maio de 2017. Arquivado do original em 2 de fevereiro de 2017 
  10. G1 - Javalis são alvo de caça autorizada
  11. Revista Rural - Aberta a temporada de caça ao Javali
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