Jerônymo Monteiro

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Jerônymo Monteiro
Nascimento 8 de dezembro de 1908
São Paulo
Morte 1 de junho de 1970 (61 anos)
Cidadania Brasil
Ocupação jornalista, escritor

Jerônymo Monteiro (São Paulo, 11 de dezembro de 19081 de junho de 1970), de nome completo Jerônymo Barbosa Monteiro, foi um jornalista e um dos primeiros escritores brasileiros de ficção científica.[1]

Ficção científica[editar | editar código-fonte]

Fundou a Sociedade Brasileira de Ficção Científica em 1964 e, no início da década de 1970, tornou-se editor do Magazine de Ficção Científica, edição brasileira do The Magazine of Fantasy & Science Fiction estadunidense.[1]

Na década de 1990, a Isaac Asimov Magazine (edição brasileira da Asimov's Science Fiction) criou um "Prêmio Jerônymo Monteiro" em homenagem ao escritor. Em 2016, o dia 11 de dezembro se tornou o "Dia da ficção científica brasileira".[1][2]

Atuação em outros campos[editar | editar código-fonte]

Monteiro também foi o idealizador de uma das primeiras séries radiofônicas de ação transmitidas no Brasil, As Aventuras de Dick Peter (1937), transmitidas pela Rádio Difusora. O personagem foi adaptado para literatura e para os quadrinhos, publicados no suplemento A Gazeta Juvenil do jornal A Gazeta,[3] ilustrados por Abílio Corrêa e Messias de Mello,[4]e na revista Cômico Colegial da editora La Selva, roteirizado por Syllas Roberg e ilustrado por Jayme Cortez.[5]

Trabalhou na Editora Abril, nas décadas de 1950 e 1960. Foi o primeiro editor da revista O Pato Donald. Traduziu para o português histórias em quadrinhos de Walt Disney, inventando os nomes de personagens Disney que subsistem até hoje no Brasil, como por exemplo, Tio Patinhas e Huguinho, Zezinho e Luizinho, entre outros.

Morte[editar | editar código-fonte]

No dia 6 de março de 1970 adoeceu, passando a dividir seu tempo entre sua casa e o hospital. Faleceu em 1º de junho do mesmo ano vítima de um aneurisma na aorta.[2]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • O irmão do Diabo (1937), romance.
  • As Aventuras de Dick Peter (1937), investigação.
  • Três meses no século 81 (1947), romance.
  • A cidade perdida (1948), romance.
  • Fuga para parte alguma (1961), romance.
  • Os Visitantes do Espaço (1963), romance.
  • Tangentes da Realidade (1969), contos.

Referências

  1. a b c Claudio Yuge (8 de fevereiro de 2020), Conheça a nova sci-fi brasileira com sertãopunk, cyberagreste e amazofuturismo, Wikidata Q104922688 
  2. a b Alexandre, Silvio. «11 de dezembro: Dia da Ficção Científica Brasileira». PublishNews. Consultado em 11 de dezembro de 2019 
  3. Roberto de Sousa Causo (2003). Ficção científica, fantasia e horror no Brasil, 1875 a 1950. [S.l.]: Editora UFMG. 286 páginas. 9788570413550 
  4. Vergueiro, Waldomiro (2014). «Origen, desarrollos y tendencias de las historietas brasileñas». Cuba: Editorial Pablo de la Torriente. Revista Latinoamericana de Estudios sobre la Historieta (em espanhol). 4 (16): 193-214 
  5. Toni Rodrigues. «O Cômico Colegial #7». Universo HQ 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]