João, Conde de Montizón

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João
Infante da Espanha
Conde de Montizón
João, Conde de Montizón
Pretedente Carlista ao Trono Espanhol
Período 13 de janeiro de 1861
a 3 de outubro de 1868
Antecessor Carlos VI
Sucessor Carlos VII
Pretedente Legitimista ao Trono Francês
Período 24 de agosto de 1883
a 21 de novembro de 1887
Antecessor Henrique V
Sucessor Carlos XI
Nascimento 15 de maio de 1822
  Aranjuez, Espanha
Morte 18 de novembro de 1887 (65 anos)
  Brighton, Reino Unido
Sepultado em Catedral de Trieste, Trieste, Itália
Nome completo  
João Carlos Isadoro de Bourbon e Bragança
Esposa Maria Beatriz da Áustria-Este
Descendência Carlos, Duque de Madrid
Afonso Carlos, Duque de São Jaime
Casa Bourbon
Pai Carlos da Espanha, Conde de Molina
Mãe Maria Francisca de Portugal
Religião Catolicismo
Brasão

João Carlos Isadoro (em castelhano: Juan Carlos María Isidro de Borbón y Braganza; Aranjuez, 15 de maio de 1822Brighton, 18 de novembro de 1887) Infante de Espanha e Conde de Montizón, foi um pretendente carlista ao trono espanhol (1861-1868), e legitimista ao trono francês (1883-1887), sob o nome de Juan III e Jean III respectivamente.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Era filho do Infante Carlos da Espanha, Conde de Molina e da infanta Maria Francisca de Portugal, portanto neto de Carlos IV de Espanha e de João VI de Portugal.[2] Em 1833 mudou-se com o seu pai para Portugal e, em 1834, com a vitória liberal em Portugal, para Inglaterra.[carece de fontes?]

Em 1847, casou-se com a arquiduquesa Maria Beatriz de Áustria-Este, filha de Francisco IV de Módena, com quem teve dois filhos:[3]

Durante sua estada em Londres, D. João manteve um relacionamento com uma das cortesãs da comitiva, com a qual ele tem dois filhos, João (1857-1902) e Tomás José (1859-1916), que foram enviados para Portugal em 1861.[carece de fontes?]

D. João e D. Beatriz viveram em Modena até à revolução de 1848 quando, após uma breve passagem pela Áustria, se fixaram em Londres. João tinha tendências liberais contrariando os ideais familiares e os da sua própria mulher, de quem acabou por se separar. [4]

Após a morte do seu irmão mais velho, Carlos Luis de Bourbon, assumiu a liderança dos Carlistas em 1861 e a pretensão ao trono espanhol, mas em 1862 diante da intransigências dos Carlistas com sua ideologia liberal, renunciou sua pretensão em favor de seu filho Carlos que passou a se intitular Carlos VII.[5][2]

Maria Francisca de Bragança com seu fiho João Carlos de Bourbon

Em 24 de Agosto de 1883, com a morte de Henrique, Conde de Chambord (neto do rei Carlos X de França), pretendente legitimista ao trono de França, foi proclamado seu herdeiro, tornou-se chefe da Casa de Bourbon, convertendo-se em pretendente ao trono de França, embora não de forma ativa. João descendia de Filipe V de Espanha (que pelo Tratado de Utrecht [6] renunciou por si e por seus descendentes ao trono francês), através de linhagem masculina, tendo por isso preferencia ante os descendentes de Isabel II de Espanha, já que o trono francês operava sob Lei Sálica. Os legitimistas da França consideram que o Tratado de Utrecht só faça referencia à união das coroas francesa e espanhola, e à renúncia de Felipe V, e não seus descendentes, ao trono da França.[7]

Morreu em Brighton (Inglaterra), a 21 de Novembro de 1887. Está sepultado na Catedral de Trieste, tal como os pais, os irmãos e o filho.[8]

Precedido por
Carlos Luís de Bourbon e Bragança
Carlos VI
Pretendente carlista
ao trono de Espanha

1861 - 1868
Sucedido por
Carlos Maria de Bourbon e Áustria-Este
Carlos VII
Precedido por
Henrique Carlos Fernando d'Artois
Henrique V
Pretendente legitimista
ao trono de França

1883 - 1887
Sucedido por
Carlos Maria de Bourbon e Áustria-Este
Carlos XI


Referências

  1. Clemente, Josep Carles (2014). La casa de Borbón:. Una multinacional de las cabezas coronadas (em inglês). [S.l.]: Editorial Manuscritos, P. 52. ISBN 9788494196386 
  2. a b Puga, Maria Teresa; Hortet, Eusebio Ferrer (2015). Los Reyes que Nunca Reinaron:. Los Carlistas (em espanhol). [S.l.]: Flor del Viento Ediciones S.A., pp. 27-28 
  3. Revista Hidalguía número 189. Año 1985 (em espanhol). [S.l.]: Ediciones Hidalguia, p. 203 
  4. Puga. Los Reyes Que Nunca Reinaron:. [S.l.]: , p. 111 
  5. Luna-Guinot, Dolores (2018). Diálogo De Emperatrices (em espanhol). [S.l.]: Trafford Publishing, p. 144. ISBN 9781490792309 
  6. The Gentleman's Magazine. Volume 55, Parte 1 (em inglês). [S.l.]: E. Cave, p. 130. 1785 
  7. «Juan Carlos María Isidro de Borbón y Braganza». Real Academia de la Historia. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  8. Reyes sin trono:. los pretendientes carlistas de 1833 a 1936 (em espanhol). [S.l.]: Gobierno de Navarra, p. 48. 2013. ISBN 9788423533473