João Barreiros

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João Barreiros
Nascimento 31 de julho de 1952
Lisboa
Cidadania Portugal
Ocupação escritor, crítico literário, escritor de ficção científica

João Manuel Rosado Barreiros (n. 31 de Julho de 1952), também conhecido pelo pseudónimo José de Barros, é um escritor, editor, tradutor e crítico português de ficção científica.

Licenciou-se em Filosofia na Universidade de Lisboa em 1977, e é professor do ensino secundário nessa área desde 1975. A sua experiência na educação levaram-no a escrever uma sátira semi-autobiográfica intitulada "O Teste" em 2000.

Ficção[editar | editar código-fonte]

O seu estilo de escrita, sarcástico e com um característico humor negro, denota algumas influências de Robert Silverberg e James Tiptree, Jr.

Os seus enredos, situados em cenários distópicos, são frequentemente protagonizados por personagens antipáticas que enfrentam a brutalidade do dia-a-dia e acabam punidas em consequência das suas próprias acções. As histórias são ricas em descrições gráficas de violência e rejeitam peremptoriamente os ícones do politicamente correcto, como Walt Disney e a Rua Sésamo, alvos frequentes de escárnio; por exemplo, na sua novela A verdadeira invasão dos marcianos os principais antagonistas foram criados à imagem do Poupas.

Alguns dos seus trabalhos foram traduzidos para inglês, espanhol, francês, italiano e sérvio.

Ganhou por duas vezes o prémio brasileiro Nova, atribuído por fãs ao melhor conto publicado na América do Sul. Foi o vencedor do Prémio Adamastor de Ficção Fantástica em Conto em 2014 com o conto "O Coração é um Predador Solitário".[1]

Outras actividades[editar | editar código-fonte]

Publicou críticas a filmes e livros em locais como os jornais Público e O Independente, e nas revistas Ler e Os Meus Livros. A dureza das suas críticas tornou-o famoso entre os fãs de ficção científica portugueses, tornando lendária a sua caneta de aparo de titânio.

Durante os anos 1980 e início dos anos 1990, editou duas colecções de ficção científica e fantástico para a Editora Clássica e para a Gradiva. Entres os escritores que deu a conhecer aos leitores portugueses encontram-se Iain M. Banks, William Gibson, Peter Straub, Dan Simmons e A. A. Attanasio. Contudo, os editores opunham-se às suas escolhas pouco ortodoxas e por isso livros como Lord Foul's Bane de Stephen R. Donaldson, Sunglasses After Dark de Nancy A. Collins e The Last Coin de James Blaylock foram traduzidos mas nunca publicados.

Foi também co-fundador da Simetria — Associação Portuguesa de Ficção Científica e Fantástico em 1995 (da qual se afastaria, em 1999), e da Associação Portuguesa do Fantástico nas Artes em 2005.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Duas fábulas tecnocráticas (compilação, 1977)
  • O caçador de brinquedos e outras histórias (compilação, 1994)
  • Terrarium: Um romance em mosaicos (com Luís Filipe Silva, 1996)
  • Disney no céu entre os Dumbos (2001)
  • A verdadeira invasão dos marcianos (2004)
  • A bondade dos estranhos: Projecto Candyman (2008)
  • Se acordar antes de morrer (compilação, 2010)
  • Crazy Equóides (2018)

Referências[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ficção[editar | editar código-fonte]

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