João Lino Braun

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João Lino Braun
João Lino Braun
João Lino Braun
Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul
Período 1964
Período 1955 até 1963
Deputado Estadual do Rio Grande do Sul
Período 3 de março de 1947
até 31 de janeiro de 1955
Dados pessoais
Nascimento 19 de abril de 1910
Estrela, Rio Grande do Sul
Morte 12 de janeiro de 1978 (67 anos)
Brasília, Distrito Federal
Partido PTB
Profissão Professor, advogado, procurador, político

João Lino Braun foi um político brasileiro, eleito deputado estadual, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), para as 37ª e 38ª Legislaturas da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, de 1947 a 1955.[1] Foi deputado federal, pelo PTB/ RS de 1955 a 1966.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Pedro Braun e Maria Wagner Braun. Foi professor, advogado, procurador e político brasileiro, deputado estadual e federal e um dos fundadores do Partido Trabalhista Brasileiro. Fez o curso superior de Filosofia no Seminário Maior de São Leopoldo, dedicando-se depois, ao magistério, como professor de latim e português, bem como ao jornalismo. Lecionou na Escola de Comércio de Porto Alegre, anexa a Faculdade de Direito, e nos colégios Anchieta, Farroupilha e Ruy Barbosa. Paralelamente, se formou em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1940.

Em 1942, contraiu matrimônio com Maria Luiza Centeno, artista plástica, com quem teve 4 filhos. Foi o organizador e diretor do Gabinete de Estudos e Pesquisas Econômico-financeiras da Associação Comercial de Porto Alegre. Também foi um dos fundadores do Partido Trabalhista Brasileiro na capital do estado e em diversos municípios. Em 1947, foi eleito deputado à 3ª Constituinte Estadual de 1947, reelegendo-se em 1950. Em 1954 e 1958 foi eleito deputado federal pela mesma legenda, fazendo parte das Comissões de Educação, Finanças e de Orçamento. Em 1954, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro e em 1960, com a inauguração da nova capital, a família transfere-se definitivamente para residir em Brasília. Voltando a candidatar-se em 1962, ficou como suplente, assumindo o mandato, em 1964, na vaga do deputado Milton Dutra, MDB/RS, cassado durante o regime militar, juntamente com vários representantes da bancada trabalhista gaúcha.

Teve no Congresso atuação constante na tribuna, nas comissões técnicas, na elaboração e defesa de projetos de interesse do seu estado e da nação. Adepto do presidencialismo, combateu vigorosamente o Ato Adicional no. 4, que insituiu o parlamentarismo e votou pela antecipação do plebiscito que o revogou, devolvendo a João Goulart os plenos poderes de Chefe de Governo. Municipalista, lutou pela aprovação da Emenda Constitucional no. 5 que deu aos municípios competência para a arrecadação do imposto territorial. Foi partidário do intervencionismo econômico, apoiou a Petrobrás, Eletrobrás e o monopólio estatal dos minerios atômicos e das telecomunicações. Defendeu o reatamento das relações comerciais com a União Soviética, mas não protestou contra o rompimento com o governo de Fidel Castro. Na 4ª Legislatura era membro da Frente Parlamentar Nacionalista, embora não defendesse os exageros de uma posição totalmente esquerdista.

Apoiou a nacionalização dos depósitos bancários, o monopólio do refino e da distribuição do petróleo e o direito de voto para os analfabetos, a firme fiscalização da remessa de lucros dos investimentos estrangeiros no Pais e a regulamentação do direito de greve e da participação dos empregados nos lucros das empresas. Defendeu uma reforma eleitoral que eliminasse a influência do poder econômico nas eleições, e por uma reforma agrária cooperativista, com a despropriação de latifúndios improdutivos, paga em títulos da dívida pública.

Teve atuação constante na tribuna, nas comissões técnicas, na elaboração e defesa de projetos de interesse do seu estado e da nação.[3][4] Em 1966 abandonou a vida política, passando a exercer até a aposentadoria em 1977, o cargo de procurador da Caixa Econômica Federal.

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Discursos Parlamentares.
  • Artigos em jornais de Porto Alegre/RS.
  • Tradução de livros do alemão.

Referências

  1. HEINZ, Flávio M.; VARGAS, Jonas Moreira; FLACH, Angela; MILKE, Daniel Roberto (2005). «O Parlamento em tempos interessantes: breve perfil da Assembleia Legislativa e de seus deputados – 1947-1982». CORAG. Porto Alegre: Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Arquivado do original em 14 de setembro de 2013 
  2. «Lino Braun». Câmara dos Deputados do Brasil. Consultado em 30 de maio de 2011 
  3. [Diario do Congresso Nacional- Secao I- Ano XXXIII No. 057- Capital Federal, 27 de maio de 1978, páginas 4213 a 4225 - Discurso do Deputado Federal Antonio Bresolin/MDB, no Plenário da Câmara Federal, no Grande Expediente: Homenagem postuma ao ex-deputado Lino Braun.]
  4. [Correio Braziliense- 2º Caderno: Fichario Parlamentar da 5ª Legislatura- Reportagem de Queiroz Campos.]