João de Almeida, o Formoso

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 Nota: Para outros significados de João de Almeida, veja João de Almeida (desambiguação).


João de Almeida, o Formoso
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação oficial
Prêmios
  • Comendador da Ordem de Cristo

D. João de Almeida, senhor da casa de seu pai, comendador de Santa Maria de Loures, alcaide-mor de Alcobaça, vedor da Casa Real de D. João IV de Portugal e D. Afonso VI de Portugal. Reposteiro-mor e Gentil-Homem de Câmara do Rei quando sua mãe D. Luísa de Gusmão lhe pôs casa.[1]

Serviu na guerra da Restauração como capitão de cavalos no Alentejo.[2]

Sua varonil beleza se tornou tão apreciada que era conhecido pelo apelido de «O Formoso».[3]

Dados genealógicos[editar | editar código-fonte]

Era filho de D. Lopo de Almeida, comendador de Santa Maria de Loures na Ordem de Cristo, alcaide-mor e capitão-mor de Alcobaça, sobrinho do Arcebispo de Lisboa D. Jorge de Almeida, Dom Abade comendatário de Alcobaça. Foi sua mulher D. Joana de Portugal, filha e herdeira de D. João de Portugal, da casa dos condes de Vimioso, e D. Madalena de Vilhena, filha e herdeira de Francisco de Sousa Tavares, capitão-mor da Índia e das fortalezas de Cananor e Diu.[4]

Casou com D. Violante Henriques,[5] Guarda-mor da Rainha D. Maria Francisca Isabel de Sabóia quando enviuvou. Era filha de D. Marcos de Noronha, que combateu em Alcácer Quibir e foi resgatado, senhor do Morgado e Padroado do convento do Salvador de Lisboa e sua mulher Maria Henriques filha de D. Francisco da Costa, armeiro-mor d´El-Rey, capitão de Malaca, governador do Reino do Algarve, embaixador a Marrocos e comendador de São Vicente da Beira na Ordem de Avis.[3]

Tiveram os seguintes trinta e dois filhos, nomeadamente:

  1. - D. Pedro de Almeida, 1.º Conde de Assumar, que sucedeu no morgadio de seu pai.
  2. - D. Diogo Fernandes de Almeida, que serviu na Guerra da Aclamação no Alentejo com valor na qualidade de capitão de cavalos e que pelo lado da sua mulher foi alcaide de Santarém, Golegã e Almeirim. Casou com D. Joana Teresa Coutinho filha do talentoso Francisco de Sousa Coutinho, do Conselho de Estado de D. João IV e seu embaixador. Sem sucessão.
  3. - D. João Fernandes de Almeida, Governador de Damão, Moçambique e Rios de Sofala, vedor da Fazenda e do conselho de Estado da Índia.
  4. - D. Domingos de Almeida, que com seu irmão acima passou à Índia e lá o mataram os árabes num combate naval.
  5. - D. Francisco de Almeida que tomando para si a Ordem da Companhia de Jesus foi reitor do Colégio de Santarém e de Santo Antão de Lisboa.
  6. - D. António de Almeida que foi religioso da Ordem de Cister.
  7. - D. Luís de Almeida
  8. - D. Manuel de Almeida, morreu moço sendo ainda estudante. Deixou dois filhos, criados em S. Martinho - Alcobaça.
  9. - D. Catarina Henriques que casou com D. Lourenço de Almada, capitão-general da Ilha da Madeira e governador-geral de Angola e do Brasil.
  10. - D. Helena de Portugal que casou a 1.ª vez com D. António de Alcáçova Carneiro Carvalho da Costa senhor do morgado das Alcáçovas e alcaide de Campo Maior, e Ouguela, comendador de Idanha e Marmeleiro na Ordem de Cristo que morreu em 1657. Sem geração. Depois casou, em 1664, com D. Francisco de Sousa, capitão da Guarda Alemã de Sua Majestade, comendador de Santa Maria de Belmonte e São Salvador de Infesta na Ordem de Cristo, deputado dos Três Estados, Presidente do Senado da Câmara e da Mesa da Consciência e da Ordens, do Conselho de Estado e da Guerra de D, Pedro II e D. João V. Com geração.[6]
  11. - Ana de Portugal, dama do Paço Real, que esteve prometida a André de Albuquerque, alcaide-mor de Sintra e comendador de São Mamede de Sortes, mas, que ele morreu no entretanto sem efectivar esse acordo.[7]
  12. - D. Maria de Portugal, freira no Mosteiro da Esperança de Lisboa,.
  13. - D. Madalena Vilhena, freira no Mosteiros do Sacramento de Lisboa e que morreu com fama de virtude em 9 de Novembro de 1669.
  14. - D. Helena de Portugal freira na Madre Deus.

Referências

  1. Teve outros empregos foi nomeado por Cardeal Infante D. Fernando de Áustria o qual consignou com oito moios de pão de ordenado anual que o mosteiro de Alcobaça depois reivindicou - Castelos de Portugal: Distrito de Leiria, por Jorge Das Neves Larcher, 1933, pág. 29.
  2. Corografia portugueza e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal... offerecido a el rey D. Pedro II., por Antonio Carvalho da Costa, editado por V. da Costa Deslandes, Lisboa, 1708, tomo segundo pág, 574
  3. a b Historia genealogica da Casa Real Portugueza: desde a sua origem até o presente, com as familias illustres, que procedem dos Reys, e dos Serenissimos Duques de Bragança, justificada com instrumentos, e escritores de inviolavel fé, ..., por Antonio Caetano de Sousa, Officina Sylviana da Academia Real (Lisboa), na Regia Officina Sylviana e da Academia Real, 1743 , livro X, pág. 805
  4. D. João acompanhou o rei a Alcácer Quibir onde morreu e Madalena casou por segunda vez com Manuel de Sousa Coutinho, tomando mais tarde o hábito das Religiosas do Mosteiro do Sacramento de Lisboa e ele o de São Domingos de Benfica, com nome Frei Luís de Sousa, tendo composto as Crónicas de sua Ordem e a Vida do Venerável Frei Bartolomeu dos Mártires. Nunca mais se viram nem se comunicaram, fosse por escrito. D. João de Portugal e Madalena tiveram dois filhos: D. Luís de Portugal, herdeiro de sua casa, que serviu em Ceuta onde, brincando, meteu o ferro de sua lança pela testa e morreu e D. Joana de Portugal, acima.
  5. Violante era irmã de D. Tomás de Noronha, 3° Conde dos Arcos, do Conselho de Estado e Presidente do Conselho Ultramarino.
  6. Memorias historicas, e genealogicas dos grandes de Portugal, por Antonio Caetano de Sousa, Na Officina de Antonio Isidoro da Fonseca, 1742, pág. 209
  7. Gabinete historico: Desde 1640 até 1668. 1819, Brother Claudio da Conceição, Na Impressāo regia, 1819, pág. 257