João van Zeller
João van Zeller, de seu nome completo João Guilherme Andresen van Zeller, nasceu no Porto a 15 de Outubro de 1941[1], onde estudou até entrar para a Universidade, primeiro na Escola Primária Oficial nº 87, e depois no Liceu D. Manuel II do 1º ao 5º ano. Concluiu o ensino secundário no Liceu Alexandre Herculano do Porto, tendo posteriormente obtido a licenciatura em Direito, na Faculdade de Direito de Lisboa.
Carreira[editar | editar código-fonte]
Concluído o curso de Direito, durante o qual trabalhou na Secção de Imprensa Estrangeira do Secretariado Nacional de Informação, em 1967 foi nomeado Chefe de Serviços de Imprensa, Radiodifusão e Televisão de Angola, também tendo exercido em Luanda advocacia marginalmente, regressando a Portugal em 1970.
Em Portugal iniciou uma longa carreira no sector financeiro, que logo a seguir passou por Angola, como Administrador Delegado de um Banco luso-americano, o Inter Unido, ali inaugurado em 1972. Em 1975, e depois de um período em Nova York no Citibank, foi para Londres, onde em finais de 1976, no Grindlays Bank, assumiu a co-responsabilidade dos grandes Projectos de financiamento na América Latina, envolvendo sobretudo risco soberano. Em Espanha abriu as operações do Grindlays Bank, e aí iniciou e desenvolveu a partir de 1984, também como Director Geral, o Banco Real, instituição financeira brasileira. Durante a sua passagem por Espanha, foi Vice-Presidente da Câmara de Comércio Hispano-Portuguesa e da Câmara do Comércio do Brasil. Representou também a Banca Estrangeira na Associação Espanhola de Banca Privada, e esteve ligado à criação da Associação dos Amigos do Museu do Prado.
Através de uma Sociedade de Consultoria de Gestão constituída em 1987, e ainda entre Londres e Madrid, interveio em Projectos nos sectores financeiros, energéticos, aviação, e navegação.
Em 1992 regressou a Portugal para constituir uma Sociedade de Consultaria Financeira com um dos bancos líderes britânicos e sócios portugueses, projecto de curta duração devido à fusão da entidade inglesa com outra, e a prática desactivação das suas operações na Península Ibérica. Nesse ano envolveu-se com a fundação da TVI, a cuja Administração pertenceu até 2005, ano da venda do grupo a uma das maiores empresas de media espanholas, operação a que se opôs publicamente[2]. Entre 2004 e 2005 assumiu a Presidência da Confederação Portuguesa dos Órgãos de Comunicação Social. Desde o seu regresso a Portugal esteve envolvido com um Projecto vitivinícola no Douro, a Quinta de Roriz[3], cujo controle adquiriu em 1999, num período em que integrou o Conselho Consultivo dos Vinhos do Porto e do Douro. Faz até hoje parte do Conselho de Fundadores do Museu do Douro, como um dos seus Fundadores. Em 2009, já reformado, decidiu vender a sociedade Quinta de Roriz Vinhos SA a um dos maiores grupos do sector no Douro[4], com cujos accionistas tem relações de família, tendo a partir daí dedicado a sua atenção a projectos de solidariedade social.
Livros e jornais[editar | editar código-fonte]
Desde cedo começou a escrever temas generalistas[5] em vários jornais [6]e revistas[7], nomeadamente “Diário Popular”, “A Voz”, “Itinéraires”, “Revista Turismo” (Angola), “Diário de Notícias”, “Jornal de Notícias”, “Notícias Magazine”, “Diário Económico”, “Grande Reportagem”, “Revista de Golf”, “Revista Jardins”, e ultimamente no jornal online “Observador” . Na área da economia também colaborou em jornais e revistas portuguesas e estrangeiras, nomeadamente no “Diário Económico”, “Jornal de Negócios” e “Papeles de Economía Española”. Na área religiosa tem textos publicados na revista “Brotéria”.
Em 2011 foi co-editor do livro “Roriz, História de Uma Quinta no Coração do Douro”[8], das Edições Afrontamento, e da autoria do Professor Catedrático da Universidade do Porto, Gaspar Martins Pereira.
Em 2019, também com as Edições Afrontamento, deu à estampa um livro de teor memorialista[9] de sua autoria, “Johnny Boy, Porto Anos 40 & 50”[10].
Em 2021, de novo com as Edições Afrontamento, publicou o segundo volume da sua autobiografia, "Young Johnny, Lisboa & Luanda Anos 60[11]", que vai desde os seus tempos de jovem universitário em Lisboa, onde se licenciou em Direito, a correspondente em Londres do "Diário Popular", com o seu percurso a incluir durante os estudos universitários a Secção de Imprensa Estrangeira no SNI (Secretariado Nacional de Informação) e depois a chefia dos Serviços de Imprensa, Radiodifusão e Televisão de Angola (CITA), para além de alguns episódios significativos no Brasil.
O segundo volume foi lançado no Hotel Palace, no Estoril, a 11 de Outubro[12], num evento[13] com a apresentação do embaixador Marcello Mathias, que assina o prefácio, e do antigo ministro da Educação e administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, atual curador da Fundação Francisco Manuel dos Santos, Eduardo Marçal Grilo, numa sessão moderada pelo jornalista Henrique Monteiro, ex-diretor do Expresso. que foi transmitida em reportagem da TVI[14].
O segundo lançamento aconteceu no Porto, sendo que antes já tinha saído uma notícia na Sábado sobre o livro[15]. Teve lugar a 16 de novembro, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, às 18.30 horas, com comentários de Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, e de Emílio Rui Vilar, chairman da Caixa Geral de Depósitos, administrador da Fundação Gulbenkian e presidente do Conselho de Fundadores da Fundação de Serralves, com a moderação do jornalista Júlio Magalhães. A apresentação de grande sucesso foi adiantada em artigo no Jornal de Notícias, com a apresentação de Emílio Rui Vilar a ser adaptada para crónica de opinião no jornal Observador.[16]
- ↑ «João van Zeller | Bertrand Livreiros - livraria Online». www.bertrand.pt. Consultado em 26 de maio de 2020
- ↑ «João van Zeller denuncia ″cumplicidades políticas″». www.dn.pt. Consultado em 4 de março de 2022
- ↑ «Quinta de Roriz». Consultado em 4 de março de 2022
- ↑ Lusa. «João van Zeller vendeu Quinta de Roriz à Família Symington». PÚBLICO. Consultado em 4 de março de 2022
- ↑ Zeller, João van. «Um thriller que é o jogo de xadrez da verdadeira Guerra». Observador. Consultado em 26 de maio de 2020
- ↑ Observador. «João van Zeller». Observador. Consultado em 26 de maio de 2020
- ↑ Zeller, João van. «Londres em Agosto: culturas a jogo». Observador. Consultado em 26 de maio de 2020
- ↑ «Roriz - Livro - WOOK». www.wook.pt. Consultado em 26 de maio de 2020
- ↑ «Rui Moreira, José Miguel Júdice e João van Zeller juntos numa "viagem" pela Cidade Invicta». newsroom.lift.com.pt (em inglês). Consultado em 26 de maio de 2020
- ↑ «Foi a pensar nos netos que Van Zeller escreveu um livro sobre Porto - JN». www.jn.pt. Consultado em 26 de maio de 2020
- ↑ «″Young Johnny″ regressa à escrita numa viagem entre Lisboa e Luanda dos anos 60». www.dn.pt. Consultado em 27 de janeiro de 2022
- ↑ «João van Zeller. "O outro é sempre mais importante do que eu"». ionline. Consultado em 27 de janeiro de 2022
- ↑ «Livro "Young Johnny, Lisboa & Luanda Anos 60" vai buscar memórias de tempos velhos». VerAngola. Consultado em 31 de janeiro de 2022
- ↑ «Memórias de Lisboa e Luanda nos anos 60». TVI Informação. Consultado em 27 de janeiro de 2022
- ↑ «João van Zeller: Memórias dos fantásticos anos 60». www.sabado.pt. Consultado em 31 de janeiro de 2022
- ↑ Vilar, Emílio Rui. «Sobre o livro "Young Johnny, Lisboa & Luanda, Anos 60"». Observador. Consultado em 31 de janeiro de 2022