Joaquim Alves de Oliveira

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Joaquim Alves de Oliveira
Nascimento 18 de agosto de 1770
Morte 4 de outubro de 1851
Cidadania Brasil
Ocupação político

Joaquim Alves de Oliveira, (Pilar de Goiás, 18 de agosto de 1770Pirenópolis, 4 de outubro de 1851), foi um grande produtor rural, agraciado com os títulos de Honra de Moço Fidalgo da Casa Imperial, Ordem do Cruzeiro, Comenda de Cavaleiro da Ordem da Rosa e a patente de tenente-coronel, sendo também o criador do jornal A Matutina Meiapontense.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Domingos Alves de Campos e de Páscoa Pinto de Oliveira. Em 1779, com a morte de seu pai, sua família passou sua guarda ao padre Antônio de Azevedo Batista, que o influenciou a seguir carreira eclesiástica, no Rio de Janeiro. [1]

Em 1792, ao se descobrir sem vocação para o sacerdócio, resolve investir na carreira comercial, ainda no Rio de Janeiro. Em pouco tempo juntou uma pequena fortuna e retornou para o então arraial de Meia Ponte, abrindo frentes de comércio, viajando constantemente com mulas para transporte de mercadorias.

No ano de 1802, iniciou a construção do Engenho São Joaquim (hoje Fazenda Babilônia), que logo se tornou a maior propriedade agrícola da província, sendo foi visitada por ilustres cientistas viajantes europeus, entre eles Auguste de Saint-Hilaire, que descreveu o imóvel em seu livro Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás. Além de plantar e beneficiar algodão e cana-de-açúcar, Oliveira se dedicava a incentivar a reprodução dos escravos para a venda.

Casou-se, em 1803, com Ana Rosa Moreira, com quem teve três filhos. Dois meninos morreram ainda crianças, e a filha Ana Joaquina Alves de Oliveira, a mais velha, casou-se com o coronel Joaquim da Costa Teixeira. Mais tarde, no ano de 1833, Ana Joaquina provocaria a morte trágica da mãe, que a flagrou em contato íntimo com um escravo num dos aposentos do Engenho São Joaquim. O escravo, ao ser surpreendido com a filha do senhor em adultério, desferiu um tiro mortal no coração da mãe de sua cúmplice.

Religioso, membro da Irmandade do Santíssimo Sacramento a qual por anos foi o Provedor, custeou a primeira e grande reforma da igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, ocorrida em 1830, foi custeada por Oliveira. Em 1811, pelo seu combate à epidemia de sarampo que assolou o arraial de Meia Ponte, foi honrado com poemas do primeiro poeta goiano, Florêncio Antônio da Fonseca Grostom.

Influenciado pelo padre Luís Gonzaga de Camargo Fleury, o Comendador Oliveira, em 5 de março de 1830, inaugurou a primeira tipografia de Goiás e editou o primeiro jornal do Centro-Oeste, chamado A Matutina Meiapontense, que circulou entre 5 de março de 1830 a 24 de maio de 1834, totalizando 526 números, tendo como primeiro diretor o padre Gonzaga.

E ainda naquele mesmo ano, no dia 3 de maio, fundou a primeira biblioteca de Goiás.

Em 1836, o governo de Goiás comprou a Tipografia D’Oliveira, para imprimir o Correio Oficial.

No dia 4 de outubro de 1851 o Comendador Oliveira faleceu em Pirenópolis, aos 81 anos.

Joaquim Alves de Oliveira é Patrono da Cadeira nº 02 da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música.

Referências

  1. Teles (1989), pgs 87/88

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • JAYME, Jarbas. Esboço Histórico de Pirenópolis, Goiânia: Editora UFG, 1971.
  • JAYME, Jarbas. Famílias Pirenopolinas, Vol. V, Goiânia: Editora UFG, 1971.
  • TELES, José Mendonça. A Imprensa Matutina. Goiânia: Editora CERNE, 1989.


Precedido por
Joaquim Gonçalves Dias Goulão
Imperador do Divino
1823
Sucedido por
José Francisco de Camargo
Precedido por
Feliz Alves de Amorim
12º Imperador do Divino
1830
Sucedido por
Manuel Amâncio da Luz