Joaquim de Araújo

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Joaquim de Araújo
Nascimento 22 de julho de 1858
Penafiel
Morte 11 de maio de 1917
Sintra
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação jornalista, editor, poeta, escritor

Joaquim de Araújo (Penafiel, 16 de Julho de 1858 - Sintra, 11 de Maio de 1917) foi um poeta português que muito contribui para a divulgação da cultura portuguesa pelo mundo.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Penafiel, a 16 Julho 1858 e faleceu em Sintra em 1917. A sua vida pessoal ficou muito marcada, inicialmente, pela morte das suas irmãs e da sua mãe. Com a morte do pai, acentuou-se o carácter trágico da sua existência. Formado em Letras, destacou-se como escritor, poeta e diplomata.

Fundou e dirigiu, de 1873 a 1876, a revista "Harpa", a qual contou com a colaboração de nomes como: Antero de Quental (amigo pessoal do escritor), Teófilo Braga, Gonçalves Crespo, entre outros. A amizade com Antero datava já da sua adolescência, por via da amizade entre entre o pai de Joaquim de Araújo e o poeta açoriano (tendo como amigo em comum Germano Vieira de Meireles). Em carta a Teófilo Braga, datada de 1908, chega a dizer que '...nunca pedi dinheiro emprestado a ninguém senão a Antero, que me emprestou três libras quando eu precisava apenas de duas'.

Publicou alguns volumes de versos líricos, tendo a sua obra de estreia "Lira Íntima", merecido grande aceitação e especial relevo no espaço literário da sua geração.

Pertenceu à "Academia das Ciências", ao "Instituto de Coimbra", à "Sociedade de Geografia de Lisboa" e à "Sociedade de Geografia Comercial do Porto".

Fundou em 1882, no Porto, o Grémio Literário e Recreativo Infante D. Henrique, instituição que visava contribuir para a aculturação intelectual das classes operárias. Foi um dos fundadores da Sociedade Nacional Camoneana.

Entre 1888 e 1911 manteve uma relação amorosa/epistolar com Alice Moderno, residente na Ilha de S.Miguel, Açores. Foram trocadas cerca de 71 cartas entre ambos, mas a relação nunca se chegou, efectivamente, a consolidar.

Em 1894 foi nomeado cônsul de Portugal em Génova, Itália (cargo que ocupa até 1913), país onde publicou inúmeros trabalhos de divulgação da cultura portuguesa, tradução etc.

A 30 de Abril de 1916 desembarca em Lisboa, bastante diminuído física e mentalmente com tuberculose pulmonar, vindo a falecer na Casa da Saúde do Telhal, em Sintra, a 11 de Maio de 1917,  tendo todas as suas despesas sido pagas pelo governo português como forma de reconhecimento de uma vida dedicada à divulgação da cultura portuguesa (o magnífico estudo do Professor António Ferreira de Brito, que em baixo se coloca ao dispor do leitor, revela bem a importância de Joaquim de Araújo na divulgação das letras portuguesas no estrangeiro). O seu nome está atribuído ao 'Agrupamento de Escolas Joaquim de Araújo', em, Guilhufe, Penafiel.

Encontra-se colaboração da sua autoria na revista A Arte Portuguesa[3] (1895).

Referências[editar | editar código-fonte]

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