Jonas da Silva

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Jonas da Silva
Nascimento 17 de dezembro de 1880
Parnaíba, PI
Morte 5 de junho de 1947
Manaus, AM
Nacionalidade brasileira
Ocupação escritor e cirurgião dentista

Jonas Fontenelle da Silva (Parnaíba, 17 de dezembro de 1880Manaus, 5 de junho de 1947) foi um poeta brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu na cidade de Parnaíba, Estado do Piauí, filho do Dr. João Antônio da Silva e de sua esposa,D. Firmina Fontenelle da Silva.

Iniciando as primeiras letras em sua cidade natal, aos 11 anos de idade mudou-se com a família para o Amazonas, onde prosseguiu em sua formação intelectual. Mais tarde,ingressou na Faculdade de Odontologia de Salvador,na Bahia, de onde muda-se para a do Rio de Janeiro, diplomando-se em 1899.

Durante a sua estada em Salvador, conheceu o escritor João da Silva Campos e juntos foram os precursores do movimento simbolista baiano, iniciado em 1898. Com outros poetas do movimento, idealizou, fundou e manteve a sociedade literária Nova Cruzada, em cuja revista colaborou com a publicação de várias poesias.

Em 1900, já morando no Rio de Janeiro, conheceu o poeta Bernardino Lopes e por meio deste, que era bastante influente na época (um dos fundadores da Folha Popular ao lado de Cruz e Sousa), publicou Ânforas, seu primeiro livro de versos. Lopes, apreciando a obra, se dispôs a prefaciá-la. Dois anos depois, pela mesma tipografia publicou seu segundo livro de poesias, Ulanos.

Anos mais tarde fixou residência definitiva em Manaus, onde publicou, em 1923, Czardas, seu terceiro e último livro, pela tipografia da revista Cá e Lá. Nessa mesma revista contribuiu por vários anos como colaborador em paralelo à sua carreira de dentista.

Após aposentar-se como funcionário do Instituto Benjamim Constant,de Manaus, passou a dirigir uma empresa cinematográfica, vindo a falecer em 5 de junho de 1947, aos 66 anos de idade.

Foi membro efetivo da Academia Amazonense de Letras,cadeira 18 e da Academia Piauiense de Letras, cadeira 24.

Estilo literário[editar | editar código-fonte]

Seu livro de estreia, Ânforas, traz na abertura um soneto impresso em vermelho, e as demais composições em cor de sépia. No prefácio Bernardino Lopes escreveu: "... terei mesmo a ousadia de dizer que você procura para dourar os seus sonetos a mesma pamponilha usada nos meus", assinalando, assim, a influência que os seus versos exerciam sobre a poética do jovem artista.

A libertação em relação à influência de Lopes sucede no segundo livro de Jonas da Silva, Ulanos, onde passa a compor versos alexandrinos, embora mantivesse fervorosa admiração pelo "Mestre dos Brasões". Em seu terceiro livro, Czardas, homenageia-o com um soneto intitulado "O Mestre".

Jonas da Silva foi um poeta de transição, como Oscar Rosas e Henrique Castriciano.

Obras[editar | editar código-fonte]

Poesia[editar | editar código-fonte]

  • 1900 - Ânforas
  • 1902 - Ulanos
  • 1923 - Czardas

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • João C. da Rocha Cabral - A Vis Poética na Literatura Piauiense, Rio, 1938 (págs. 78-84);
  • Nilo Bruzzi - O Cofre Partido, Rio, 1951 (págs. 77-87);
  • Fernando Góis - O Simbolismo, pág. 136;
  • Andrade Murici - Panorama, II, pg. 335.
  • Revista da Academia Piauiense. N.º 68. Ano XCIII. Teresina: APL, 2010.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]