José Assunção de Carvalho
José Assunção | |
---|---|
Nome completo | José Assunção de Carvalho |
Nascimento | 15 de agosto 1911 Morro da Sela - São Domingos do Prata - MG |
Morte | 04 de janeiro de 2003 Itabira - MG |
Nacionalidade | Brasil |
Progenitores | Mãe: Josefa Sérgia Pai: Antônio Praxedes de Carvalho |
Filho(a)(s) | Maria Cornélia Carvalho dos Santos, Margarida Maria de Carvalho, José Vitorino de Carvalho, Terezinha das Graças Carvalho e Ana Lúcia Evangelista de Carvalho |
Ocupação | Pintor |
Principais trabalhos | Folia de Reis |
Prêmios | Asta, Rio de Janeiro, 1978 |
Religião | Católica Apostólica Romana |
José Assunção de Carvalho (São Domingos do Prata, 15 de agosto de 1911[1] - Belo Horizonte, 2003) foi um artista brasileiro nascido no estado de Minas Gerais.[2]
Faz parte do grupo conhecido, desde o final da década de 70, como GTO, formado por artistas notáveis da arte popular mineira.[2][3]
Vida[editar | editar código-fonte]
José Assunção de Carvalho, filho de Josefa Sérgia e Antônio Praxedes de Carvalho, nasceu em Morro da Sela, distrito de São Domingos do Prata, e começou a estudar aos 10 anos em uma escola da zona rural, onde ficou durante apenas dois anos.[2][1] Residiu em Nova Era, onde recebeu marcante influência da paisagem deixada pelo ciclo do ouro, inclusive sua degradação,[3]e em Itabira, onde teve uma barbearia.[1]
Exerceu diversas atividades profissionais (lavrador, barbeiro, ajudante de mascate e caixa de bar) até começar, em 1953, a pintar estandartes sob encomenda, após fabricar uma para o sogro em ocasião da Festa de São Antônio.[2]
Em 1974, a carreira decolou após uma encomenda feita em Mariana, quando vendeu 200 quadros para um único cliente e 400 para outro, logo depois, em Ouro Preto.[2]
Foi casado com Maria Mendes de Carvalho, costureira, com a qual viveu durante 56 anos e teve 5 filhos, Maria Cornélia Carvalho dos Santos, a pintora Margarida Maria de Carvalho, José Vitorino de Carvalho, Terezinha das Graças Carvalho e Ana Lúcia Evangelista de Carvalho.[2]
Também foi escritor, tendo inclusive produzido uma autobiografia inédita. Produzia charadas, cartas enigmáticas, contos, rimas... Tocava violão e bandolim (durante as missas da Catedral Nossa Senhora do Rosário - Itabira MG), além de outros instrumentos como teclado, viola, instrumentos de percussão (todos de ouvido)[1], além de ter sido compositor.[2]
Obras[editar | editar código-fonte]
Segundo cálculo do próprio artista, sua produção artística chegou a 2 mil quadros,[2]espalhados por todos os estados brasileiros e países da América Latina e Europa.[1]
As paisagens e o cotidiano do interior mineiro, como a religiosidade, marcante também em sua vida, são as principais características de suas obras, assim como o colorido e a coletividade.[2] As minúcias foram rigorosamente retratadas, sendo onipresente um casal de velhinhos.[2]
O aniversário de 100 anos de nascimento do artista foi comemorado com uma mostra formada por 25 obras na Galeria de Arte do BDMG, em Belo Horizonte.[2]
Recepção crítica[editar | editar código-fonte]
Segundo o crítico Márcio Sampaio, José Assunção tinha horror ao vazio,[3] tanto que, segundo a lenda, atribuía o preço dos seus quadros à quantidade de elementos retratados em cada tela.[2] Ainda de acordo com o crítico, suas obras são barrocas, feéricas, dificilmente melancólicas e singularmente saborosas.[2][3]
Premiações[editar | editar código-fonte]
Em 1978, recebeu premiação máxima pelo quadro Folia de Reis, em uma exposição da Asta, no Rio de Janeiro.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f Viva Itabira (2008). Artes plásticas - José Assunção Arquivado em 2 de junho de 2013, no Wayback Machine., acesso em 5 de abril de 2011
- ↑ a b c d e f g h i j k l m Sebastião, Walter (5 de abril de 2011). Festa para os olhos. Jornal Estado de Minas, Caderno EM Cultura
- ↑ a b c d Sampaio, Márcio (abril de 2011). Jose´Assunção: um pintor das festas da fé e do afeto[ligação inativa]. BDMG Cultural, acesso em 5 de abril de 2011