José Augusto dos Santos

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José Augusto dos Santos
Nascimento 26 de março de 1875
Angra do Heroísmo
Morte 30 de agosto de 1931
Lisboa
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação professor, político

José Augusto dos Santos (, Angra do Heroísmo, 26 de Março de 1875Lisboa, 30 de Agosto de 1931) foi um professor liceal de ciências físico-naturais, reitor do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo, e destacado militante republicano e membro da Maçonaria, dirigente do Partido Republicano Português na ilha Terceira[1]. Os seus métodos inovadores de ensino, com recurso ao ensino experimental e a visitas de estudo, levaram vários dos seus alunos a optar por carreiras em medicina e nas ciências naturais.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Depois de frequentar o ensino primário em Angra do Heroísmo, iniciou estudos no Liceu daquela cidade mas foi vítima de um acidente que lhe causou graves danos no joelho direito, imobilizando-o durante quatro anos em casa e levando-o pouco depois a amputar a perna. Ainda assim continuou a estudar, tendo ingressado na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Contudo, após a amputação da perna, desistiu de Medicina e concorreu para professor liceal de ciências físico-naturais.

Iniciou a sua carreira docente em 1898 pelo Liceu de Lamego, regressando a Angra do Heroísmo em 1902 como professor de ciências naturais. Militante destacado e dirigente local do Partido Republicano Português, foi nomeado reitor do liceu angrense após a Revolução de 5 de Outubro de 1910 e a implantação da República Portuguesa, cargo que manteve até 1923, ano que foi transferido para o Liceu de Leiria. Foi depois sucessivamente transferido para os liceus de Coimbra e de Lisboa, cidade onde faleceu. Utilizava métodos pedagógicos inovadores, preferindo o ensino experimental e a demonstração, evitando a aprendizagem baseada na memorização.

Enquanto foi professor em Angra do Heroísmo, colaborou e depois dirigiu o periódico O Tempo, publicando artigos demonstrativos das suas opiniões liberais e pró-republicanas. Foi membro da loja maçónica União e Liberdade, com o nome simbólico de Voltaire. Em 1905 regularizou-se no Grande Oriente Lusitano, atingindo em 1911 o grau 20 na Maçonaria regular.

Notas

Referências[editar | editar código-fonte]

  • José Agostinho, José Augusto dos Santos. Angra do Heroísmo, Livraria Editora Andrade, 1933.
  • José Guilherme Reis Leite, Política e Administração nos Açores de 1890 a 1910 – o primeiro movimento autonomista. Ponta Delgada, Jornal de Cultura, 1995.
  • António Lopes, A maçonaria portuguesa e os Açores: 1792-1935. Lisboa, Ensaius, 2008.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]