King Kester Emeneya

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
King Kester Emeneya
King Kester Emeneya
Informação geral
Nome completo Jean Baptiste Emeneya Mubiala [1]
Nascimento 23 de novembro de 1956
Local de nascimento Kikwit. Kwilu
 República Democrática do Congo
Morte 13 de fevereiro de 2014 (57 anos)
Local de morte França Paris, França[2]
Gênero(s)
Ocupação(ões) Cantor
Instrumento(s)
Período em atividade 19772014
Outras ocupações
Afiliação(ões) Papa Wemba
Página oficial King Kester Emeneya

Jean Baptiste Emeneya Mubiala, (Kikwit, 25 de dezembro de 1965Paris, 13 de fevereiro de 2014) mais conhecido pelo nome artístico King Kester Emeneya, foi um famoso cantor, compositor, dançarino, arranjador vocal e produtor congolês.[2][3][4]

Quando era estudante de ciências políticas na Universidade de Lubumbashi, em 1977, juntou-se à banda "Viva la Musica", do Papa Wemba. Depois de alcançar o sucesso com várias canções populares, tornou-se o cantor africano mais popular na década de 1980 e criou sua própria banda, "Victoria Eleison", em 24 de dezembro de 1982.[5]

King Kester Emeneya era um mistério, uma ave rara que a música congolesa nunca tinha conhecido. Com 37 anos de carreira, Emeneya vendeu milhões de discos em todo o mundo.

Emeneya foi inovador com sua música. Foi o primeiro músico de África Central incorporar instrumentos electrónicos (sintetizadores) em seu álbum intitulado Nzinzi que vendeu mais de um milhão de cópias. Depois de anos de sucesso com populares canções, em 1993, lançou seu álbum Everybody distribuído por Sonodisc. Foi um grande sucesso a nível internacional. Em 1997, depois de uma ausência de sete anos, King Kester regressou à RDC. Cerca de 80.000 pessoas participaram do primeiro concerto depois do seu regresso, que foi um recorde de acordo com os meios de comunicação congoleses. Conta com mais de 1.000 músicas e fez representações nos cinco continentes.

Desde 1991 até sua morte em 2014, King Kester Emeneya viveu principalmente em França com a sua família.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Infância e juventude[editar | editar código-fonte]

Jean Baptiste Emeneya Mubiala, nascido em 25 de dezembro de 1965 Kikwit, capital de Kwilu na República Democrática do Congo. Com dezessete anos de idade, Jean Emeneya integra no grupo “Anges Noirs” com Lidjo Kwempa. Jean Baptiste Emeneya Mubiala frequentou Instituto “Dom Bosco” de Kikwit.[6] Após ter obtido o seu diploma no Instituto “Longo à Idiofa”, ele foi estudar ciências políticas e administrativas ena Universidade de Lubumbashi. Em junho de 1977, torna-se membro da banda "Viva la Musica" do Papa Wemba até ao final do ano de 1982. Jean Baptiste, criou o seu próprio grupo o Victoria Eleison no dia 24 de dezembro de 1982.[1][7]

Carreira[editar | editar código-fonte]

King Kester Emeneya, foi o primeiro artista africano introduzir o sintetizador e a programação musical assistida por computador na música congolesa,[8] rompendo com o estilo Folk representado na altura, pela famosa banda Zaiko Langa-Langa. Daí resultou um álbum Nzinzi em 1987 com um enorme sucesso comercial e vendeu milhões de exemplares.[6] Depois de muitos anos de sucesso com músicas populares, em 1993, ele lançou seu álbum Everybody distribuído por Sonodisc com uma qualidade de som excepcional. Everybody foi um grande sucesso a nível internacional.

Durante sua carreira, Emeneya Mubiala recebeu muitos prêmios no plano internacional e nacional, sendo sucessivamente o de maior destaque do ano no Congo-Quinxassa de 1982 a 1989. Werrason e JB Mpiana tiveram suas músicas e o seu ritmo musical como referência para criar a banda Wenge Musica. Emeneya também era o Roi de la Sape[9] com suas roupas sobre medida Gianni Versace, Masatomo e Levi Strauss & Co.. É graças a ele que Gianni Versace, Masatomo, JM Weston, etc.. São populares no continente africano. Ele fez dos álbuns uma qualidade de som excepcional como "Nzinzi", "Everybody", "Live in Japan", sucesso loucos e tantos outros....

Artista de renome internacional, aconteceu em vários continentes. Em setembro de 1988, ao lado de Pepe Kalle, Aurlus Mabele, François Lougah, acontece no concerto de Abeti Masikini no Zénith de Paris. Ele também teve show no Japão em 1991 e na América do Norte. Ele ainda é produto com seu grupo no Zénith de Paris em 2001 e no Olympia de Paris em 2002 e 2008.[10][6][11] Seus concertos sempre foram reconhecidos como "Show do Ano" pela imprensa congolesa. Outro espetáculo teve lugar na Suíça com mais de 12 000 pessoas, uma primeira vez para um artista africano neste país.

Em 26 de outubro de 1997, mais de 30 000 pessoas foram a acolher no aeroporto internacional de Ndjili, em Quinxassa, no seu regresso ao país após 7 anos de ausência. Em 15 de novembro de 1997, ele foi considerado como o primeiro artista congolês fazer um grande concerto no Estádio de Mártires perante mais de 80 000 pessoas nunca igualado a este dia.

Com mais de 1000 músicas em sua carreira, Emeneya foi recebido várias vezes pelo presidente Mobutu Sese Seko, por três vezes pelo presidente Laurent-Désiré Kabila e duas vezes pelo presidente Joseph Kabila. A honra foi-lhe concedido pelo presidente Mobutu de embelezar a festa da visita do presidente francês François Mitterrand no palácio dos congressos de Quinxassa em 1984.

Em 18 de outubro de 2002, ele foi o primeiro músico congolês a ensinar a aula de canto na Universidade de Limerick, na República da Irlanda, como "professor visitante".

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

King Kester Emeneya viveu com a sua família em França desde 1991 até a sua morte em 2014. Ele teve duas residências oficiais em Quinxassa, no luxuoso bairro Ma Campagne. Uma delas chamada “The King Ranch” e o outro “La Maison-Blanche” em referência à Casa Branca em Washington.

King Kester Emeneya faleceu na sequência de um ataque cardíaco no dia 13 de fevereiro de 2014 às 5h30 no Centro Cirúrgico Marie-Lannelongue em Le Plessis-Robinson com a idade de 57 anos.[12][13]

Emeneya deixou após a sua morte 12 filhos: Afimiko, Yannick, Samantha, Marylin, Kévin, Miles, Leslie, Bradley, Gregory, Brandon, Francklin e Preston nascido em 13 de julho de 2014. Ele teve 12 crianças oriundas de três mulheres.

Ele foi enterrado no dia 2 de março de 2014 na necrópole do Nsele em Quinxassa. O funeral do King Kester Emeneya continua ser a maior manifestação de todos os tempos no Congo-Quinxassa. O Papa Francisco recebeu, no Vaticano, a esposa de Emeneya e seus filhos no dia 6 de abril de 2014, para apresentar-lhes as suas condolências as mais tocadas por essa enorme perda. Em 2 de março de 2014, o presidente Joseph Kabila decorou Emeneya postumamente às ordens nacionais para o seu serviço e a sua contribuição extraordinária na música congolesa. Em 25 de abril de 2014 em um festival homenagear a sua memória mais de 40 pessoas morreram na sequência de uma briga no estádio do 30 de junho em Kikwit.[14]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Álbuns de estúdio[editar | editar código-fonte]

Vídeografia VHS/DVD[editar | editar código-fonte]

  • 1998 : Mboka Mboka
  • 2000 : Mutu ya Zamani
  • 2000 : Longue Histoire (Videoclipe)
  • 2001 : Live au Zénith de Paris
  • 2002 : Live à l'Olympia de Paris
  • 2002 : L'esprit Libre (Videoclipe)
  • 2006 : The Best of King Kester Emeneya (1-2, clips)
  • 2007 : Le Jour le plus long
  • 2014 : Emeneya King Kester Hommage 1956-2014

Referências

  1. a b Gary, Stewart (2000). «Biografia de King Kester Emeneya». Rumba on the river. Consultado em 18 de outubro de 2016 
  2. a b France 24 (13 de fevereiro de 2014). «Le roi de la musique congolaise, King Kester Emeneya, est mort». France 24. Consultado em 17 de outubro de 2016 
  3. Radio Okapi (13 de fevereiro de 2014). «King Kester Emeneya est mort». Radio Okapi. Consultado em 18 de outubro de 2016 
  4. RFI.fr (14 de fevereiro de 2014). «RDC: les hommages se multiplient après le décès de King Kester Emeneya». RFI.fr. Consultado em 18 de outubro de 2016 
  5. Duke University Press (2008). Rumba rules: the politics of dance music in Mobutu's Zaire. [S.l.]: Duke University Press. 49 páginas. 978-0-8223-4112-3 
  6. a b c RadioOkapi20140213
  7. Jean-Pierre François, Nimy Nzonga (2012). «Dictionnaire des immortels de la musique congolaise moderne». Academia. Consultado em 18 de outubro de 2016 
  8. RFI20140214
  9. LePotentiel20140213
  10. Stewart2000
  11. RFI20140213
  12. Bienvenu Ipan (13 de fevereiro de 2014). «Après Tabu Ley, King Kester Emeneya s'en va». Le Potentiel Online.com. Consultado em 18 de outubro de 2016. Arquivado do original em 19 de outubro de 2016 
  13. RFI.fr (13 de fevereiro de 2014). «Le «King» de la rumba congolaise est mort». RFI.fr. Consultado em 18 de outubro de 2016 
  14. Zenga Ntu (19 de fevereiro de 2014). «King Kester Emeneya : il devait être honoré de son vivant». DigitalCongo. Consultado em 18 de outubro de 2016. Arquivado do original em 18 de outubro de 2016 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Lista de músicos da RDC

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema: